quinta-feira, outubro 18, 2012

3. Bettips



Estava ali... 
e não estava. No segundo seguinte, andava rápida como um pensamento, a ave. Uma ponte precária até ao fio do horizonte. 
O sal foi-se formando nas salinas douradas da ria. 
Nem a água, nem o sol, nem a ave o sabiam: da precaridade do estar. Ou da inconstância do ser. Apenas os humanos carregam essa tragédia, a do conhecimento... 

Bettips

7 comentários:

M. disse...

Enquanto estamos e somos, sejamos aves. Apesar do conhecimento que por vezes nos impede de voar e nos prende os pés na terra lodosa.

Licínia Quitério disse...

A imagem é boa, mas o texto upa upa!

Rocha de Sousa disse...


Mais uma oportunidade bem agarra-
da -- e como certas árvores andam
pelo espaço inóspido sem medo da
solidão

Luisa disse...

Que bom seria não saber nada...e andar sem medo pelas pontes.

Justine disse...

...que também é uma benesse! Só precisamos de, às vezes, nos transformarmos em aves....

Anónimo disse...

São rápidos como flechas estas aves da beira mar. Foi uma sorte conseguires o clic.
Agrades

Benó disse...

Estava ali e num instante se foi. São assim as aves, inconstantes, inquietas.