quinta-feira, maio 25, 2017

AGENDA PARA JUNHO DE 2017



Dia 15 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Isabel.

AGENDA PARA JUNHO DE 2017

Proposta de Isabel
Dia 1 - Ao jeito de cartilha: Proponho-vos que usemos a sílabaRen” para formar as nossas palavras. A palavra que cada um apresentar tem que conter a sílaba pedida e exprimir a imagem que lhe foi associada com sintonia clara entre ambas. Se houver preferência por um conceito, a regra a aplicar é a mesma, ou seja, ele tem que ser expresso por uma palavra que tenha a sílaba pedida. O texto que alguns de nós acrescentarmos é apenas facultativo e um complemento.
Dia 8 - Reticências com a frase “O mar” a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
Dia 15 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Isabel.
Dia 22 - Jornal de Parede 
Dia 29Fotografando as palavras de outros sobre este pequeno excerto de um livro que gostei muito de ler
"Aprendera a viver sozinho, a apreciar uma existência calma, com as suas ovelhas e o seu cão. Percebera que aquela região estava a morrer por falta de árvores e, não tendo nada mais para fazer, decidira remediar a situação."
O Homem Que Plantava Árvores, Jean Giono, Editora Far Far Away Books, tradução de Sofia Norton e ilustrações de Vanessa Capela.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Bettips
Dia 25Fotografando as palavras de outros sobre o texto
"O céu estava coberto de grandes nuvens baixas que descarregaram, dali a pouco, uma chuva espessa que velou o horizonte e enlameou os campos. Parei o carro junto de um estabelecimento, para tomar café enquanto desanuviava um pouco, e fiquei sentado debaixo do alpendre, a consultar o mapa e as notas do meu caderno enquanto considerava que há um exercício fascinante, a meio caminho entre a literatura e a vida: visitar lugares lidos em livros e projectar neles, enriquecendo-os com essa memória leitora, as histórias reais ou imaginadas, as personagens autênticas ou de ficção que noutros tempos os povoaram. Cidades, hotéis, paisagens, adquirem um carácter singular quando alguém se aproxima deles com leituras prévias na cabeça."
Arturo Pérez-Reverte "Homens Bons" 3ª Edição da ASA/2016, pág.129

11. Zambujal

10. Teresa Silva

9. Rocha/Desenhamento



«O céu estava coberto de grandes nuvens baixas que descarregaram, dali a pouco, uma chuva espessa que velou o horizonte e enlameou os campos…»

8. Mena M.



 «O céu estava carregado de grandes nuvens baixas...»

7. M.


Um livro muito interessante que me encanta.

«The Atlas of Literature explores the fascinating connection between writers and place. This ambitious and exciting book focuses on writers and works that are intimately bound up with a place and a time, capturing a town, a city, a region, in its literary heyday. Through more than 80 essays, the Atlas looks at scores of cities, regions, and coutries all over the world that have been immortalized in literature or through their association with writers who lived there. Here are Stratford and London in Shakespeare's day, Cervantes' Spain, the world of the Lake poets, Washington Irving's Europe, Fenimore Cooper's Frontier, Hawthorne's New England, Dickens's London, Balzac's Paris, Kafka's Prague, Joyce's Dublin, Paris in the Twenties, Bloomsbury, Harlem, Hollywood, Broadway, and many, many others through to the present day. 
The maps are a major feature of the book, locating key towns and cities, plotting real and fictional journeys and landscapes, and showing the cafés, theaters and homes where legendary authors lived, worked, and congregated. These are supplemented by copious period drawings, photographs, and illustrations of hundreds of people and places.» 
The Atlas of Literature, General Editor Malcolm Bradbury, De Agostini Editions Ltd, 1996 


6. Luisa



"… Parei o carro..."

5. Licínia



"… as personagens autênticas ou de ficção que noutros tempos os povoaram." 
(Grand Place em Bruxelas. Esta rendilheira que está na montra move a cabeça e os braços como se estivesse a trabalhar nas famosas rendas.)
Licínia

4. Justine



“Cidades, hotéis, paisagens, adquirem um carácter singular quando alguém se aproxima deles com leituras prévias na cabeça.” 
(fotografia da corniche de Alexandria, feita da esplanada no terraço do Hotel Cecil – cidade que visitei depois de ter lido o Quarteto de Alexandria várias vezes…)
Justine

3. Bettips





Bettips: 
Julgo que me tinhas enviado um excerto do texto por ti proposto para juntar à fotografia. Não consigo encontrá-lo, pelo que te peço desculpa. Se quiseres, reenvia-mo que eu acrescento-o.
M

2. Benó



"O céu estava coberto de grandes nuvens baixas...."

