quinta-feira, junho 25, 2020

AGENDA PARA JULHO DE 2020

Proposta de Jawaa
Dia 2- Há uma Primavera
Dia 9 - Ignoro o que seja
Dia 16 - Creio nos deuses
Dia 23 - A coisa mais bonita
Dia 30 - Quando eu voltar
As palavras que escolhi para este mês retirei-as de excertos de poemas/prosas que aprecio, e delas direi algo mais em cada semana. Pedia assim que enviassem uma imagem a ilustrar as palavras do pequeno texto que vos ocorrer compor a partir desse início de frase proposta.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Licínia
Uma imagem vale mais que mil palavras.”, conceito atribuído a Confúcio, faz parte do saber popular e continua a ser abundantemente citado. Neste tempo de vedetização da imagem, lembrei-me de o trazer para aqui, a dar o mote para o calendário do mês de Junho. Assim, passo aos tópicos de cada semana, que farão o favor de desenvolver e ilustrar com fotografia.
Dia 25 - O real-virtual.

12. Zambujal

                        O REAL-VIRTUAL

Nada fará tão bem a ligação do real com o virtual como um sonho. Mais ainda que o hífen…
Um dia destes, a ver umas fotografias antigas (é como quem diz?... porque chamar antigo ao que tem uma dúzia de anos, que reserva deixa para o que tem décadas ou séculos?) a lembrança que esta provocou ligou os três elementos. Se o desejado como virtual se tornou real (tão real como uma foto comprova), hoje parece que tudo foi um sonho, quando se ouvem notícias daquela terra e gente massacrada por interesses e tráficos.

Zambujal

11. Teresa Silva

10. Mónica

9. Mena M.



O meu real-virtual improvisado com a ajuda da montra da Hermes, que me ajudou a criar esta versão de mim e do meu computador que usei para descarregar a foto. 
Mena

8. Margarida




“Hergé descendo” (Bruxelas, 2014) 
Margarida

7. M.



Museu Raul da Bernarda, Alcobaça.

https://www.cm-alcobaca.pt/pt/2734/museu-raul-da-bernarda.aspx

6. Luisa



Já não sei o que é real ou virtual. Aguardo que me expliquem. 
Luisa

5. Licínia



Quando o sol poente teima em mirar-se no vidro da janela, eu fico ali a vê-los iniciarem os seus caminhos de noite. 
Licínia

4. Justine



A realidade estava ali, à frente dos olhos, mas de tal maneira extraordinária que se diria uma representação virtual…
A fotografia serve de prova! 
Justine

3. Jawaa



Imagem captada a partir da Linha, de regresso de Carcavelos, em dia de regata em Lisboa. Parece-me agora uma imagem virtual. 
Jawaa

2. Bettips

 
Foto tomada da TV Porto Canal, da Rotunda da Boavista, monumento à Guerra Peninsular (1807-1814) e à invasão do exército de Napoleão Bonaparte – a águia – vencida pelas tropas portuguesas e inglesas – o leão.
Bettips

1. Agrades



Reflexos de gala comemorativa dos 300 anos do Convento. 
Agrades

quinta-feira, junho 18, 2020

AGENDA PARA JUNHO DE 2020

Proposta de Licínia
Uma imagem vale mais que mil palavras.”, conceito atribuído a Confúcio, faz parte do saber popular e continua a ser abundantemente citado. Neste tempo de vedetização da imagem, lembrei-me de o trazer para aqui, a dar o mote para o calendário do mês de Junho. Assim, passo aos tópicos de cada semana, que farão o favor de desenvolver e ilustrar com fotografia.
Dia 25 - O real-virtual.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Licínia
Uma imagem vale mais que mil palavras.”, conceito atribuído a Confúcio, faz parte do saber popular e continua a ser abundantemente citado. Neste tempo de vedetização da imagem, lembrei-me de o trazer para aqui, a dar o mote para o calendário do mês de Junho. Assim, passo aos tópicos de cada semana, que farão o favor de desenvolver e ilustrar com fotografia.
Dia 18 – Imagens em movimento.

12. Zambujal


                         
                          Num verão que se espera
                     (tem esperança de) repetir neste 
                         que aproxima aos tropeços

Zambujal

11. Teresa Silva



Com alguma imaginação pode-se pensar que esta ruína já foi um moinho, que tinha velas que rodavam com o vento e que daria uma bonita fotografia em movimento. 
Teresa Silva

10. Mónica

9. Mena M.



Estava um dia do Criador e para festejar a minha chegada a Lisboa ,a minha irmã desafiou-me para um passeio à beira-rio. Foi muito agradável e ao fim de duas horas, fomo-nos sentar numa esplanada a beber um refresco. O grande número de pessoas, que continuamente desfilavam naquela "passerelle", fez-me lembrar formigas em movimento, que não pude deixar de captar nesta imagem. 

