quinta-feira, junho 28, 2018

PAUSA EM JULHO E AGOSTO

E agora fazemos uma pausa de dois meses nestes nossos desafios.
Boas férias para todos, sejam elas passadas nas vossas casas ou algures por aí. De qualquer modo, se precisarem de me contactar, estão à vontade para o fazer através do meu email.
Abraços
M

UM EXTRA DO ZAMBUJAL PARA ACABARMOS BEM A TEMPORADA

Junto duas respostas de “alunos” da Universidade Sénior de Ourém na disciplina (indisciplinadíssima…) Oficina de escrita e leitura, onde falo do PPP, e ao desafio para trabalho de casa; relativamente ao texto de Celeste Pastilha tive de passar ao computador o manuscrito e dar umas “limadelas”, quanto ao do Eduardo Graça nem procurei corrigir as imprecisões que ele próprio detectou ao ler (pedra do em vez de no sapato… e talvez devesse dizer-se pedras em pés descalços!).
Claro que, se te parecer interessante, poderás publicar esta breve explicação e os textos, o que seria uma excelente surpresa para os autores.

Zambujal

O ALFAIATE DA PEDRA NO SAPATO

Conta-se na minha aldeia que ali perto viveu, há muitos anos, uma modesta família de agricultores. Tinha cinco filhos, quatro deles deficientes e incapazes de ajudarem os pais nas lidas do campo, de onde lhe vinha a subsistência, e só o mais novo ajudava nessas lidas.
Os outros filhos, três raparigas e um rapaz, foram ajudados a aprender profissões que pudessem exercer sentados porque as suas limitações eram nos membros inferiores, talvez causadas pela terrível doença que então atingia tantas crianças naquele tempo, a poliomielite.
Das três raparigas, duas foram costureiras, a outra bordadeira, o rapaz sapateiro.
Assim cresciam modestamente, com a ajuda do filho mais novo, dócil e robusto, muito trabalhador, o braço direito dos pais e muito admirado por todos.
Mas o trabalho no campo era tanto e tão duro que o pobre rapaz, cansado e triste, começou a pensar: porque é que não nasci coxo como os meus irmãos?... trabalho de sol a sol, como um galego!... e não ganho nada, eles ao menos não andam ao frio, chuva e vento e ainda ganham uns centavos.
Pensou, pensou! “Isto tem de mudar!”.
Uma noite fechou-se na pequena oficina do irmão, pegou numa das suas botas forrada a brochas para que durassem muitos anos, puxou pelas ferramentas que tinha à mão, a sobela e o alicate, e abriu a sola da bota. “E se eu pusesse uma pedra entre a sola e a palmilha?...decerto vai dar para coxear…”. Assim fez e coseu tudo de novo para que nada se notasse.
No dia seguinte, ao calçar as botas, uma mais alta que a outra, já estava coxo. O engenho correra bem!
Começou a queixar-se “Ai a minha perna!, ai a minha perna!” e os pais, muito preocupados, sem saberem que fazer, lamentavam-se “Era só o que nos faltava, não ficou com mazela em pequeno, apareceu-lhe agora!”.
Sem terem a quem recorrer, convencidos que ele não podia continuar a trabalhar no campo resolveram mandá-lo aprender uma profissão, talvez alfaiate.
Foi o que ele quis ouvir. Aprendeu depressa, era tanta a vontade de mudar de vida.
Foi um alfaiate famoso nas redondezas. Fazia de tudo. De fatos para casamentos a mortalhas para mortos!
A bota, que agora já não lhe fazia falta, foi atirada para um canto da oficina do irmão, até que este, um dia, ao desmanchá-la, para aproveitar algum pedaço para remendos, descobriu o mistério do alfaiate da pedra no sapato.

Celeste Pastilha
Junho 2018


 
 

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Zambujal
Dia 28Fotografando as palavras de outros sobre o poema de Carlos Drummond de Andrade

No Meio do Caminho


No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Publicado em 1928 na Revista de Antropofagia, S. Paulo, Brasil

11. Zambujal



LE(GE)NDA
Há mais de 35 anos,
no pequeno bar de um teatro,
o autor, na apresentação deste livro,
com a sua voz por vezes presa,
disse este poema
e que, para ele,
o convento de Mafra fora
uma pedra no meio do caminho.
E que pedra foi ela!
E que caminho foi o dele!