1. Agrades



Leituras prévias.

quinta-feira, maio 18, 2017

AGENDA PARA MAIO DE 2017

Proposta de Bettips
Dia 25Fotografando as palavras de outros sobre o texto
"O céu estava coberto de grandes nuvens baixas que descarregaram, dali a pouco, uma chuva espessa que velou o horizonte e enlameou os campos. Parei o carro junto de um estabelecimento, para tomar café enquanto desanuviava um pouco, e fiquei sentado debaixo do alpendre, a consultar o mapa e as notas do meu caderno enquanto considerava que há um exercício fascinante, a meio caminho entre a literatura e a vida: visitar lugares lidos em livros e projectar neles, enriquecendo-os com essa memória leitora, as histórias reais ou imaginadas, as personagens autênticas ou de ficção que noutros tempos os povoaram. Cidades, hotéis, paisagens, adquirem um carácter singular quando alguém se aproxima deles com leituras prévias na cabeça."
Arturo Pérez-Reverte "Homens Bons" 3ª Edição da ASA/2016, pág.129

O DESAFIO DE HOJE



Dia 18 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Bettips.

11. Zambujal

UM LUGAR DE REFLEXÃO E DE CONVÍVIO
 
Zambujal

10. Teresa Silva

Num primeiro olhar pensei que me sentava no banco, tão convidativo, e aguardava que um cisne surgisse na água. Mas depois ampliei a foto e fiquei perplexa. Afinal na margem estão figurantes ou estátuas. O que é isto, onde é isto? 
Teresa Silva

9. Rocha/Desenhamento



Bettips diz-nos que tem as palavras dentro do olhar. E é verdade porque são as palavras que dão forma às coisas, que suportam as imagens e as reconfiguram. Um banco minimalista, um sítio para descansar, olhar e perceber água plana; mais além o arranjo do espaço para andar e respirar, copas de árvores, a sombra, porventura a serenidade para levar o corpo (olhando) através de passos e placidez da alma. 
Rocha de Sousa 

Do olhar a partir de uma foto da Bettips
Vemos porque olhamos e porque a mobilidade ocular, além do mais ligada às estruturas nervosas que transportam a luz e a correspondente estrutura nervosa ao cérebro, configuram vários níveis de percepção. E Isso leva-nos a dizer: fiquei com aquela imagem dentro dos olhos. A memória visual conserva no tempo os espaços e as imagens sobre as quais nos debruçámos especialmente. 
Rocha de Sousa

8. Mena M.

Assim, quase em formatura, esperámos uns, cheios de pensamentos positivos, rezaram outros, para que o meu irmão João pudesse ultrapassar todos os problemas que lhe surgiram de um aneurisma abdominal da Aorta, prestes a rebentar. Felizmente posso agora montar esse cavalinho branco, a que chamo esperança, e cavalgar alegremente, pois os médicos, apesar do espanto de ele ter sobrevivido, acham que ele pode e irá recuperar a 100%.
Foram as palavras que encontrei em mim, ao rever esta foto da Bettips. 
Mena

7. M.

Quando me sento neste banco e partilho a solidão do meu pensamento com a paisagem cosmopolita no Budda Eden, é como uma espécie de agrafo que me prende à vida para lá da minha.

M

6. Luisa

Quando me convidam para um passeio, pergunto sempre se há um banco donde se admire a paisagem. Sem banco não vou.

Luisa

5. Licínia

As palmeiras é que não resistiram à chegada dos guerreiros. Ali ao lado, os Budas meditam sobre a pobreza de espírito que leva os homens a acumularem tesouros. A verdade é que todo este kitsch me faz entrar em modo zen.
Licínia

4. Justine

O banco simples, austero e rectilíneo convida a uma pausa no percurso junto ao lago. Uma pausa para reflectir sobre as coisas de facto importantes da vida: sobre o passado e o futuro, sobre a arte, a amizade e a cultura, sobre os homens, os seus desvarios e as suas conquistas. 
Uma pausa para calar os ruídos interiores que tantas vezes nos impedem de pensar… 
Justine

3. Bettips

Me sento e me deito, sobre um lugar branco e cintilante, soltando a fome de verde, silêncio e água.

