Um rio de securas,
porta aberta ao mar.
Desejo de onda,
sonho de barcos, de remos, de velas.
Quem lhe dera.
Teve peixes, sim, de prata pura.
No tempo das raparigas de bronze
e dos músculos inquietos dos rapazes.
No tempo dos cachos de uvas,
das bocas húmidas das raparigas,
das vozes quentes dos rapazes.
Foi um rio de risos, de ousadias,
de chapéus de flores,
de ninfas e efebos,
de iniciações e descobertas.
Um rio leito de frescuras e ardências.
Se o mar de novo entrar
quem sabe brilharão
os dorsos das tainhas
e os chapéus de flores
e os bagos de oiro
irão provocar
os risos de outras margens.
Licínia
Nota: Praia da Foz do Rio Lizandro
E também há o Sizandro, ou não?
ResponderEliminarHá, mais para Norte.
ResponderEliminarUm poema muito bonito com uma fotografia a acompanhar a alma sentida do poema. Ai a memória...
ResponderEliminarBonita fotografia. A praia actualmente está muito boa.
ResponderEliminarTeresa
Gosto sobretudo da poesia
ResponderEliminarLuisa
Que belo poema, Licínia.
ResponderEliminarMargarida o Sisandro desagua junto à Praia Azul, em Santa Cruz.