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quinta-feira, outubro 11, 2018

9. Mónica



Estava guardada no fundo da gaveta, tão bem guardada que me esqueci e quando a encontrei fiquei contente porque afinal ia ser útil e agradável de novo. Foi o que eu pensei quando li o mote. Assim uma história de sótão e baú, de roupas velhas que se tornam singulares e glamorosas para uma festa que se pensava perdida por não ter a roupa apropriada, um pedaço de qualquer coisa que se mantém não se sabe porquê, para além e só de razões afetivas, atos do subconsciente, qualquer coisa me diz que isto ainda vai ser importante. Pois, nada disso. Estava guardada no parapeito da janela da cozinha a flor mais estranha que vi, meio escondida atrás da máquina de lavar, pareceu-me um daqueles vasos com um manjerico, que se compra e apaparica no Santo António e depois se larga em qualquer lado e deixa morrer, a diferença é que este manjerico deve ser regado e adubado o ano inteiro, às escondidas, hmmm que cheirinho nojento! 
Mónica

6 comentários:

  1. é mesmo fedorento, eu sei de experiência vivida. Nem precisa de ser regado...

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  2. Nada digo contra ou a favor, mas aprecio a imaginação que demonstras, divagando entre ideias várias.
    A propósito: o meu manjerico de S. Joãp (do Porto) é tratado e às vezes dura até ao Natal. Este ano, em férias, soube que feneceu com o calor e a minha ausência.
    Quanto ao cheiro nojento, relembro o rapaz cow-boy e o cavalo do Marlboro que nos cheiravam tão bem, até nos anúncios!

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  3. Anónimo12/10/18

    De qualquer maneira, acho sempre um encanto ir ao sótão ou abrir uma gaveta esquecida (Luisa)

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  4. Achei graça ao texto.

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  5. Anónimo13/10/18

    Chega a dar flor? E é bonita?

    Teresa

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  6. deve dar uma flor bem feia chamada mau hálito, tosse ou cancro, depende :P
    achei piada o esconderijo e a paciência de quem fuma às escondidas e vai espetando as beatas como se fosse um manjerico

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