Mena

8. Margarida



'tá na hora de aterrar que o dia já quase se foi. 

Margarida

7. M.



(Reichstag, Berlim, 2010)

6. Luisa



Nota:
Peço esculpa à Luisa por não ter conseguido publicar senão a fotografia do que me mandou. Por essa razão segue por mail, esperando que desse modo seja possível verem o que é suposto ser visto, ou seja, o movimento das águas. 
Vou ter de aprender esta técnica.
M

5. Licínia



Quando, em finais do século dezanove, os irmãos Lumière criaram a animação de fotografias, dando-lhes a ilusão de movimento, não poderiam decerto prever que o seu animatógrafo viria a ser o percursor da grande indústria do século XX que se chamou CINEMA. De “L’arroseur arrosé” até “2001-Odisseia no Espaço” decorre mais de um século de fantasia e divertimento, confundindo-se a história do Cinema com a própria história da humanidade. Viva o Cinema! 
Licínia 
Foto da montra da Cinemateca Portuguesa

4. Justine



Um palco, músicos competentes entusiasmando a audiência, espectadores correspondendo, entregando-se ao ritmo, esquecendo a cabeça e dançando, só corpos. Tudo em movimento, incluindo a imagem recolhida! 
Justine

3. Jawaa



Aqui falta-me a verve para acrescentar algum comentário a este apontamento de há poucos dias, quando pude aceder, pela primeira vez depois do estado de emergência, às areias da praia da Foz do Arelho. Realmente a imagem vale por mil palavras. 
Jawaa

Nota:
Aqui aconteceu o mesmo que lá em cima no caso da Luisa. Segue por email, como o recebi, para ser visto de acordo com a intenção da Jawaa. Peço desculpa pela minha incapacidade mas espero aprender e no futuro a coisa resultar.
M

2. Bettips



Trata-se de uma daquelas instalações que ia andando à volta, na entrada de um museu: chamava-se “A Matança dos Inocentes”, sem cor, apenas figuras, e o efeito era perfeitamente assombroso e assustador. Como a passagem num filme em que as acções se desenrolam em movimento perante os nossos olhos. 
Bettips

1. Agrades

quinta-feira, junho 11, 2020

AGENDA PARA JUNHO DE 2020

Proposta de Licínia
Dia 18 – Imagens em movimento.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Licínia
Uma imagem vale mais que mil palavras.”, conceito atribuído a Confúcio, faz parte do saber popular e continua a ser abundantemente citado. Neste tempo de vedetização da imagem, lembrei-me de o trazer para aqui, a dar o mote para o calendário do mês de Junho. Assim, passo aos tópicos de cada semana, que farão o favor de desenvolver e ilustrar com fotografia.
Dia 11 – Retrato de família.

13. Zambujal



o primeiro retrato de família
de avó (a da cabrinha), mãe, pai, e filho/neto

Zambujal

12. Teresa Silva

11. Rocha/Desenhamento



Fotografia de família, sim, certamente, e sobretudo neste caso com cerca de setenta anos, pai, mãe, dois irmãos, o meu irmão e eu mesmo, sete décadas passadas, João Manuel Rocha de Sousa, puxando a palavra da palavra editada sobre eventuais famílias. Escrevi um livro sobre esta gente e circundantes: " Talvez imagens e gente de um Inquieto Acontecer" Então percorri um longo sonho, a magia dos primos e primas, as crises sociais, e sempre ali, no escritório a prova daquela minha gente. 
Rocha de Sousa

10. Mónica



Os meus avós maternos, Matilde e Saúl, as suas três filhas, Maria Manuela, Maria Antónia e Maria João, os dois genros José e João, os três netos Manuel, Miguel, João e eu, falta o fotógrafo, o Manuel, o terceiro genro e meu pai que tirou o “retrato de família”, talvez em 1970. 
Mónica

9. Mena M.



A 25 de Dezembro do ano da graça de 1955, o meu avô António, aviador de profissão e fotógrafo amador, "arrumou-nos" ao pé do muro que separava o quintal, do campo de ténis da sua casa, para fazer o habitual retrato de família desta época festiva. Talvez lhe servisse também para aprender de cor os netos, que nos tempos mais produtivos dos seus filhos lhe chegavam aos quarto/ano, sendo o resultado final 38.
Escolhi este retrato entre muitos outros, porque a minha irmã Antónia, a nr. 11, faria hoje, dia de Camões, 65 anos. Está ao colo da nr. 3, a Maria João, a mais velha das meninas, e foi juntas que partiram também, em Setembro de 1972. Nos anos seguintes juntaram-se ao rancho 2 rapazes e a menina, que em 1960 fechou a "fábrica" com chave de ouro! 
Mena

