quinta-feira, novembro 21, 2013

13. Zambujal

Não. Não fechei a porta.
Aliás, não gosto de fechar portas (nem janelas). Fui só ali, ali mesmo, ao quintal, ver – ao vivo – que palavras me dá o olhar convocado pela foto. Dá-me as palavras nostalgia e tranquilidade.
Dá-me a nostalgia do verão que passou e que deixou um tapete verde de relva a recuperar, de folhas de cores suaves e tranquilas.
Dá-me a tranquilidade na espera do inverno que vem ao encontro do meu tempo. De ainda. De sempre.
Não. Não fechei a porta. Fui só ali. Fui ver, também e mais longe, a primavera nascida de uma neta.
Aqui estou. No canto remanso.
Zambujal

4 comentários:

Benó disse...

Parabéns pela tua primavera nascida neste outono a que não fechaste a porta. Sente-se a felicidade no teu canto remanso.

bettips disse...

Canto remanso descanso e manso
Palavras que a tua porta entreaberta, tanto, me sugere. E parabéns pela Menina que já sentirá as flores da macieira!

Rocha de Sousa disse...


Belo trecho de uma forma de estar
consigo mesmo, a porta nem aberta nem fechada.

Justine disse...

E a vida é isto: a beleza das folhas mortas ao mesmo tempo que cresce a alegria de uma neta!
Tudo reflectido num texto belo, nostálgico e tranquilo...