
É triste passear pelas ruas e encontrar assim fechada a vida. Por isso ali demorei o olhar e acariciei os traços marcados na porta, como se com esse meu gesto fosse capaz de reanimar as feições dos antigos moradores da casa.
Tão desamparada é por vezes a memória da existência humana!
M
Um belo olhar, que a fotografia
ResponderEliminarconserva, e um texto bem adequado
ao sentimento da percepção.
Uma fotografia despojada e cheia de significado, com a tua habitual sensibilidade. Quantas histórias de vida por trás destas portas fechadas...
ResponderEliminarTriste e belo!
Tantas portas encontramos assim fechadas. Quem ficou lá dentro abandonado?
ResponderEliminarTriste o apagar da porta, o apagar da memória. Inevitável.
ResponderEliminarDói quando os outros nao gostam do que nos gostamos...
ResponderEliminarPorta e vidas feitas a gosto, rendilhadas e desenhadas. E o teu olhar/palavras transportam-nos para uma figura enchapelada que sai, uma mulher de saia ondulante que entra. Passado.
ResponderEliminarÉ triste.
(se não tivéssemos memória nem sequer poderíamos "provar que não éramos um robô"... como se pede abaixo, não é? e contudo a memória também é um gume)
É triste ver tanta casa abandonada. Portas que se abriam à alegria hoje não são mais de que albergue de carunchos.
ResponderEliminarUrgente a reabilitação urbana para que não haja tanta casa a cair que se imagina para além da porta.
ResponderEliminarTeresa Silva
Sim. É triste o desamparo e o abandono. O esquecimento. Um gesto pode vencer a tristeza, um olhar pode dar alegria ao que está triste, gentes e coisas.
ResponderEliminar