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quarta-feira, janeiro 05, 2022

4. Licínia

temos medo que a memória

não guarde os gestos de abraçar

ou de beijar ou simplesmente

de aflorar a pele de um outro rosto

com as polpas dos dedos

trementes de aflição

 

assim vamos vivendo

dia sim amor não

 

Licínia

5 comentários:

  1. Que lindo texto, Licínia. É teu?

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  2. Anónimo6/1/22

    Bonito texto que sinto como se tivesse sido pensado por mim
    Luisa

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  3. Margarida, é um excerto de um poema meu a incluir no próximo livro. Quando o texto não é meu sempre cito a autoria.

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  4. Justine7/1/22

    O medo, sim, sempre o medo a espreitar!

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  5. Um outro modo de resistir às adversidades: dizer de maneira tão bonita o que te vai na alma.

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