Bettips

2. Benó

Com as palavras dentro do olhar mergulho nas águas calmas do lago que me refresca e apazigua. O verde que o circunda simboliza a esperança que trazemos connosco para que a humanidade se dê as mãos e compreenda que a vida merece ser vivida com amor, sossego e felicidade. 
É uma foto muito bonita, muito serena e dou os parabéns à Betttips pela sua escolha. Estamos necessitados de olhar para elementos que nos transmitam calma e paz que nos ajudem a esquecer as noticias de guerras, fome, torturas, mentiras com que todos os dias nos enchem os olhos.
Obrigada Bettips. 
Benó

1. Agrades

Olhando a fotografia do desafio de hoje, faz-me recordar as diversas visitas que fiz a este jardim. A primeira, ainda não estava aberto ao público, foi um espanto, dada a dimensão do terreno, as inúmeras estátuas orientais algumas já colocadas mas não finalizadas e, sobretudo, a vasta zona de caixotes e grades que continham as mais mirabolantes peças, umas já fora dos caixotes, outras ainda encaixotadas.
Na segunda visita já havia um “comboio” para transportar os visitantes pelos diversos recantos e algumas estátuas estavam pintadas. Vi mais tarde uma réplica do exército de terracota de Xien, pintados de corres berrantes, que me dececionaram dado que tinha visto os originais que têm cores suaves. Resumindo, o jardim tem beleza mas, quanto a mim, demasiado bric-à-brac. Até a coleção de penicos é invulgar. 
Agrades

quinta-feira, maio 11, 2017

AGENDA PARA MAIO DE 2017

Proposta de Bettips


Dia 18 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Bettips.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Bettips
Dia 11 - Reticências com a frase “Apenas coisas” a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.

12. Zé Viajante


Apenas coisas simples foram adquiridas, há dias, no Mercado Brocante e do Artesanato, em Sintra. Apenas coisas simples à medida de bolsa, também ela, muito simples. 
Zé Viajante

11. Zambujal


Apenas coisas… 
mas coisas vivas, com história, com memória. 
Uma oliveira centenária à beira de um poço onde minha avó, meu pai, eu…, íamos buscar a água para o preciso. Para beber, para regar, para nos lavarmos. Uma oliveira onde enganchava uma picota a que se prendia o balde para encher a pulso. 
Quantas recordações! E ainda dá azeitonas! 
Apenas coisas… que contam vidas, viveres. 

Zambujal

10. Teresa Silva



Apenas coisas, restos de coisas que foram de uma casa. 
Teresa Silva

9. Rocha/Desenhamento


reticências 
APENAS COISAS - dir-se-ia assim, a procurar percepcionar coisas ou desenhos, entre objectos que não fazem muito sentido entre si, como que a direcionar a verdade do real entre lixos e memórias de coisas outrora úteis. Pois sim: afinal, esta imagem, reproduzida a preto e branco, fala de diferentes aspectos de obras da arte contemporânea portuguesa, trabalho irónico, em cerca de vinte placas, acompanhado por textos e anexos manuais, sob o titulo geral de Apocalipse. Como eu e a João Gamito tinhamos toda a reprodução da faixa, refizemos a obra (Apocalipse nas Artes) na galeria de Arte Moderna da SNBA.
Exemplo de uma das placas. 
Rocha de Sousa

8. Mena M.



Apenas coisas que me chamam a atenção, que apaixonadamente fotografo, para meu prazer e por vezes desespero de quem me acompanha. 
Mena