Zambujal

10. Teresa Silva

9. Rocha/Desenhamento



No meio do caminho tinha uma pedra (...)
Nunca me esquecerei desse acontecimento (...)...
tinha uma pedra no meio do caminho.

foto sobre montagem de Rocha de Sousa

8. Mónica



Aqui vai mais uma pedra no meio do meu caminho: a fotografia para o desafio. Nunca me esquecerei desse acontecimento, na vida de minhas retinas tão fatigadas: pedras num vaso, o vaso pendurado numa varanda, fiquei intrigada com o propósito, alguém se entretém a atirar as pedras para o caminho de quem passa ao largo da varanda? alguém crente que das pedras em vaso nasçam pedrinhas? algum efeito que não estou a ver?

Mónica

7. Mena M.



«Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra»

6. M.

5. Luisa

4. Licínia



Tinha uma pedra no meio do caminho, mas a árvore foi mais forte.
Licínia

3. Justine



(fotografia de uma pedra no meio da estrada que leva do Rio de Janeiro à Prainha, para os lados da Barra da Tijuca)
Justine

2. Bettips

 
Numa rua - escavações romanas em Mérida. 

Bettips

1. Agrades



«na vida de minhas retinas tão fatigadas.»

quarta-feira, junho 20, 2018

AGENDA PARA JUNHO DE 2018

Proposta de Zambujal
Dia 28Fotografando as palavras de outros sobre o poema de Carlos Drummond de Andrade

No Meio do Caminho



No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Publicado em 1928 na Revista de Antropofagia, S. Paulo, Brasil

O DESAFIO DE HOJE



Dia 21 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Zambujal.

11. Zambujal

Andava o encarregado-do-mês de encontrar palavras que puxem imagens a confrades, e vice-versa (isto é, imagens que puxem palavras), quando tropeçou numa pedra. Depois – só depois… – viu com olhos de fotografar aquela “instalação” em cima da placa-tampa do velho poço. Do poço de onde, em tempos há muito idos, tirava água à picota enganchada na oliveira que, centenária, resiste e dá sombra a cadeiras e pedregulhos. Pensou nela para ilustrar uma cimeira-a-três com pedras no sapato (ou “à mão”), mas outra ideia se sobrepôs. Sem qualquer arranjo (que, entretanto, se “instalaram”) ficou a imagem guardada dentro do olhar à espera de estas palavras. Aqui ficam elas: a imagem e as palavras. 
Zambujal

10. Teresa Silva

Gosto imenso de pedras ou rochas, sejam granito, basalto, xisto, calcário ou outras. Esta composição está muito boa com a mostra de variedades diferentes quer na mesa, no chão ou nas pedras isoladas.
Teresa Silva

9. Rocha/Desenhamento

Com as palavras dentro do olhar é uma forma de expressão que funciona em jeito de aproximação analógica e um pouco oftálmico. Mas em relacionadas as coisas isto fia mais fino: a imagem começa por ser a captação focada pela retina, donde o nervo óptico transporte a informação para a zona do cérebro (em memória visual) onde o sentido do visível se refaz a cores e em termos tridimensionais. Mas estará tudo dentro dos olhos? Os olhos são apenas a câmara, não fabrico cognitivo ou conceptual da imagem (paradigma do ver). Imaginemos que, depois de ter encenado os materiais da fotografia e de a ter registado, o Zambujal me oferecia uma cópia, tendo eu guardado desde há muitos anos até a descobrir agora.
Sem me lembrar da oferta, disse a um amigo. «Olha esta fotografia é uma foto que metaforiza o real, jogando com duas cadeiras iguais e uma diferente, singela. Há uma pedra a juntar as duas cadeiras iguais. A outra pedra designa a mais singela. Um suporte agarra por baixo tudo isto. Ora isto lembra uma instalação moderna, de ordem plástica, eventualmente simbólica. E o meu amigo disse-me:
«A mim lembra-me o «aparelho» de uma sessão espirita assimétrica: a cadeira singela para o médio, nomeado pela pedra; as outras duas cadeiras para os mentores da sessão, unidos em corrente pela pedra em coração que os nomeia "colando" em baixo as cadeiras. O que se terá passado ou virá a passar-se só podemos imaginar.»
Rocha de Sousa


