quinta-feira, abril 30, 2020

AGENDA PARA MAIO DE 2020

Proposta de Justine
Provavelmente Alegria
(A vida não está para graças! O peso dos dias dobra-nos, sendo necessário ir inventando forças sabe-se lá onde, cada dia, todos os dias! Pensei então: e se passássemos um mês inteirinho a inventar alegrias? Não seria demais, pois não? E bem poupadinhas, até podia ser que durassem até ao fim do ano. Vamos então todos, durante Maio, à descoberta de alguma alegria!)
Gostaria que os vossos textos fossem acompanhados de fotografia

Dia 7 - As alegrias do meu amanhecer
Dia 14 - Se eu fosse ainda criança
Dia 21 - Os meus antónimos de alegria
Dia 28 - A Arte, fonte de alegria

O DESAFIO DE HOJE


Proposta de Isabel

Dia 30 – A foto apresenta uma parte de...

Não vale a pena republicar aqui a fotografia do mistério, a resposta está lá em baixo na Isabel.

13. Zambujal

A foto apresenta uma parte de… logo, logo, à primeira vista vi uma parte de um coronavirus… depois acalmei (e lembrei-me de uma anedota do meu tempo juvenil, em que uma professora primária chamou um pai para trocar impressões com ele sobre o filho, que dera uma resposta pouco conveniente sobre o que lhe lembraria um desenho que ela fizera, resposta reveladora de alguma obsessão do miúdo, e o pai – vendo o desenho – respondera “também a sôra professora faz cada desenho!...”).
Pois!..., depois acalmei, desconfinei-me e ao que me faz lembrar o que vejo, certamente virulado do avesso, e arrisco-me a achar que a foto apresenta uma parte de um vitral!

Zambujal

12. Teresa Silva

A foto apresenta uma parte de um vitral numa qualquer Igreja ou Capela.

Teresa Silva

11. Rocha/Desenhamento



Esta fotografia mostra um detalhe de um objecto... 
Rocha de Sousa

10. Mónica

A fotografia apresenta parte de um vitral que serve de abajur.

Mónica

9. Mena M.

A foto apresenta uma parte de um abajur.

Mena

8. Margarida

... 1 cristal de Murano...

Margarida

7. M.

Parte de uma caixa de tartaruga ou de um abat-jour de candeeiro.

M

6. Luisa

A fotografia da Isabel é para mim parte "do estofo surrado dum cadeirão muito usado".

Luisa

5. Licínia

… ”abat-jour” Arte Nova

Licínia

4. Justine

A foto apresenta uma parte de
um candeeiro Art-Deco

Justine

3. Isabel

2. Bettips

A foto, para mim, representa a textura de uma parte da "asa de uma abelha”. 

Bettips

1. Agrades

quinta-feira, abril 23, 2020

AGENDA PARA ABRIL DE 2020

 
 Proposta de Isabel
Dia 30 – A foto apresenta uma parte de...

O DESAFIO DE HOJE

E o poema original completo é este:
Como o guardador de vinhedos
tem sua cabana e vigia,
eu sou cabana, Senhor, nas tuas mãos sem medos
e sou noite, ó Senhor, da tua noite fria.

Vinha, prado, velho pomar,
campo que a Primavera não perde,
figueira centos de frutos a dar,
mesmo em terreno de mármore que não cede:

Exalam perfume teus ramos arredondados.
E tu não perguntas se estou a vigiar;
sem medo, diluídos em seivas, acalmados,
teus abismos sobem por mim ao passar.

Rainer Maria Rilke, O Livro de Horas, Assírio & Alvim

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Isabel
Dia 23 - Que palavras escreveria para completar o poema abaixo?
Como o guardador de ________
tem sua cabana e vigia,
eu sou cabana, Senhor, nas tuas mãos sem________
e sou noite, ó Senhor, da tua noite fria.

Vinha, prado, velho _________,
campo que a Primavera não perde,
figueira centos de frutos a _________,
mesmo em terreno de mármore que não cede:

Exalam perfume teus ramos _________.
E tu não perguntas se estou a vigiar;
sem medo, diluídos em seivas _________,
teus abismos sobem por mim ao passar.

Rainer Maria Rilke

12. Zambujal

Como o guardador de gado
tem sua cabana e vigia,
eu sou cabana, Senhor, nas tuas mãos sem pecado
e sou noite. Ó Senhor, da tua noite fria.

