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quinta-feira, dezembro 28, 2023

10. Licínia


Corria o ano de 1964. Pela primeira vez saía do país para além dos Pirenéus. De comboio, o SUD, durante trinta e seis horas. Paris era o destino há muito sonhado. Recordo que à chegada senti uma certa melancolia por encontrar uma cidade cinzenta tão diferente da minha Lisboa colorida e soalheira. Depressa a melancolia deu lugar a uma alegria feita de espanto e encantamento pela cidade de liberdade e cultura que a minha Lisboa não me dava. Foi uma semana de saborosos (re)encontros com todos os ex-libris que há muito conhecia de um conhecer feito de livros, de filmes, de relatos na primeira pessoa. Regressei para voltar e voltar e voltar mais vezes do que esperava, menos vezes do que desejava. Hoje fui ao baú das memórias e escolhi esta foto da Torre num dia em que a subi e me emocionei ao ver lá das alturas o desenho da cidade com o Sena por amante, como cantava Piaf.

Licínia

6 comentários:

  1. Bem te compreendo nesse teu amor a Paris. Também eu o tenho. Gosto imenso da fotografia, bem elucidativa do que sentes por ela e de como falaste aqui dela.

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  2. Tempos em que o colorido era a Esperança!

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  3. nunca estive em Paris, gostava de ir, mas também não me esforço por ir

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  4. Adoro Paris e a música francesa.

    Bonita fotografia da Torre Eifel

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  5. Anónimo31/12/23

    Deve ter sido um encanto esse teu primeiro encontro com Paris
    Luisa

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  6. Paris é apaixonante, inesgotável, inesquecível. Há que voltar muitas vezes para rever e matar saudades...

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