8. Mónica

Três pedras e três cadeiras de plástico verde a condizer com a tampa do poço, lembrei-me daquela lenga-lenga do coelho que não queria comer as couves e mandou-se chamar um pau para bater no coelho que não queria comer as couves. Pois aqui além de couves trata-se de um monstro que mora no poço e que emerge em certos dias, não se sabe em que dias, há que esperar pacientemente, por isso as cadeiras, há que mandar vir três homens fortes para agarrarem nas pedras, que as pedras são grandes e pesadas para baterem no monstro para assustar o coelho para comer as couves. Mas como não vem o monstro, não se sentam nas cadeiras, não vêm os homens, não pegam nas pedras, e o coelho não come as couves. 
Mónica

7. Mena M.

As palavras saltaram-me do olhar pesadas, como estas três pedras, que decerto fartas de estarem sentadas nas cadeiras para que não as levasse o vento, deslizaram aos poucos até que se estatelaram no chão.
Mena

6. M.

Observando a imagem, que me lembra o cenário preparado para uma peça de teatro ao ar livre, vejo duas cadeiras iguais partilhando uma pedra de cor clara. A terceira cadeira é diferente, talvez mais ágil, sem braços a sugerir confortos, e tem uma pedra cinzenta aos seus pés, o que me leva a pensar que está ali de reserva, just in case, o olhar de soslaio pousado sobre a pedra à sua direita, essa sem companhia. Talvez valha a pena entabularem conversa, nunca se sabe que entendimentos daí possam surgir. Possuem alguns traços físicos em comum, carnação escura, arestas vincadas, tamanhos idênticos. O seu íntimo desconhecemos, só pegando em cada uma seremos capazes de lhes avaliar o peso. Até arrisco dizer o peso das ideias. Tenham as pedras ideias ou não, quem lhes pegou e as colocou ali tem-as. A quarta pedra, escondida entre a relva, recordou-me o “Ponto” dos teatros antigos, metido dentro de um buraco no palco ou numa caixa com abertura virada para os actores em cena, a narrar em voz baixa as falas quando eles se esqueciam dos textos. Alçapão parece haver um, oculto sob uma tampa verde... Ah e o título da peça podia ser A Natureza das Coisas. Ora, deixa-te de fantasias, trata-se apenas de um espaço aberto em que elementos diversos marcam presença.
M

5. Luisa

Há quem goste de conversar com as pedras porque nunca discutem nem nos contrariam.
Luisa

4. Licínia

Eram três meninas
Muito bonitinhas
Airosas sentadas
Em cadeiras verdinhas
Em cima do poço
Muito bem tapado
Com uma pedra grande
Redonda redonda
E mais três pedrinhas

As meninas sonhavam
Se em vez de pedrinhas
Fossem três rapazes
Morenos ou loiros
Valentes audazes
Seriam capazes
De com eles fugir
E o amor descobrir

Foi sonho ou verdade
Não se pode saber
O certo é que vemos
As três cadeirinhas
Verdinhas sozinhas
E as três pedrinhas
Cinzentas tristinhas
Pensando em meninas
Que foram embora
Em busca do amor
Por esse mundo fora

Licínia

3. Justine

Três pedras, três cadeiras, uma tampa de poço adivinhado. Fotografia que pode sugerir-nos inúmeras histórias, mais ou menos verosímeis, mais ou menos fantásticas - é só dar asas à imaginação. Fotografia que também, pela composição harmoniosa e pelo equilíbrio de tons, transmite paz, serenidade, silêncio.
Justine

2. Bettips

Todas as pedras esperam que a gente repare e se sente nelas. Eu, por exemplo, preferia sentar-me no chão e ao lado de uma delas, mais perto do pulsar da terra, em vez de na cadeira... E agora, vamos lá à conversa amigável que sempre existe nesse cantinho!
Bettips

1. Agrades

O que vejo nesta foto?
Três cadeiras e três pedregulhos.
E o que me lembra?
Um programa da TV, que penso ser de futebol, chamado Trio de Ataque.