Vinha, prado, velho pasto,
campo que a Primavera não perde,
figueira centos de frutos a gosto,
mesmo em terreno de mármore que não cede:

Exalam perfume teus ramos olorentes.
E tu não perguntas se estou a vigiar;
sem medo, diluídos em seivas dolentes,
teus abismos sobem por mim ao passar.

Zambujal

11. Rocha/Desenhamento

Como o guardador de terras
tem sua cabana e vigia
eu sou cabana, Senhor, nas tuas mãos amplas
e sou noite. Ó senhor, nas tuas mãos frias.

Vinha, prado, velho e erguido
Como que a Primavera não perde
figueira centos de frutos a pingar
mesmo em terreno de mármore que não cede:

Exalam perfume os teus ramos turgidos
E tu não perguntas se estou a vigiar
Sem medo, diluídos em seivas espessas
Teus abismos sobem por mim ao passar.

Proposta de Rocha de Sousa, sem pretender fazer as palavras certas mas as que o inspiram

10. Mónica

Como o guardador de ovelhas
tem sua cabana e vigia,
eu sou cabana, Senhor, nas tuas mãos sem cajado
e sou noite. Ó Senhor, da tua noite fria.

Vinha, prado, velho rochedo,
campo que a Primavera não perde,
figueira centos de frutos a perder de vista,
mesmo em terreno de mármore que não cede:

Exalam perfume teus ramos compridos.
E tu não perguntas se estou a vigiar;
sem medo, diluídos em seivas negras,
teus abismos sobem por mim ao passar.

Mónica

9. Mena M.

Como o guardador de cabras
tem sua cabana e vigia,
eu sou cabana, Senhor, nas tuas mãos sem amarras
e sou noite. Ó Senhor, da tua noite fria.

Vinha, prado, velho pomar,
campo que a Primavera não perde,
figueira centos de frutos a dar,
mesmo em terreno de mármore que não cede.

Exalam perfume teus ramos abundantes.
E tu não perguntas se estou a vigiar,
sem medo, diluídos em seivas revigorantes,
teus abismos sobem por mim ao passar.

Mena

8. Margarida

Como o guardador de sonhos
tem sua cabana e vigia,
eu sou cabana, Senhor, nas tuas mãos sem luvas
e sou noite, ó Senhor, da tua noite fria.

Vinha, prado, velho cajado
campo que a Primavera não perde,
figueira centos de frutos a rodos,
mesmo em terreno de mármore que não cede:

Exalam perfumes teus ramos secos.
E tu não perguntas se estou a vigiar;
sem medo, diluídos em seivas leitosas,
teus abismos sobem por mim ao passar.

Margarida

7. M.

Como o guardador de horizontes
tem sua cabana e vigia,
eu sou cabana, Senhor, nas tuas mãos sem lentes
e sou noite, ó Senhor, da tua noite fria.

Vinha, prado, velho pomar
campo que a Primavera não perde,
figueira centos de frutos a brilhar,
mesmo em terreno de mármore que não cede:

Exalam perfumes teus ramos pujantes.
E tu não perguntas se estou a vigiar;
sem medo, diluídos em seivas constantes,
teus abismos sobem por mim ao passar.

M

6. Luisa

Como o guardador de rebanho
tem sua cabana e vigia,
eu sou cabana, Senhor, nas tuas mãos sem temor
e sou noite. Ó Senhor, da tua noite fria.

Vinha, prado, velho e verdejante,
campo que a Primavera não perde,
figueira centos de frutos a monte,
mesmo em terreno de mármore que não cede:

Exalam perfume teus ramos alongados.
E tu não perguntas se estou a vigiar;
sem medo, diluídos em seivas ocultas,
teus abismos sobem por mim ao passar.

Luisa

5. Licínia

Como o guardador de rebanho
tem sua cabana e vigia,
eu sou cabana, Senhor, nas tuas mãos sem tamanho
e sou noite. Ó Senhor, da tua noite fria.

Vinha, prado, velho solar,
campo que a Primavera não perde,
figueira centos de frutos a madurar,
mesmo em terreno de mármore que não cede:

Exalam perfume teus ramos pendentes.
E tu não perguntas se estou a vigiar;
sem medo, diluídos em seivas correntes,
teus abismos sobem por mim ao passar.

Licínia

4. Justine

Como o guardador de um rebanho
tem sua cabana e vigia,
eu sou cabana, Senhor, nas tuas mãos sem tamanho
e sou noite, ó Senhor, da tua noite fria.

