quinta-feira, fevereiro 25, 2016

AGENDA PARA MARÇO DE 2016



Dia 17 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Bettips

AGENDA PARA MARÇO DE 2016

Proposta de Bettips
Dia 3 - Ao jeito de cartilha: Proponho-vos que usemos a sílabaMi” para formar as nossas palavras. A palavra que cada um apresentar tem que conter a sílaba pedida e exprimir a imagem que lhe foi associada com sintonia clara entre ambas. Se houver preferência por um conceito, a regra a aplicar é a mesma, ou seja, ele tem que ser expresso por uma palavra que tenha a sílaba pedida. O texto que alguns de nós acrescentarmos é apenas facultativo e um complemento.
Dia 10 - Reticências com a frase “Apenas uma casa“ a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
Dia 17 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Bettips
Dia 24 - Jornal de Parede
Dia 31Fotografando as palavras de outros sobre o excerto
« O céu colabora na nossa vida íntima, vive connosco, acompanha-nos na mudança do nosso ser; é um confidente, é um consolador; invoca-se, fala-se-lhe. Olhar o céu, é, nos nossos climas, uma ocasião de viver; instintivamente voltamos para ele os nossos olhos. O poeta meridional, cheio de imagens e de cores, contempla-o; o burguês trivial admira-o; pela manhã, abre-se a janela e vai-se ver o céu! É um íntimo, sempre presente na nossa vida; o nosso estado depende dele; enevoado, entristece-nos; claro e lúcido, alegra-nos; cheio de nuvens eléctricas, enerva-nos. É no céu que vemos Deus... E mesmo despovoado de deuses, é ainda para o homem o lugar donde ele tira força, consolação e esperança.
A paisagem é feita por ele, a arte imita-o, os poetas cantam-no.
...»

O Egipto – Notas de Viagem, Relato da inauguração do Canal do Suez, de Eça de Queiroz (1845 – 1900), Alêtheia Editores, Julho 2015

VEM AÍ MARÇO E COM ELE A PROPOSTA DA BETTIPS




Henri Matisse (1869 - 1954) 
Le Cheval, l'écuyère et le clown, de la série Jazz, 1943 - 1946
Papiers gouachés, découpés, collés et marouflés sur toile
Gouache on paper, cut and pasted on canvas - 42,5 x 65,6 cm
Musée national d'Art moderne - Centre Georges Pompidou, Paris

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Benó
Dia 25 - Fotografando as palavras de outros sobre o excerto

«Era o jantar das crianças. Sonhava a lâmpada o seu rosado lume tépido sobre a toalha de neve, e os gerânios rubros e as maçãs rosadas coloriam de uma áspera alegria aquele idílio simples de caras inocentes. As meninas comiam como mulheres, os meninos como uns homens. Ao fundo, dando o peito a um pequerrucho, a mãe, jovem, loira e bela, olhava-os sorrindo. Pela janela do jardim a clara noite de estrelas tremia, pura e fria.»
Platero e Eu (Susto), Juan Ramón Jiménez, Editora Livros do Brasil

9. Teresa Silva

8. Rocha/Desenhamento



Este desafio é complexo porque não se trata de ilustrar as palavras dos outros mas criar-lhes um clima evocativamente da mesma área: aqui as figuras são duas, pai e filho, os abrigos parecem fazer contexto e não se constituirem como tal, excepto como relação simbólica.
Rocha de Sousa

7. M.



«Era o jantar das crianças.»

6. Luisa

5. Licínia



"… a toalha de neve, e os gerânios rubros e as maçãs rosadas..."

4. Justine

3. Bettips

2. Benó



«Pela janela do jardim a clara noite de estrelas tremia, pura e fria.»

1. Agrades

quinta-feira, fevereiro 18, 2016

AGENDA PARA FEVEREIRO DE 2016

Proposta de Benó
Dia 25 - Fotografando as palavras de outros sobre o excerto
«Era o jantar das crianças. Sonhava a lâmpada o seu rosado lume tépido sobre a toalha de neve, e os gerânios rubros e as maçãs rosadas coloriam de uma áspera alegria aquele idílio simples de caras inocentes. As meninas comiam como mulheres, os meninos como uns homens. Ao fundo, dando o peito a um pequerrucho, a mãe, jovem, loira e bela, olhava-os sorrindo. Pela janela do jardim a clara noite de estrelas tremia, pura e fria.» 

Platero e Eu (Susto), Juan Ramón Jiménez, Editora Livros do Brasil

O DESAFIO DE HOJE



Dia 18 – Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Benó.

