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quinta-feira, janeiro 12, 2012

16. Zambujal



Neblinas...
Há neblinas sobre a grande cidade.
No campo, as neblinas são outras. Agarram-se ao chão, são terra-a- terra. São as manhãs a acordarem entre restos de nuvens que não se levantaram ainda, apesar de o sol já estar desperto e luminoso.
Na grande cidade, há neblinas que nem vemos quando, no grande parque, levantamos os olhos, ou nos deitamos de costas na relva com a vista atirada ao céu. Só as sabemos quando subimos acima delas, e espreitamos a cidade.
Vemos, então, as definidas formas de cimento e vidro, como aquela do FT (Financial Times) e outras mais altas, como esta de onde olhamos o longe e encontramos o parque e, mais longe ainda, o rio, tudo envolvido na indefinida neblina que é a respiração da grande cidade.

Zambujal

7 comentários:

  1. Muito interessante a ideia de a respiração da cidade se confundir com a neblina.

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  2. A poluição também naõ deixa a cidade respirar.

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  3. Há tantas neblinas diferentes - ou é apenas o nosso ponto de vista?

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  4. Gosto muito deste texto. De grande subtileza. E muito interessante a fotografia na amplitude que o olhar captou e nos significados que contém.

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  5. Anónimo14/1/12

    A cidade das grandes neblinas...aos mais diversos níveis.

    A fotografia está muito bem conseguida e permite ter consciência da grande extensão do parque.

    Teresa Silva

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  6. Diria: uma fotografia ideal!
    Para perceber o coração ainda verde da cidade sitiada.

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