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quinta-feira, março 30, 2023

4. Licínia


 

A foto chegou, triunfante, acompanhada de uma breve carta electrónica. Explicava que memórias persistentes da infância lhe exigiam uma fonte. Andou a fazê-la, devotadamente. Já a tem. Só faltam uns pequenos arranjos a darem mais consistência ao quadro. Agora sorri ao ouvir a voz do fiozinho de água a correr para os fundos. Ali perto, o maior bicho é o gato da casa que compõe o seu ar falsamente desinteressado da novidade, mas o dono pode ouvir os chocalhos dos grandes animais que se vão dessedentar, à tardinha, como dantes. Aposto que um dia destes contará ao neto uma história de encantar: Era uma vez uma fonte, era uma vez... 

Licínia

5 comentários:

  1. Sonho realizado, imaginação a trabalhar...
    Muito bem escrito, o teu texto, amiga! Parabéns.

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  2. Anónimo31/3/23

    Quem não sonha com uma fonte em casa? Sonham os que têm de ir buscar água bem longe
    Luisa

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  3. Muito belo este conjunto de texto e fotografia.

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  4. Que bonita, a ideia "da pessoa" e a tua de no-la transmitires nesta fotografia fresca.

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  5. Anónimo2/4/23

    Bonito recanto.

    Teresa

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