Vinha, prado, velho olival
campo que a Primavera não perde,
figueira centos de frutos a maturar,
mesmo em terreno de mármore que não cede:

Exalam perfumes teus ramos floridos.
E tu não perguntas se estou a vigiar;
sem medo, diluídos em seivas e escondidos,
teus abismos sobem por mim ao passar.

Justine

3. Isabel

Como o guardador de gado
tem sua cabana e vigia,
eu sou cabana, Senhor, nas tuas mãos sem dúvida
e sou noite, ó Senhor, da tua noite fria.

Vinha, prado, velho tronco
campo que a Primavera não perde,
figueira centos de frutos a amadurecer,
mesmo em terreno de mármore que não cede:

Exalam perfumes teus ramos verdes.
E tu não perguntas se estou a vigiar;
sem medo, diluídos em seivas que correm,
teus abismos sobem por mim ao passar.

Isabel

2. Bettips

Como o guardador de estrelas
tem sua cabana e vigia,
eu sou cabana, Senhor, nas tuas mãos sem rosto
e sou noite. Ó Senhor, da tua noite fria.

Vinha, prado, velho pasto,
campo que a Primavera não perde,
figueira centos de frutos a florir,
mesmo em terreno de mármore que não cede.

Exalam perfume teus ramos como espigas.
E tu não perguntas se estou a vigiar,
sem medo, diluídos em seivas pelo tempo,
teus abismos sobem por mim ao passar.

Bettips

1. Agrades

Como o guardador de calor
tem sua cabana e vigia,
eu sou cabana, Senhor, nas tuas mãos sem cor
e sou noite. Ó Senhor, da tua noite fria.

Vinha, prado, velho pomar,
campo que a Primavera não perde,
figueira centos de frutos a derrubar,
mesmo em terreno de mármore que não cede:

Exalam perfume teus ramos audazes.
E tu não perguntas se estou a vigiar;
sem medo, diluídos em seivas vorazes,
teus abismos sobem por mim ao passar.
Agrades

quinta-feira, abril 16, 2020

AGENDA PARA ABRIL DE 2020

Proposta de Isabel
Dia 23 - Que palavras escreveria para completar o poema abaixo?
Como o guardador de ________________
tem sua cabana e vigia,
eu sou cabana, Senhor, nas tuas mãos sem_______________
e sou noite. Ó Senhor, da tua noite fria.
 
Vinha, prado, velho ___________,
campo que a Primavera não perde,
figueira centos de frutos a _________,
mesmo em terreno de mármore que não cede:

Exalam perfume teus ramos ___________.
E tu não perguntas se estou a vigiar;
sem medo, diluídos em seivas __________,
teus abismos sobem por mim ao passar.

Rainer Maria Rilke

O DESAFIO DE HOJE



Dia 16 - Face à foto enviada (um espremedor) , apresentar uma foto que de alguma maneira complete uma ideia (espremedor+_______).Foto obrigatória, se quiserem acrescentar alguma frase ou palavra também pode ser.

13. Zambujal

Na nova fórmula-PPP, que teve brilhante início, detive-me a olhar para o espremedor, espremi as meninges e tive uma ideia: como se está na onda dos livros – felizmente…–, se encontrar um livro que, espremido, não dê sumo (doce ou amargo), é boa resposta ao desafio. Não encontrei! Mas encontrei, pelo meio de tanto papel, este livro esquecido. E que não devia esquecer, pelo que, de novo, agradeço ao PPP. Espremi-o: Província da Guiné – Lei Orgânica do Ultramar Português, 1973-Imprensa Nacional da Guiné-Bolama. Editando, em 40 páginas, lei assinada por Marcello Caetano, e com o publique-se de Américo Deus Rodrigues Thomaz. 1973… ano em que, a 20 de Janeiro, foi assassinado Amílcar Cabral e, a 24 de Setembro, foi declarada, nas zonas libertadas, a República da Guiné-Bissau, depois confirmada e reconhecida pela ONU a 10 de Setembro de 1974. 

