Como
o guardador de estrelas
tem sua cabana e vigia,
eu sou
cabana, Senhor, nas tuas mãos sem rosto
e sou
noite. Ó Senhor, da tua noite fria.
Vinha,
prado, velho pasto,
campo
que a Primavera não perde,
figueira
centos de frutos a florir,
mesmo
em terreno de mármore que não cede.
Exalam
perfume teus ramos como espigas.
E tu
não perguntas se estou a vigiar,
sem
medo, diluídos em seivas pelo tempo,
teus
abismos sobem por mim ao passar.
Bettips
Sem comentários:
Enviar um comentário