Que dizer dos espelhos... de água, em que me revia?
Em que os meus pés, ágeis barbatanas de cortar caminhos, mergulhavam no marulhar das algas e das ondas?
Que dizer dos destemidos marinheiros e da prata viva dos peixes? - névoas de manhãs e incêndios de tardes, luzeiro de noites e torpor de madrugadas, em que me sabia de asas soltas? -
Olho o chão e sinto ainda nos cabelos, não o som, não a cor, mas o cheiro de mares navegados.
Não... não quero ter nada … que dizer dos espelhos!
Bettips
ResponderEliminarbelo aroma se desprende até cá, Bettips
se lhe quisesse dar um nome teria que ser tão longo, perfumado e sonoro... como a vida :-)
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Esta fotografia é muito sugestiva de lugares e coisas perdas, reinventada de novo, sem espelho, mas com a figura olhando para baixo,revivendo porventura a projecção líquida dos seus cabelos.
ResponderEliminarEsses são os verdadeiros espelhos da vida.
ResponderEliminarNesses espelhos que habitam a Natureza te encontras, sem dúvida, porque esses "acrescentam" (palavra tua) o ser humano na Beleza com que o envolvem.
ResponderEliminar... mas tiveste. E ainda bem, porque bem dito foi.
ResponderEliminarQuando todo o mar a nossos pés nos espelha os desejos. Tempo de navegar, de descobrir, de achar. Fica sempre a lembrança das coisas sonhadas. Ficamos nós e a nossa imagem, por vezes una, por vezes divisível.
ResponderEliminarO reflexo de tantas das nossas ilusões, dos nossos maiores sonhos, das nossas finitudes e das nossas superações!
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