Agrades

quinta-feira, junho 14, 2018

AGENDA PARA JUNHO DE 2018



Dia 21 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Zambujal.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Zambujal
Dia 14 - Reticências com a frase “Com a pedra no sapato a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.

11. Zambujal



Com a pedra no sapato… 
tinha avançado a pedra peão de rei. 
Recuou estrategicamente, pé ante pé. 
A abertura estava feita. Esperou. 
Sem grandes expectativas. A curto prazo.
O “outro” deveria avançar peão do rei (preto) … 
ou então faria um dos cavalos dar um salto. 
Depois é que a pedra “morderia” o pé no sapato... 
de que apenas deixara a ponta na casa branca vazia. 
Podia ser o começo de uma grande… xadrezada. 
Com duas mirones! 

Zambujal

10. Teresa Silva



Com a pedra no sapato fiquei, literalmente, e já não consegui descer até às ruínas romanas. 
Teresa 
(Esta é uma estação arqueológica em Freixo de Numão, perto de Foz Coa.)

9. Rocha/Desenhamento



Com a pedra no sapato, sintoma de um andar algo coxeante, chegou um dia ao Convento da Agonia, em Serrana, um bispo que era visita habitual e procurava, com ironia, ajudar o povo que gostava das suas missas e do seu convívio. Naquele dia, depois da missa, as pessoas receberam as bençãos habituais e ofereceram ao Convento, como sempre faziam, sacos com géneros frescos das suas courelas. Junto do portal, o Bispo decidiu que o Convento receberia apenas uma oferta, pelo que mandou entregar à Madre Superiora um saco, devolvendo os outros a todos os doadores. E disse: «Vendam esses géneros e cuidem dos vossos pés. Comprem sapatos.»
Rocha de Sousa

Afinal, ao fechar o computador, acabei por rever uma bela ilustração que se ligava a uma história do Bispado numa aldeia francesa e na altura em que os Papas se dividiam em duas sedes, essa em França e a outra no Vaticano. Esta vinheta coberta pelo papado, ilustra jocosamente a balbúrdia das festas e das feiras. Era um tempo onde muita gente andava descalça e que não cultivava a sabedoria da "pedra no sapato". Daí a metáfora daquele bispo no texto. É um jogo singelo,mas reinventável aquém do desenho-colagem. 

João M. Rocha de Sousa

8. Mónica



Com a pedra no sapato é que não pode ser, é um incómodo insuportável transportar uma pedra no sapato, é inevitável descalçar o sapato virá-lo e sacudi-lo até sair a pedra, o meu reino por umas sandálias, entra a pedra, sai a pedra, ai a pedra, é rocha, ígnea, sedimentar, metamórfica, fico na mesma, que calhau sou nestas coisas de pedras, raios partam a pedra, nem água mole em pedra dura, nem pedra no rim, nem pedra no sapato, que pedrada no charco, que pedra! 
Mónica

7. Mena M.



Com a pedra no sapato e sem encontrar melhor solução, resolveu descalçar os sapatos e "estacionar" o problema ali mesmo, na ponte sobre o canal. Seguiu caminho em peúgas, aliviado e ligeiro.

Mena

6. M.



Com a pedra no sapato direito lá fui andando, um pouco incomodada, claro, porque não é suposto os sapatos albergarem senão pés. A certa altura, cansada daquela companhia indesejada, sacudi o sapato com um movimento firme da perna e a pedra saltou para o chão, perdendo-se entre pegadas e flores pequeninas à beira do caminho. Liberta de constrangimentos a atrapalharem-me o passo, ao olhar melhor a paisagem idílica que me rodeava, reparei no montículo de pedras de vários tamanhos pousadas sobre a erva. Quem sabe, pensei, os autarcas da região venham a criar um museu ao ar livre para conservar esta colecção de calhaus aparentemente desperdiçados, boa matéria de estudo para investigadores e população. 
M

5. Luisa



Com a pedra no sapato - não fosse cair noutra - perguntei qual a diária daquela pousada. 
Luisa