8. Margarida



Três irmãs, netas da minha mãe, e a própria, avó paterna das ditas cujas. Ela própria. Sem mais. Todas Leitão… 
Margarida

7. M.



Várias interpretações de "Retrato de Família" incluídas nesta fotografia.
Ao pensar num retrato de família encontrei nesta fotografia alguma semelhança com os retratos de família com gente dentro, o que me levou às reflexões abaixo.
A música é uma arte dentro da Arte no seu todo, constituída por uma família específica: músicos e melómanos.
Entre os músicos existem diferentes estilos, compositores, escolas, instrumentistas, instrumentos, cantores, orquestras, maestros. Cada um com as suas especificidades e influências mútuas na criatividade e interpretação das obras. Ou seja, diferentes famílias.
Entre os melómanos, as preferências por uma ou outra música, interpretação, gravação, etc. levam-nos a escolher, ouvir ou comprar os discos que mais lhes interessam. Ou seja, diferentes famílias de gostos.
Ao olhar para os títulos das capas destes CDs imagino as famílias que cada um dos seus intervenientes tem (ou tinha) e as ligações entre elas. Famílias de sangue e famílias de outra ordem, como ideias, posturas éticas, escolhas políticas, por exemplo. Recordo alguns compositores sobejamente conhecidos. 
Os objectos que temos nas nossas casas constituem partes do nosso retrato de família e reflectem-no. E digo partes porque uma família é formada por diversos membros de origens, formações, gostos e interesses diversos.
Conclusão: um retrato de família não é completo porque, ao condensar uma imagem, esquece inevitavelmente outros detalhes. É apenas um olhar, um vislumbre do todo, uma percepção.

M

6. Luisa



Retrato dividido duma família dividida por um agente divisor. 
Luisa

5. Licínia



Em confinamento, na sua casa de madeira e rede. Como em muitas famílias, obrigadas à coabitação, por vezes armam-se zaragatas e é bicada aqui bicada acolá, muita gritaria, quem manda aqui sou eu, onde há galo não cantam galinhas, enfim, o sabido e costumado. 
Licínia

4. Justine



Uma família feliz: os pais felizes pelas duas filhas estarem casadas, “arrumadas” se dizia na altura; as filhas felizes porque os respectivos casamentos estavam a correr bem, a mais velha das irmãs já com um filho, saudável e alegre; todos felizes por estarem juntos em casa dos pais, num fim de semana fora da cidade, em convivência tranquila onde se mataram saudades uns dos outros, inclusive dos cães.
Com o tempo tudo se desmoronou: os pais morreram cedo, os casamentos desfizeram-se, os filhos foram à sua vida, os cães desapareceram antes de tudo o resto.
Ficou o retrato de família, congelando um tempo desaparecido. 
Justine

quarta-feira, junho 10, 2020

3. Jawaa



Há precisamente um século, meu Pai chegava a terras africanas, a um lugar mágico que o cativou para sempre, longe dos desmandos da Primeira República, da Pneumónica que vitimou famílias inteiras. Eis o registo de um piquenique em terras do Huambo, pouco depois de chegado aos braços de seus irmãos mais velhos, escapados à Primeira Grande Guerra. Meu pai é o jovem sentado à direita com um prato diante de si, com ar de menino assustado. 
Jawaa

2. Bettips




Nas poucas saídas que fiz nestes tempos de tantos limites, estas duas fotos têm o intervalo de um mês: os 7 pequenos a debicar a erva como a mãe lhes ensinava, os mesmos 7 mais crescidos a nadar e a espanejar na “escola do lago”. 
Bettips