Zambujal

12. Teresa Silva

11. Rocha/Desenhamento



O mais remoto e competente espremedor (aplicação programada). 
Rocha de Sousa

10. Mónica

9. Mena M.

8. Margarida



À falta de limões, 2 maçãs compõem o ramalhete! 
Margarida

7. M.



Sentaram-se à mesa de uma tarde quente e mataram a sede do reencontro há meses adiado. 
M

6. Luisa



Indispensável numa tarde de calor. 
Luisa

5. Licínia



Um espremedor, limão e um frasco com creme de limão ou coalhada de limão ou lemon curd, como se quiser chamar. 
Licínia

4. Justine



Espremedor de grãos de milho…
Fotografia de uma mó num moinho artesanal
Justine

3. Isabel




Espremedor+sumo de laranja... para prevenir as constipações! 
Isabel

2. Bettips



Aguardam serenas, a chegada do sacrifício, da mão e do espremedor, que lhes há-de colher o sumo-sangue dos seus gomos. 
Bettips

1.Agrades



Em tempos era bastante usado para temperar o borrego da Páscoa...
Agrades

quinta-feira, abril 09, 2020

AGENDA PARA ABRIL DE 2020


 Proposta de Isabel
Dia 16 - Face à foto enviada (um espremedor) , apresentar uma foto que de alguma maneira complete uma ideia (espremedor+_______). Foto obrigatória, se quiserem acrescentar alguma frase ou palavra também pode ser.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Isabel
Dia 9 - Auto-retrato: não de foto da pessoa, mas uma foto que de alguma forma mostre algo que o/a identifica.

13. Zambujal



O que fui (sempre nas tipografias, a acompanhar o meu pai no seu trabalho, nas oficinas dos jornais, nas editoras e livrarias, nas minhas edições de autor), sou e serei enquanto for. 
Zambujal

12. Teresa Silva

11. Rocha/Desenhamento



Alguns pontos para dizer que o soldado transporta um menino: uma forma de combater. 
Rocha de Sousa

10. Mónica



A última colagem que fiz com a matéria-prima que tinha à mão: caixas de cartão de cereais e bolachas. de momento não me ocorre mais nada que me identifique, senão um monte de quadradinhos que por si e em conjunto só têm efeito visual. dá-me gozo estar completamente alienada a cortar e colar quadradinhos, à procura de um qualquer efeito visual não premeditado. 
Mónica

9. Mena M.

8. Margarida

7. M.



É difícil fazer um auto-retrato, tantas são as possíveis características que nos definem. A existência da balança justifica-se porque pertenço ao signo Balança. Fica o aviso, não fosse alguém pensar que sou artista de circo. 
M

6. Luisa



Se nasci no interior, bem como todos os meus ascendentes, qual a razão desta minha íntima ligação com o mar? 
Luisa

5. Licínia



A constante curiosidade. 

Licínia

4. Justine



A música para sonhar. A literatura para viajar. A fotografia para guardar o tempo. Um possível auto-retrato! 
Justine

3. Isabel

2. Bettips



Pedras... é claro. Como me detenho sempre nelas e nas histórias que nos contam. Estas são partes de mós para moer cereais, nos castros da Citânia de Briteiros, Idade do Ferro. 
Bettips

1. Agrades

quinta-feira, abril 02, 2020

AGENDA PARA ABRIL DE 2020

Proposta de Isabel
Dia 9 - Auto-retrato: não de foto da pessoa, mas uma foto que de alguma forma mostre algo que o/a identifica.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Isabel
Dia 2 - Escolham um livro que leram (não importa quando) e de que gostaram, para sugestão de leitura. Devem dizer porque gostaram tanto do livro e se possível mostrar a capa (fotografia ou digitalização).

13. Zambujal



Foi em 1958. Andava (e continuo!) à procura de mim e de respostas para tantos sempre acrescidos porquês. Na viagem de fim de curso, em Luanda, na Livraria Lelo, sugeriram-me Os subterrâneos da liberdade – ásperos tempos, agonia da noite, a luz no túnel.
Foi leitura decisiva para o resto da minha vida. Cheguei a decorar (e a dizer) longos trechos daquela prosa densa e leve, áspera e luminosa.
Era em Santos, três soldados. Baioneta calada. (Branco soldado António; Manuel mulato pardo; negro, negro de carvão era o soldado Romão. Eram em Santos três soldados de baioneta calada (…)
Eram em Santos três soldados, os três num muro encostados. Vermelho sangue dos três, dos três soldados de Santos. Eram em Santos três soldados, vermelho sangue dos três!).
Zambujal
NOTA: Peço desculpa, Sérgio, pela mancha branca, mas não consigo tirá-la. 
M