4. Justine



Com a pedra no sapato ficaram eles quando, interrompendo-lhes a leitura-a-dois no fim da tarde, um enxame de vespas os rondou em ameaça iminente. Paralisados, de algum medo e como estratégia, esperaram. E as vespas, ao fim de alguns segundos que a eles lhes pareceram horas, afastaram-se ruidosas e em grupo coeso até às heras em flor, onde encontraram comida e repouso. Eles, apesar de já calmos, resolveram terminar a leitura e refugiaram-se na segurança da casa, não fossem as vespas reincidir! 
Justine

3. Jawaa



Com uma pedra no sapato, o receio está sempre presente e torna as tarefas bem mais difíceis: fechar uma gaveta ou armário, arrumar as compras do mercado, estender a roupa na corda, metê-la na máquina, canetas, lápis, folhas, fios a mexer, então, é uma festa de incertezas. Já me ocorreu entrar na Justiça ou recorrer ao Parlamento. Haverá por lá menos pedras? 
Jawaa

2. Bettips



Com a pedra no sapato e o sapato na pedra, fiquei eu, perplexa, ao reparar no belo equilíbrio nesta idade da inocência, de cabelos castanhos ao vento e botas justas, de plataforma alta. Vejo e sei as cores de tudo o que usava à época. Era na praia do Castelo do Queijo, no Inverno. Desse tempo, só me ficou... a inocência. 
Bettips

1. Agrades



Com a pedra no sapato e a pulga atrás da orelha fiquei quando vi que me esqueci de acrescentar umas palavras ao mote desta semana. A pedra e o sapato encontrei-os no Museu Etnográfico de Caria e valeram-me nesta aflição. 
Agrades

quinta-feira, junho 07, 2018

AGENDA PARA JUNHO DE 2018

Proposta de Zambujal
Dia 14 - Reticências com a frase “Com a pedra no sapato a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Zambujal
Dia 7 - Ao jeito de cartilha: Proponho-vos que usemos a sílaba “dra para formar as nossas palavras. A palavra que cada um apresentar tem que conter a sílaba pedida e exprimir a imagem que lhe foi associada com sintonia clara entre ambas. Se houver preferência por um conceito, a regra a aplicar é a mesma, ou seja, ele tem que ser expresso por uma palavra que tenha a sílaba pedida. O texto que alguns de nós acrescentarmos é apenas facultativo e um complemento.

11. Zambujal



Pedra

tu és esta pedra. Não és como as outras. És a minha pedra-matriz. A pedra pisada pelos meus avós, que acolheu os pés (descalços) do meu pai, em que gatinharam os meus netos (e este gato, nossa companhia), e que o sol quis aquecer como se fosse para esquecer (ou para lembrar…) as grades de uns anos há uns anos atrás. 

Zambujal

10. Teresa Silva



Pedra

Gosto muito destas construções todas em pedra.

Teresa Silva

9. Rocha/Desenhamento



Dramaticamente, logo pela manhã de 1988, o Chiado, em Lisboa, ardeu em larga medida e com enormes perdas urbanas, económicas e de comércio especializado. Ana, a rapariga da fotografia, protegeu-se num quarto andar e arrastou tudo o que podia, roupas sobretudo, mantas e lençóis, para o quarto que julgava salvo do sentido das chamas. Quando os bombeiros lá chegaram, lá estava ela, esperando esperançosamente. Em camisa de dormir, protegendo lençóis molhados e olhando quem a achara.
Rocha de Sousa

8. Mónica



Uma quadra dentro de um quadrado

7. M.



Aldraba

6. Luisa



Guarda-portão de pedra

5. Licínia



Aldraba

4. Justine



Dragoeiro

(a fotografia foi feita na ilha do Pico, junto do Museu do Vinho, onde há uma pequena mata de dragoeiros, lindos) 
Justine

3. Jawaa



Empedrado para terra futura

2. Bettips



Empedrado

Empedrado da pequena e romântica ponte romana, em Alfundão. Nada sabemos das águas que por lá passaram mas, como tantas vezes a tradição oral substitui a escrita, não me custa a acreditar, pelos seus arcos, que algum edil romano a mandasse construir.
Bettips

1. Agrades



Dragão