quinta-feira, novembro 05, 2015

7. M.



Raridades


 Régua de Cálculo

«Foi inventada por William Oughtred em 1622, baseando-se na tábua de logaritmos que fora criada por John Napier pouco antes, em 1614. William Oughtred (Eton, 5 de março de 1575 — Albury, 30 de junho de 1660) foi um matemático inglês. Autor de Clavis mathematicae (1608), em que recapitulou todos os conhecimentos da sua época referentes à álgebra e à aritmética. Introduziu o símbolo x para a multiplicação e atribui-se-lhe também as réguas de cálculo.» (Retirado da net)

Explicação dada por um amigo meu (se alguém quiser saber ainda mais, faculto-vos o resto do texto que, por ser longo, não publiquei aqui):
«A sua invenção resulta da aplicação geométrica de outra invenção, do matemático Napier. Napier inventou a teoria dos Logaritmos, destinada a tornar mais rápido e preciso o cálculo com números com muitos algarismos. No chamado Mundo Ocidental, todos os cálculos científicos, astronómicos, geodésicos,etc. foram feitos, desde então, com a ajuda dos Logaritmos. Esta ferramenta matemática só foi abandonada em meados do século 20 com a invenção da actual Máquina de Calcular que a veio substituir, com grandes vantagens em rapidez e precisão.
O logaritmo de um número, na base 10 ( a nossa base de contagem) é o expoente de 10 que dá origem a esse número. Por exemplo, o expoente de 10 que dá origem a 100 é 2. Por outras palavras, 10 levantado a 2 é 100, como 10 levantado a 3 é 1000 etc. Dizemos então que 2 é o logaritmo de 100, 3 é o logaritmo de 1000, etc. Primeiro há que relembrar uma evidência em que normalmente não reparamos. Se colocarmos duas vulgares réguas graduadas em frente uma da outra e, por exemplo, colocarmos o 0 da de cima em frente ao 5 da régua de baixo, teremos, na régua de baixo, todos os números da de cima adicionados de 5. Ou seja essas réguas, dispostas dessa maneira, permitem somar números. E também diminuir. É elementar, mas é tão simplesmente segundo esse principio que funciona a Régua de Calculo. Embora tenha mais aplicações, que se executam nas várias réguas que a compõem, descreverei apenas as duas mais vulgares e que são a Multiplicação e a Divisão de números. (...) 
Por último e em defesa deste agora obsoleto dispositivo, apontemos três grandes vantagens em relação à máquina de calcular: Nunca se avaria, não gasta pilhas e, se não o destruirmos, é eterno.»

6 comentários:

agrades disse...

RAzão para dores de cabeça...

Licínia Quitério disse...

Tenho cá uma igualzinha. Depressa se tornaram objectos de museu. Tudo passa e nós também.

Luisa disse...

Nunca me entendi com cálculos nem mesmo com as tais réguas.

Benó disse...

Grande e útil explicação, Mena. Mas resolveste o desafio, e bem.

Justine disse...

É de museu e bela, e já foi imprescindível. Explicação muito interessante

bettips disse...

De contas e réguas de cálculo nada sei, com a Luisa. O meu doutor ainda usa uma coisa dessas... A explicação tem o seu culminar, para mim importante, no fim da prelecção!