quinta-feira, janeiro 10, 2013

1. Agrades



Os muros tapavam-me os olhos de menina e não me deixavam ver o mar. 

Agrades

9 comentários:

Anónimo disse...

Boa e perturbadora fotografia. A menina que ainda não cehgou lembra
a menina inocente que entra numa praça de Chirico, mortal de sombras.

Rocha de Sousa

M. disse...

Tão bonito este texto! E que verdades nele contidas: tantos podem ser os muros que nos vedaram o olhar sobre o mundo. A fotografia é bem explícita de como tanta coisa pode ser pura e simplesmente cortada sem que nos demos conta senão depois.

Licínia Quitério disse...

Muros e sinuosidades que tivemos de aprender a transpor, vencer. Ou não.

Luisa disse...

Tão implacáveis estes muros que nos separam do mundo.

Justine disse...

Oh que triste! Mas tu, entretanto, derrubaste-o, verdade?

mena maya disse...

...até que descobriste um dia que o caminho entre eles desaguava nesse mesmo mar.

Benó disse...

Há muros que nos põem à frente, propositadamente para nós os saltarmos. Espero que tenhas conseguido transpor esse que te impedia de ver o mar.

bettips disse...

Para lá daquela curva num dia afoito, a menina atreveu-se. E teve todos os mares à frente. Era agora um muro pequeno, apenas a impedia de cair mas não de voar, vogar.
Cresce-se.
Tanto a frase como o muro soam como uma infantil queixa. Lindo A.

do Zambujal disse...

A menina e o mar. E os muros de permeio.