1. Agrades



Respondendo ao desafio de hoje, mando um retrato que tirei a esta família na Torre de Londres, há cinco anos. Têm o mesmo ADN; são todos feitos de rede de capoeira.
Agrades

quinta-feira, junho 04, 2020

PARA QUE MELHOR SE VEJAM AS FOTOGRAFIAS USADAS PELO ZAMBUJAL NO SEU DOCUMENTO MAIS ABAIXO


... e o texto do documento seja melhor compreendido na sua totalidade. 
M

AGENDA PARA JUNHO DE 2020

Proposta de Licínia
Uma imagem vale mais que mil palavras.”, conceito atribuído a Confúcio, faz parte do saber popular e continua a ser abundantemente citado. Neste tempo de vedetização da imagem, lembrei-me de o trazer para aqui, a dar o mote para o calendário do mês de Junho. Assim, passo aos tópicos de cada semana, que farão o favor de desenvolver e ilustrar com fotografia.
Dia 11 – Retrato de família.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Licínia
Uma imagem vale mais que mil palavras.”, conceito atribuído a Confúcio, faz parte do saber popular e continua a ser abundantemente citado. Neste tempo de vedetização da imagem, lembrei-me de o trazer para aqui, a dar o mote para o calendário do mês de Junho. Assim, passo aos tópicos de cada semana, que farão o favor de desenvolver e ilustrar com fotografia.
Dia 4 - Quando a paisagem entra na foto.

12. Zambujal

11. Teresa Silva



Só uma paisagem que nos diga alguma coisa pode entrar na foto. 
Teresa Silva

10. Mónica



Quando a paisagem entra na fotografia entre Selmes e Moura fica a recordação de um momento feliz, sorte de vida. 
Mónica

9. Mena M.



Difícil dizer se é a paisagem que entra na foto ou se é a foto que entra na paisagem. Sempre fascinante este vai-vem entre Berlim e Dresden, ainda que o trajecto seja sempre o mesmo, a paisagem surpreende com qualquer coisa diferente. Um pouco como o dia a dia da vida. 
Mena

8. Margarida



Irmãs de sangue, de serões, de fumeiros e de conversas tardias.
Margarida

7. M.

 
Gosto de livros deitados sobre mesas. À beira de sofás e cadeiras na sala de estar, revelam intimidade, atraem olhares curiosos, proporcionam conversas agradáveis. E eles ali, os livros, a participarem também nos convívios, calados ou não, depende da oportunidade, da página que se abriu ao gesto. Gosto de os olhar demoradamente, procurar o que têm para me oferecer, descobri-los, entrar dentro da sua paisagem interior, aconchegá-la junto da minha com perspectivas e cores diferentes em encontros de tempos que me marcam enquanto passam.
No caso deste livro, lembro-me bem do dia em que o comprei e fotografei mal cheguei a casa. Pousei-o na mesa, sentei-me no chão perto dele com a máquina fotográfica nas mãos, desejava-o em lugar especial, ao nível dos meus olhos, ao alcance dos meus dedos a deslizarem sobre árvores solitárias no calor dos amarelos. Queria passear nas aldeias resguardadas entre verdes, naquela outra página assistir à luz a despontar no horizonte, esperar na praia pelo regresso do barco de pesca... Tantos são os temas que Silva Porto pintou a seu modo. Fechado ou aberto, queria este livro presente na minha vida desde o dia em que visitei a Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves e me apaixonei pela colecção de pintura e objectos de arte deste médico oftalmologista sensível à beleza do mundo.
M

(Silva Porto 1850-1893, Exposição comemorativa do centenário da sua morte, Museu Nacional de Soares dos Reis, 1993, Instituto Português de Museus)

6. Luisa

5. Licínia



Quando a paisagem entra na foto e dela se apodera, nada mais ali tem cabimento. Toda a cor, toda a luz, toda a forma se concertam e já não é o que vimos, mas muito mais. A pequena flor, a ruga no rochedo, a nuvem fantasiosa, vêm aumentar a nossa compreensão do momento. É o milagre da imagem que a câmara acolheu e nos devolveu a paisagem já outra, sendo igual. 
Licínia

(Esta foto foi tirada na praia de São Julião (Ericeira), num dia fortíssimo de sol e vento.)

4. Justine



Escorreu lá de cima; engoliu toda uma povoação; queimou milheirais, vinhas, cafezeiros. Entrou pela foto dentro, irresistível.
A lava do vulcão do Fogo. 
Justine

3. Jawaa



Quando a paisagem entra na foto, o objecto apaga-se e a força da natureza impõe-se numa suavidade plena, a luz em pinceladas na água quieta, o cisne a flutuar manso, a magnólia a florir para ele, a escultura a irmanar a elegância das árvores frondosas a aconchegarem o espaço belíssimo. 
Jawaa

2. Bettips



Num lugar de enorme beleza, os socalcos do Douro, tirava eu algumas fotografias disto e daquilo, ao rio, aos montes, às pedras, às árvores, às ervas. Quando as organizava em casa, reparei que estas flores tão simples entraram, de repente em primeiro plano, numa das fotografias. Sem que eu as chamasse, apenas afirmando um aceno de efemeridade, eram elas mesmas a paisagem.
Bettips