11. Zambujal

Aqui vão as palavras depois do olhar: sobre fundo verde, tranquilidade, mansidão, ternura, PAZ.
Zambujal

10. Teresa Silva

A maternidade num cenário campestre. Bonita fotografia.

Teresa Silva

9. Rocha/Desenhamento

As palavras não estão apenas dentro dos olhos e por isso eles se enganam tantas vezes, os dedos, as máquinas. Esta imagem parece, contudo, eleger um sentimento panteísta, ao cheiro das ervas e da maternidade recente.

Rocha de Sousa

8. Mena M.

Mais forte do que a corda que as prende, a ligação entre mãe e filha.

Mena

7. M.

Ao olhar para esta fotografia não sei se me encante se me desencante. E a culpa foi da Agrades que me fez pensar em algo que antes não me tinha ocorrido. Deixei de ser capaz de apreciar esta cena campestre apenas como imagem bonita e ternurenta, agora pergunto-me também se ela não revela um gesto de prepotência do ser humano sobre os animais.

M

6. Luisa

Ternura.
Luisa

5. Licínia

AS VAQUINHAS
Lindas vaquinhas
Tão engraçadas
Comem ervinhas
Com mil cuidados

Darão leitinho
Que eu vou beber
P’ra o meu corpinho
Poder crescer

Que ninguém faça
Mal às vaquinhas
Cheias de graça
E de maminhas

Ora lembrai
sempre também
o boi que é pai
da vaca mãe !

Licínia

4. Justine

Diálogo entre mãe e filha:
- Mãe, posso dizer-te um segredo?
- Claro, minha vitelinha querida, claro que podes!
- Gosto tanto de ti, e gosto tanto de passear contigo neste prado, que quero ficar aqui para sempre contigo. Deixas-me?
A vaca-mãe tossicou, os seus grandes e meigos olhos humedeceram, e não foi capaz de dizer a verdade à filha…
Justine

3. Bettips

Mãe, Família. São as palavras que me ocorrem para esta fotografia doce. Nos animais o sentimento é o mesmo: cuidar, alimentar, fazer crescer, ensinar. Até que pastem, trotem, voem, sozinhos.

Bettips

2. Benó

A olhar para esta cena tão ternurenta entre uma mãe e a sua cria não posso deixar de pensar em tantas outras crias humanas que são maltratadas, abandonadas, violadas em todos os seus direitos pelos próprios progenitores que tinham o dever moral e cívico de as proteger, de as acarinhar. De pessoas tornam-se bestas sem qualificação.
Benó

1. Agrades

As aparências iludem!
À primeira vista, parece-me um quadro idílico, de ternura entre mãe e filho...
Olhando melhor, apercebo-me que os intervenientes estão acorrentados e que não se tocam; apenas o juvenil segreda ao ouvido da maior: assim, bela e lustrosa, em breve o homem te transforma em bifes; eu finjo que como, para não crescer e despertar apetites.

Agrades

quinta-feira, fevereiro 11, 2016

AGENDA PARA FEVEREIRO DE 2016



Dia 18 – Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Benó.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Benó
Dia 11 - Reticências com a frase “Naquele dia“ a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.

11. Zambujal



Naquele dia…
(e já lá vão quinze!) … bem… naquele dia, regressado da ida a Cabo Verde, ‘inda cheio de Cidade Velha, Chã de Caldeiras, Praia e Salrei, desarrumado o “trolley”, nem desliguei do despertador para as alvoradas em aeroportos. Às 7 horas tinha de ir cumprir o dever cidadão de fazer parte de uma mesa de voto para as presidenciais; e foi o dia inteiro – naquele dia –, até à contagem dos votos entrados na urna, e ao jantar de “convívio”, e ao serão de pesadelo televisivo.
No final daquele dia caíram-me em cima muitos outros recentes antecedentes (ah!, os 80 antecedentes!). Ainda não recuperei…
Zambujal

10. Teresa Silva



Naquele dia, ninguém passeava no jardim nem procurava admirar a vista sobre Lisboa. 
Teresa Silva

9. Rocha/Desenhamento



Naquele dia, ao amanhecer, após uma noite violenta, assinalada por duzentos mortos, entre os quais vinte crianças, acordei para uma luz cinzenta e salvadora. 
Rocha de Sousa

8. Mena M.



Naquele dia o mar encheu-se de coragem e fez uma declaração de amor à minha praia. 
Mena

7. M.



Naquele dia a lebre compreendeu que subir às alturas tinha sido um sonho demasiado arriscado. 
M

