quinta-feira, maio 26, 2016

AGENDA PARA JUNHO DE 2016



Dia 16 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Licínia.

AGENDA PARA JUNHO DE 2016

Proposta de Licínia
Dia 2 - Ao jeito de cartilha: Proponho-vos que usemos a sílabaTer” para formar as nossas palavras. A palavra que cada um apresentar tem que conter a sílaba pedida e exprimir a imagem que lhe foi associada com sintonia clara entre ambas. Se houver preferência por um conceito, a regra a aplicar é a mesma, ou seja, ele tem que ser expresso por uma palavra que tenha a sílaba pedida. O texto que alguns de nós acrescentarmos é apenas facultativo e um complemento.
Dia 9 - Reticências com a frase “Às vezes ao acordar” a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
Dia 16 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Licínia.
Dia 23Jornal de Parede
Dia 30 - Fotografando as palavras de outros sobre

«O pior de tudo eram os outros velhos com quem partilhava o quarto, havia sempre um que gemia, praguejava ou gritava, outro que queria ouvir um relato de futebol na rádio. Sem falar das visitas, famílias inteiras que vinham rapidamente inteirar-se dos acamados e partiam logo a seguir, e eram substituídas por outras que se aglomeravam em volta de outra cama e, tal como as primeiras, enchiam o quarto de cestos com comida, sacos de laranjas e crianças que choravam. Não era possível conversar, muito menos ouvir música.»

Teolinda Gersão, em Os teclados, Sextante Editora, pág. 59

E COMO VEM AÍ JUNHO...


Henri Matisse (1869 - 1954)
Le Lanceur de Couteaux, de la série Jazz, 1943 - 1946
Papiers gouachés, découpés, collés et marouflés sur toile
Gouache on paper, cut and pasted on canvas, 43,3 x 67,5 cm
Musée national d'Art moderne - Centre Georges Pompidou, Paris


MENSAGEM DA JAWAA REFERENTE AO DESAFIO DA SEMANA PASSADA


«Fiquei desvanecida com as palavras delicadas de fantasia e beleza que a foto suscitou, bem hajam todos! A sugestão de bailado e folhos foi a minha impressão quando a escolhi, para além da gradação das cores. Esta flor-bailarina, como lhe chama a Licínia, não é rosa, não é cravo, é uma peónia, das mais simples; vou ver se a nossa M. coloca mais uma foto para se ver a planta.»
Jawaa

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Jawaa
Dia 26Fotografando as palavras de outros sobre

9. Teresa Silva

8. Mena M.



«Maio maduro Maio, quem te pintou»

7. M.

6. Luisa

5. Licínia



«quem te pintou»

4. Justine

3. Bettips

2. Benó



«Que importa a fúria do mar»

1. Agrades

quinta-feira, maio 19, 2016

AGENDA PARA MAIO DE 2016

Proposta de Jawaa
Dia 26Fotografando as palavras de outros sobre

O DESAFIO DE HOJE


 
Dia 19 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Jawaa.

10. Teresa Silva

Não sei que flor é esta mas é, sem dúvida, muito bonita. Lembra a Primavera que tem tido dificuldade em impor-se, este ano.
Teresa Silva

9. Rocha/Desenhamento

«Com as palavras dentro do olhar», assim somos convidados a penetrar na imagem de uma flor. Se esta é uma rosa branca com belas aguadas rosa quente a emergir voluptuosamente do centro das pétalas, então esse é um dos universos neste género de seres vivos, meio da flora, que conservo na memória em termos de diferentes configurações e cores. A rosa branca é das mais belas e imprevisíveis.
Rocha de Sousa

8. Mena M.

Um lápis aguarelavel cor-de-rosa, um afiador novinho em folha, muita precisão e paciência e eis que temos uma linda flor de aparas, ou mesmo a saia de uma bailarina. Foi a imagem que saltou desta bela foto da Jawaa.
Mena

7. M.

Dançava como ninguém. Ajustava o corpo no vestido leve, colocava sobre os cabelos a flor acabada de colher no jardim e, com o sorriso suspenso entre os braços erguidos em arco, rodopiava durante horas a fio ao som da música que só ela ouvia.
M

