Eu... quase que aposto que a nossa M. tem uma "tradução" para isto que a gente nem sonha. A ponta do véu? O livrinho lá atrás... Diz lá, M., como se sobrevivia com papas de linhaça, azul metilene e fervuras de eucalipto...
Bettips: Nada na manga. Apenas ligações, reflexões sobre o caminho que fazemos desde o nascimento até... 1. O primeiro embate com o mundo será ao nascer. A passagem de um mundo calmo e aquoso para um outro. Desconhecido. Quem nos amparará nesse mistério da sobrevivência? 2. A mãe, o pai. O colo, os colos, a ternura a amparar o passo, a acariciar a nódoa negra provocada pela queda. A generosidade que se oferece no pegar da mão que acompanha a curiosidade. O penso que alivia a ferida, o medicamento que baixa a febre da vida que cresce connosco. 3. Tão depressa a altura da juventude a bater-nos à porta. Tão rápida a idade madura a deixar uma marca no rosto. Tão fugaz a seda da pele a perder o brilho. 4 . Tão atraente a ilusão dos restauradores que disfarçam a ruga que ainda ontem não estava ali, mesmo em redor dos olhos. Tão necessário o medicamento que tira a dor que nem o penso nem a pomada já não saram. 5. Tudo natural. É assim o nosso açafate ao nascer. Passível de mudança. Previsto que com o tempo seja preenchido com restauradores outros que nos vão amparando a saúde. A substituir as botinhas e os casaquinhos de lã que em sua devida altura amenizaram o frio de um mundo que não conheciamos. O livro lá atrás é o meu Livro de Bebé, com desenhos de Raquel Roque Gameiro. Nele os meus pais escreveram parte da minha história.
Que boa ideia! Tão simples, tão quotidiana...acertaste em cheio no alvo.
ResponderEliminarBj,
Agrades
Faço minhas as palavras da Agrades. Com tanta escolha há sempre forma de "restaurar" a saúde. Muito original.
ResponderEliminarTeresa Silva
Por vezes restauram por um lado, estragam por outro! Mas que seria de nós sem estes "restauradores"...
ResponderEliminarEu... quase que aposto que a nossa M. tem uma "tradução" para isto que a gente nem sonha. A ponta do véu? O livrinho lá atrás... Diz lá, M., como se sobrevivia com papas de linhaça, azul metilene e fervuras de eucalipto...
ResponderEliminarBettips:
ResponderEliminarNada na manga. Apenas ligações, reflexões sobre o caminho que fazemos desde o nascimento até...
1. O primeiro embate com o mundo será ao nascer. A passagem de um mundo calmo e aquoso para um outro. Desconhecido. Quem nos amparará nesse mistério da sobrevivência?
2. A mãe, o pai. O colo, os colos, a ternura a amparar o passo, a acariciar a nódoa negra provocada pela queda. A generosidade que se oferece no pegar da mão que acompanha a curiosidade. O penso que alivia a ferida, o medicamento que baixa a febre da vida que cresce connosco.
3. Tão depressa a altura da juventude a bater-nos à porta. Tão rápida a idade madura a deixar uma marca no rosto. Tão fugaz a seda da pele a perder o brilho.
4 . Tão atraente a ilusão dos restauradores que disfarçam a ruga que ainda ontem não estava ali, mesmo em redor dos olhos. Tão necessário o medicamento que tira a dor que nem o penso nem a pomada já não saram.
5. Tudo natural. É assim o nosso açafate ao nascer. Passível de mudança. Previsto que com o tempo seja preenchido com restauradores outros que nos vão amparando a saúde. A substituir as botinhas e os casaquinhos de lã que em sua devida altura amenizaram o frio de um mundo que não conheciamos.
O livro lá atrás é o meu Livro de Bebé, com desenhos de Raquel Roque Gameiro. Nele os meus pais escreveram parte da minha história.
Profundamente, M.
ResponderEliminarSou do tempo do dr. Spock.
ResponderEliminarMuito boa "leitura".
Mas serão todos restauradores?
parecem fortes e restauradores, sim!!:)
ResponderEliminara acompanhar a ternura do livro.
~
Um lindo texto em que tudo fica explicado apesar da foto, já de si, ser bem elucidativa do quanto vamos precisando de restauros pela vida fora.
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