6. Luisa



Naquele dia, como chovia, substituí o meu passeio por uma arrumação de caixas. E, de repente, encontrei este programa, escondido por baixo dum postal. Achei-o tão engraçado que o mandei para vários amigos da minha terra.
Nenhum reagiu e só depois percebi que eu era a única que ainda sabia quem eram as pessoas indicadas no folheto.
Não volto a arrumar caixas. 
Luisa

5. Licínia



Naquele dia levantei-me mais cedo do que o costume, já que de madrugadas nunca fui. Valeu a pena para poder saudar um dia ainda menino já bem claro e luminoso. As luzes na rua estavam acesas e davam ao cenário um toque de fantasia e desacerto. 
Licínia

4. Justine



Naquele dia, ao caminhar pela cratera do vulcão, ao pisar chão coberto de telhados de casas engolidas pela lava, ao olhar para as gentes que puseram mãos à obra e recomeçaram tudo, aprendi muita coisa: que doçura não é fragilidade; que pobreza pode ser dignidade e orgulho; que tenacidade nasce das tripas e do coração, ligados.
Naquele dia, creio ter aprendido, de vez, a relativizar as perdas. 
Justine 
(um dia de Janeiro em Chã de Caldeiras, Ilha do Fogo, Cabo-Verde)

3. Bettips



Naquele dia eram umas 6 e tal da manhã e já tínhamos de ir tomar o pequeno almoço e arrumar a mala, para mais uma etapa dos "Caminhos de Santiago". Desta vez e ainda estremunhados, nem imaginávamos que de Allariz até à noite, em Ourense, iríamos andar mais de 15km (ou 20?? ou??). Começando em Santa Maria de Augas Santas, atravessando florestas de carvalhos e castanheiros floridos, saltando pedras em ribeiros e lameiros, visitando velhas igrejas e lugares de lendas, caminhando no encanto das terras, entre aldeias, vales e montes.
Digo a todos os amigos que vale a pena, mesmo sem exaurir as forças em "peregrinação" e guiados por alguém que conheça as alternativas pelos lugares mais afastados das estradas comuns, fazer pelo menos uma parte deste caminho introspectivo e encantador. Não tem a ver com a chegada nem a partida: tem mesmo a ver com o caminho! 
Bettips

2. Benó



Naquele dia, era domingo, os manos vieram de sotavento até barlavento para mergulhar nas águas frias das praias que eles adoram. Riram, brincaram e, como sempre, mimaram os pais. Para ficar registado esse encontro, tiraram uma selfie bem divertida que foi guardada e serviu para este desafio em época carnavalesca. 
Benó

1. Agrades



Naquele dia o céu prometia tempestade e, ao mesmo tempo, mostrava uma nesga do arco íris que augura, sempre, felicidade. E, finalmente, como foi? Pesado e negro ou abençoado pelo arco? Não me lembro, foi um dia como os outros. 
Agrades

quinta-feira, fevereiro 04, 2016

AGENDA PARA FEVEREIRO DE 2016

Proposta de Benó
Dia 11 - Reticências com a frase “Naquele dia“ a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Benó
Dia 4 - Ao jeito de cartilha: Proponho-vos que usemos a sílabaMos” para formar as nossas palavras. A palavra que cada um apresentar tem que conter a sílaba pedida e exprimir a imagem que lhe foi associada com sintonia clara entre ambas. Se houver preferência por um conceito, a regra a aplicar é a mesma, ou seja, ele tem que ser expresso por uma palavra que tenha a sílaba pedida. O texto que alguns de nós acrescentarmos é apenas facultativo e um complemento.

9. Teresa Silva



                       Mosteiro

O magnífico mosteiro de Guadalupe.
Teresa Silva

8. Mena M.



                 Mostra

7. M.



                          Mós

(Museu do Moinho Vitorino Nemésio, Portela de Oliveira, Penacova)

http://www.cm-penacova.pt/site/index.php?target=showContent&id_website=1&id=22&id_lingua=1&menu=59&id_pai=46

6. Luisa



Amostra dos belos tecidos que se vendem nesta loja da Ericeira. 
Luisa

5. Licínia



                       Fumos

4. Justine



                          Mosleme

3. Bettips



                        Mostrengo

O mostrengo que está no fim do mar 
Na noite de breu ergueu-se a voar; 
À roda da nau voou três vezes, 
Voou três vezes a chiar... 

Fernando Pessoa, em "Mensagem", 1934

2. Benó



                         Mós

1. Agrades



              À mostra