7. M.



Apenas coisas, início de frase proposto pela Bettips para o desafio de hoje, levou-me a pensar que talvez nem sempre seja linear considerar as coisas como apenas coisas. Ligada a palavra apenas à que se lhe segue, julgo que nalguns contextos lhe retira a substância da sua individualidade, noutros, pelo contrário, acrescentará qualidade ao que se pretende exprimir. Importará conhecer o que se enuncia, de que se trata. Objectos, ideias ou casos, argumentos relevantes ou não, reflexões, tudo isso pode ser considerado coisas. Dependerá de cada pessoa o valor que lhes atribui, o afecto que as une, de como as olha, como delas se serve. Esta fotografia campestre, por exemplo, mostra um conjunto de objectos com significado muito especial para o seu dono, meu irmão. Para ele não são apenas coisas, são pedaços de recordações saborosas que deseja continuem a tomar parte activa no presente. Foram intencionalmente colocados ali para seduzir preguiças ou espevitar gostos e artes rurais, pacientemente ordenados na quietude sem tempo, à margem da urgência ou da indiferença de quem neles venha a reparar. Conheço bem este plano sorrateiro, a composição cuidada, porventura até estética nos pormenores, é-me familiar o gesto silenciosamente provocador de expor e esperar pela reacção de alguém, a tentação dos frutos. Depois é o pegar de novo no livro que abandonou sobre a mesa em breve pousio, sentar-se à distância na sombra da árvore e ir libertando o olhar num vaivém entre as páginas da história e aquela espécie de isco e logo se vê o que acontece. À mão de semear: adequada a expressão à função intrínseca dos utensílios aprisionados. 
M

6. Luisa



Apenas coisas simples: cal e um pouco de tinta azul e a modesta casa transforma-se num palácio. 
Luisa

5. Licínia



Apenas coisas como beleza e talento nos podem fazer esquecer a fealdade de certos dias. 
Licínia

4. Justine



Apenas coisas pequenas acendem fulgores nos seus dias cinzentos: o canto inesperado de uma ave primaveril; o sorriso luminoso de uma criança feliz; uma flor nascida num canteiro meio abandonado numa rua triste; um pingo de chuva num ramo seco de uma velha árvore.
Apenas coisas pequenas, mas suficientes para trazerem aos dias a luz que necessita para não desistir! 
Justine

3. Bettips



Apenas coisas que se nos escapam pelos interstícios da memória, no espaço plano de um livro ou de uma agenda. Flores ou folhas secas de um dia que queremos lembrar, matéria que olhamos e tocamos sem conseguirmos repor a verdade e a beleza desse momento passado. E quantas vezes nos perguntaremos da importância desse símbolo nas nossas vidas? 
Bettips

2. Benó



Apenas coisas confecionadas para uma refeição especial, a dois, compõem esta colorida travessa de sushi. São coisas preferencialmente vindas do mar e degustadas cruas embrulhadas ou elas próprias a embrulhar um arroz próprio cozinhado de modo a ficar muito mole para ser moldado nas mãos. 
Benó

1. Agrades



Apenas coisas, farinha, sal, fermento e água, para fabricar o pão de Mafra. 
Agrades

quinta-feira, maio 04, 2017

AGENDA PARA MAIO DE 2017

Proposta de Bettips
Dia 11 - Reticências com a frase “Apenas coisas” a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Bettips
Dia 4 - Ao jeito de cartilha: Proponho-vos que usemos a sílabaVer” para formar as nossas palavras. A palavra que cada um apresentar tem que conter a sílaba pedida e exprimir a imagem que lhe foi associada com sintonia clara entre ambas. Se houver preferência por um conceito, a regra a aplicar é a mesma, ou seja, ele tem que ser expresso por uma palavra que tenha a sílaba pedida. O texto que alguns de nós acrescentarmos é apenas facultativo e um complemento.

11. Zé Viajante



Verde - Vermelho

10. Zambujal



Verdes eram os campos...

9. Teresa Silva



Inverno

8. Mena M.



Vermelho

7. M.



Vermelhos

6. Luisa



Verdes

Verdes são os caminhos por onde passa o rio Alenquer.
Luisa

5. Licínia



Verdon e Vertigem

4. Justine



Vermelho e Verde

Um posto de observação dos currais de vinhas na Ilha do Pico. 
Justine 

3. Bettips



Verde


"Verde que te quero verde
Verde vento verdes ramas
O barco vai sobre o mar
e o cavalo na montanha
Com a sombra pela cintura
ela sonha na varanda …"

Frederico Garcia Lorca (1898-1936) Romance Sonâmbulo

Desta vez, desculpem se não é um texto meu mas de um poeta e parte de um poema extenso, de que muito gosto especialmente dito em espanhol (por Ricardo Alberti). Conhecia-o há muitos (verdes) anos e agora procurei-o na net, pelo que o lembro aqui para a sílaba escolhida.

Bettips

2. Benó


Vermelho

1. Agrades



Cesto de verga