As alegrias do meu amanhecer começam nas madrugadas quentes, antes da noite parir o dia, num levíssimo pipilar de dor. Logo depois a luz se filtra pelo rendado das folhas em brilhos embalados pela brisa, pelo outro rendado que mãos hábeis teceram, penetra fundo nos meus olhos extasiados, nos meus ouvidos acordados pelo gemer duma rola ou soar de um cuco madrugador a contar os anos que tenho de vida; não já, como o cuco da Beira, a contar os anos que tenho de solteira!
Jawaa
Percebo bem as tuas alegrias de amanhecer, ligadas à natureza e ao seu esplendor! Que tão bem estão retratados nessa fotografia de luz especial, com montanha ao fundo!
ResponderEliminarE essa casa de xisto, que beleza!
( gosto MUITO de te rever e reler no nosso PpP. Vieste para ficar, verdade?)
Que lindo!
ResponderEliminarO xisto sempre me maravilha. O que dizes e mostras, uma subida para o sol, também. É bom que tenhas voltado a este convívio!
ResponderEliminarbettips
que bom, mais uma participação no PPP!
ResponderEliminar"a noite a parir o dia", gostei, a palavra parir é bonita, é próxima da Natureza, há uma certa verdade nua e crua na palavra parir que me agrada.
do cuco da Beira que conta os anos de solteira nunca ouvi falar, gostava de saber mais, é uma cantilena? dito popular?
ResponderEliminarOlá Mónica!
O cuco da Beira é o «Farrusco» de um dos contos de Miguel Torga, do seu belíssimo livro de contos «Os Bichos». A não perder a leitura a quem não conheça...
Um abraço, grata pelo seu comentário amável
Jawaa
Bem-vinda de volta.
ResponderEliminarA fotografia está um espanto.
Teresa
voltaste ao amanhecer! Que melhor hora poderia haver?
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