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quinta-feira, novembro 12, 2015

11. Zambujal


Aquela casa…

é o princípio de tudo. Como o verbo. Sendo “tudo” o que cada um quiser que seja. Como o verbo.
Aquela casa… Na pequena rampa a subir para a aldeia, depois de curva e contra-curva à saída da estrada nacional. Era um quarto, uma sala de entrada, uma arrecadação, a cozinha com lareira a dominar todo o espaço. Para trás da fotografia (dos anos 40), o alpendre, os currais, o pátio, onde uma cabrinha dava o nome à avó. Era a “avó da cabrinha”. Depois, logo a vinha e o poço com picota e balde como ramos da oliveira que sempre lá esteve e que ali continua, e o tanque de rega.
Assim a conheci. Apenas isto. E tanto era.
Aquela casa… onde, no único quarto, nasceu meu pai. A 21 de Janeiro de 1898.

Esta casa. A mesma…






Que cresceu. Para os lados, por dentro, para o quintal. O nosso canto. Como dizia o azulejo que já (se) partiu: Seja bem-vindo quem vier por bem!

Zambujal

6 comentários:

  1. Zambujal:
    Lamento não ter conseguido publicar tal e qual como mandaste. Fiz várias tentativas. Sorry.

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  2. Uma evolução que respeitou toda a memória doutros tempos.

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  3. Zambujal13/11/15

    Oh!, Manuela,
    ficou tão bem!
    De novo me comoveu... A
    ando muito sensível.
    Muito grato por tanto trabalho a que te obrigo/as.

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  4. Neste texto...sinto-me em casa!

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  5. A casa e o tempo histórico dela sentem-se, assim, numa cadência terna.
    Felizmente, "a casa" também cresceu para fora, para nós e muitos. Obg

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  6. Anónimo16/11/15

    Seria tão bom se todos conservassem as casas antigas, com os melhoramentos possíveis na actualidade. A paisagem dO país seria bem diferente.

    Foi também guardada a foto dos anos 40.

    Uma maravilha.

    Teresa Silva

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