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quinta-feira, maio 12, 2011

7. Licínia




Pareceu-me avistar um melro junto ao candeeiro. Fotografei-o antes que se escondesse atrás do arbusto. Na foto, o melro, se o era, não passa de um ponto negro, mas nela apareceram o meu ninho, o ninho dos meus amigos, as torres que me viram nascer, o velho eucalipto, o novo jardim e talvez, quem sabe, um longo capítulo duma história que em mim se anda a escrever.

Licínia

6 comentários:

  1. Começaste bem, com a sombra do melro. Para a frente, amiga!

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  2. Pareceu-me...tudo o que tu disseste. E lembrei-me também que "me parece" que pisas a relva
    (que desautorizas o composto regular)
    que encobre a pedra
    que encobre o melro
    e descobre a liberdade de pensar.
    No início da vida vista
    duma árvore à tua beira.

    Acho que sim, L., escreve-te como sabemos que és capaz.

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  3. O prazer de olhar.

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  4. Tão bom esse caminho do pequeno ponto para a imensidão do existente e do imaginado!
    Queria tanto não precisar de o dizer à minha volta e ser acreditada!...

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  5. Está lá tudo, até o melro

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  6. Bonito texto para uma foto tão romantica. Pareceu-me que no lago, dentro duma pequena chata, um casal de namorados passeava, calmamente. Pareceu-me....

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