Páginas

quinta-feira, janeiro 07, 2010

"Palavra" por Justine

9 comentários:

  1. E porque me apeteceu, aqui vai sobre as palavras:
    Epígrafe

    De palavras não sei. Apenas tento
    Desvendar o seu lento movimento
    Quando passam ao longo do que invento
    Como pré-feitos blocos de cimento.

    De palavras não sei. Apenas quero
    Retomar-lhes o peso a consistência
    E com elas erguer a fogo e ferro
    Um palácio de força e resistência.

    De palavras não sei. Por isso canto
    Em cada uma apenas outro tanto
    Do que sinto por dentro quando as digo.

    Palavra que me lavra. Alfaia escrava.
    De mim próprio matéria bruta e brava
    ---expressão da multidão que está comigo.

    J.C.Ary dos Santos

    Um beijo para vós todas(os)com votos de melhoria de vida !!

    ResponderEliminar
  2. Os olhos e a expressão do rosto são um auxiliar precioso para dar ainda mais relevo à palavra dita.

    ResponderEliminar
  3. Ah e o poema é lindo!

    ResponderEliminar
  4. De coração-palavra sabia ele.
    Muito expressiva e bem escolhida, Justine; tempo bom esse, declamado e feito resistente.

    ResponderEliminar
  5. Lindo poema mas também muito bela a expressão da mulher que deixa as palavras correrem como água.

    ResponderEliminar
  6. Anónimo9/1/10

    A palavra é dita pela boca e pelos olhos...
    Agrades

    ResponderEliminar
  7. OH minha amiga, quando apitece ,apitece mesmo, é cá do meu grupio.

    Mas afinal o que vem a ser isto?
    Isto é de uma peça teatral ou alguma outra coisa onde sejam necessários 2 intervenientes.., quem sabe cantar as janeiras.

    Bom Ano

    ResponderEliminar
  8. Podia ser isso, António, o cantar das Janeiras, que por estas bandas ainda se faz, porta a porta. Mas neste caso é uma representação teatral,numa livraria que já fechou, da dramatização de um conto de Luandino Vieira. Uma tarde especial...

    ResponderEliminar