quinta-feira, novembro 14, 2013

3. Bettips



Não feches a porta, disse, com a entoação quebrada por um sopro. E sobretudo, não me levantes a voz nem me atires as pedras do silêncio: fala-me, de suavidade antiga e marcas nas paredes da vida comum, coisas que nos doeram. Símbolos.
Isso, pára e não feches a porta. Fala-me simplesmente da roda rodando em que vivemos. 

Bettips

9 comentários:

Justine disse...

Belíssimo modo de falar de uma relação gasta, Betty!

agrades disse...

Linda a foto. Podia ser uma bela pintura, mas é apenas uma parede velha com uma mão marcada. As palavras são fortes e justas e casam na perfeição com a foto. Parabéns!

M. disse...

Uma maneira muito bela de contar a vida por palavras e imagem.

Luisa disse...

Como é triste quando tudo parece estar a acabar.

Benó disse...

O fechar a porta, às vezes é necessário, para que se possa abrir outra.

Licínia Quitério disse...

O doce-amargo da vida como uma impressão digital numa qualquer parede de um qualquer dia. Muio bonitos, imagem e texto.

Anónimo disse...

Pas palavras doem, mas os actos....
M.J.Jara

Rocha de Sousa disse...


Bela fotografia. A porta não tem
nada a ver com esta poética cós-
mica.

Rocha de Sousa disse...

Bela fotografia. A porta não tem
nada a ver com esta poética cós-
mica.