Velhice
Associo a fotografia acima à velhice. A oliveira é uma árvore passível de viver centenas ou milhares de anos e bem carcomidas as vemos nos campos, algumas com rebentos. Na espécie humana raramente chegamos aos cem anos, apenas são milenares os registos de personalidades e acontecimentos que vão sendo guardados na memória da História. À medida que avançamos na idade esbarramos com a noção realista de que somos mortais. A nossa fragilidade confronta-se com a progressiva perda de capacidades que nos reduz os movimentos, o convívio social, a independência. Um sem fim de obstáculos, muros intransponíveis que por vezes nos desanimam. Valem-nos os outros muros onde nos amparamos para não perder de vista as cores que nos encantam no mundo terreno.
M
Fazer dos muros intransponíveis, encostos é uma boa ideia
ResponderEliminarSaberemos procurá-las e podemos encontrá-las? Às oliveiras-gente que nos amparam os anos?
ResponderEliminarAs oliveiras um excelente exemplo de velhice, a tua escrita uma inspiração. Esta casa onde nos recebes também me serve de amparo. Bem-hajas por tudo!
ResponderEliminarSinto o mesmo
ResponderEliminarLuisa
E como é duro dar de caras com essa compreensão de que somos efémeros, como é duro enfrentar a realidade dos muros intransponíveis...
ResponderEliminarA imagem perfeita para o texto, ou vice-versa.
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