As flores faziam parte da sua vida, sempre. E depois da morte do nosso saudoso senhor Américo, seu marido, plantava-as para as pôr na campa dele. Referia-se-lhe sempre como "o meu senhor" e ele a ela como "a minha senhora". E conto tudo isto porque presumo que a figura seja a senhora Aida, figura incontornável que a Bettips conheceu numa altura em que passou pela aldeia da minha infância e juventude. Nenhum deles sabia ler nem escrever, mas em especial ele tinha uma sabedoria e uma curiosidade intelectual espantosas e era um bom homem.
Em verdade, nem ler nem escrever têm a ver com a poesia. Que tantas vezes se faz por gestos e atitudes, como esta. Foi um lugar de belas recordações partilhadas, também para mim. Obg M.
"O trabalho do menino e do velho é pouco, mas quem o desperdiça é louco"
ResponderEliminarE é. Tenho pena da senhora toda de preto ao sol.
ResponderEliminarE é! E corresponde ao carinho das mãos das mulheres!
ResponderEliminarE no meio de tanto trabalho e na confusão da horta ainda consegue plantar flores.
ResponderEliminarTeresa
As flores faziam parte da sua vida, sempre. E depois da morte do nosso saudoso senhor Américo, seu marido, plantava-as para as pôr na campa dele. Referia-se-lhe sempre como "o meu senhor" e ele a ela como "a minha senhora". E conto tudo isto porque presumo que a figura seja a senhora Aida, figura incontornável que a Bettips conheceu numa altura em que passou pela aldeia da minha infância e juventude. Nenhum deles sabia ler nem escrever, mas em especial ele tinha uma sabedoria e uma curiosidade intelectual espantosas e era um bom homem.
ResponderEliminarUma paisagem comovente, um texto tão verdadeiro e igualmente comovente.
ResponderEliminarEm verdade, nem ler nem escrever têm a ver com a poesia. Que tantas vezes se faz por gestos e atitudes, como esta.
ResponderEliminarFoi um lugar de belas recordações partilhadas, também para mim.
Obg M.
Encantador
ResponderEliminarLuisa