Dizem que tem sete cores, o arco-íris, o arco-no-céu, o arco-da-chuva, o arco-da-velha, mas que só as mostra quando chove e faz sol ao mesmo tempo. Capricho colorido o deste arco que tem um pé aqui, um pé ali, tão perto e tão longe que nunca ninguém o tocou. Se o encontrássemos, escavando bem a terra onde se poisa, encontraríamos um pote de ouro, um pote cheiinho de luz, igual à felicidade que sonhamos.
Foi do que me lembrei ao contemplar esta pintura que talvez seja a imagem que fica, no avesso das pálpebras, depois de fixarmos, avidamente, a aparição tão rara dos nossos dias de arco-íris.
Licínia
Ver é compreender: e, neste caso, a observação esbarra com a memória
ResponderEliminarda luz branca do espectro solar. O
quadro não foi feito nessa busca,
mas numa harmonia em que as cores
básicas se alternam numa espécie
de sombra.
Rocha de Sousa, eu vejo o que vejo e digo-lhe que ver é muito mais do que compreender. É sentir no interior das pálpebras, no fundo do coração, muito para além das tintas e da busca do autor.
ResponderEliminar...e tranportaste-me, com o teu belíssimo texto, para os meus jogos de menina à volta das cores misteriosas que vinham do céu e desapareciam na terra...
ResponderEliminarAs tuas palavras exprimindo de maneira muito bela o teu olhar sobre a pintura da Teresa.
ResponderEliminarFalta-lhe cor para ser um arco-íris. Como dizia o poeta ...faltou-lhe um golpe de asa
ResponderEliminarTeresa Silva
A primeira parte, do fantástico que todos lembramos ao olhar o arco-íris.
ResponderEliminarDa segunda parte, o que recordamos, poemas de vida alegre, quando fechamos os olhos ... e voltamos "aos dias brilhantes da cor".
Uma pintura descrita em forma de poesia.
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