“…. Cá para mim aposto que o desmaio dela tem a ver com a tristeza que carrega naqueles olhos como não há outros, com a nuvem que mais ninguém vê, que só eu sei quando nasceu, que só eu sei quando começou a escurecer. Ai, Aura, Aura, talvez um dia me contes, talvez um dia chores no meu colo, talvez choremos as duas, nós, mulheres que erraram o amor, que erraram a vida. Eu estou no fim da estrada, Aura, sou sem remédio, mas tu, filha, podes ainda voltar atrás, ou mudar de direcção, quem sabe numa curva do caminho, num qualquer desvio de ocasião, numa vereda que há muito tempo não percorres. És tão distraída, Aura. …”
Do meu livro OS OLHOS DE AURA, ed. Poética Editorial, pág. 46
Licínia
Tudo depende de aproveitar o tal momento
ResponderEliminarLuisa
Os olhos e o que eles vivem e nos mostram.
ResponderEliminarOs conselhos de mãe... que raramente se seguem.
ResponderEliminarUm belo livro.
Um bocadinho fatídico "errar a vida", matou alguém?
ResponderEliminarNão é esse o sentido, Mónica.
ResponderEliminarBonita capa. Uma bela fotografia.
ResponderEliminarTeresa
É uma obra desafiadora, e encaixa muito bem no contexto do desafio. Apeteceu-me reler...
ResponderEliminarTambém se vê com o coração...
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