6. Luisa

Quereria entrar nesse jardim e ficar sozinha a olhar a inocência das flores, longe das multidões que pisam e esmagam o que é natural e belo.
Luisa

5. Licínia

Deitou-se a descansar, a bailarina. O saiote de folhos abriu em flor e cobriu-lhe o sossego. Quem passava dizia: olha, uma rosa a dormir.
Licínia

4. Justine

O cravo vai ser para sempre a flor de Abril. E de Maio e do tempo todo, se assim conseguirmos que seja. O cravo já é mais do que uma flor, é o símbolo de mudanças desejadas e conseguidas. Este, o da foto, já não é o cravo rubro, jovem e vibrante de gente na rua a cantar. Este, o da foto, é de veludo suave, tranquilo e maduro. Pode ser visto como um cravo cansado… eu contudo preferia vê-lo como o cravo da serenidade e de algumas certezas!
Justine

3. Bettips

- O que queres ser quando fores grande? Bailarina!” respondia eu, pequena de 3 anos, pondo-me em bicos de pés. Gostava dos vestidos, das poses de borboleta e dos sapatinhos com atilhos nas pernas. Não sei onde fui buscar esta ideia, a alguma imagem de revista, que me acompanhou até à entrada na escola. Desde que me lembro e até há poucos anos, usei sabrinas pequenas e redondas e procurava todos os sapatos de Verão que se apertavam com fitas. 
Bailarinas em bailado, em pontas e folhos de tule cor de rosa, é o que me sugere a bela fotografia no âmago da flor. Lembro ainda Edgar Degas (1834-1917) que tinha uma forma tão etérea de pintar a dança.
Bettips

2. Benó

Com o olhar preso à linda flor fotografada faltam-me palavras dignas e apropriadas para escrever sobre ela. Na sua cor rosada parece frágil e delicada e tenho dificuldade em reconhecer o seu nome de baptismo. Sei, no entanto, que ao olhá-la sinto a serenidade dum jardim onde os pássaros cantam e um banco me espera para uma leitura ao fim do dia.
Benó

1. Agrades

Uma flor, uma simples flor, para exprimir o que sinto e vejo.
Tão clara nas pontas e escura nas zonas centrais e profundas. Como eu, como quase todos, guardamos no interior o mais importante e mostramos apenas o superficial em tons suaves.
Agrades

quinta-feira, maio 12, 2016

AGENDA PARA MAIO DE 2016



Dia 19 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Jawaa.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Jawaa
Dia 12 - Reticências com a frase “A voz” a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.

11. Zambujal



                                     VOZ… 
                    que deu voz a muitas vozes. 
                   Da terra e das gentes. Nossas! 
Zambujal

10. Teresa Silva



A voz que faz parte do imaginário de Lisboa. 
Teresa Silva

9. Rocha/Desenhamento



A voz desata-se numa terra agrilhoada, onde este homem perdeu há dias dois filhos, sempre a gritar por eles. Perdeu-se em lutas, cada vez se interroga mais. Porque nos escravizam assim? Porque nos perdemos na fuga dos nossos entes queridos? Porquê? 
Rocha de Sousa

8. Mena M.



A voz não a podeis ouvir, mas posso-vos garantir que a Emílie gritou bem alto, que parasse a roda, que estava tão tonta que já não tinha quase forças para se agarrar. 
Mena

7. M.



A voz do passado é por vezes tão autoritária e austera que contamina o presente e o fragiliza. 
M

6. Luisa



A voz veio pelos cabos, de longe, da cidade, e far-se-á ouvir noutro núcleo populoso, lá mais adiante. A aldeia fica assim em sossego a contemplar os montes. 
Luisa

5. Licínia



A voz das águas dum rio que avança obedecendo ao vento, ao relevo dos fundos, à tentação do verde que das margens lhe acena, pode ser um choro, um canto, um anúncio, um protesto. A voz dum rio transporta a nossa fala. 
Licínia

4. Justine



A voz da natureza ouve-se por todos os cantos do jardim. Há para todos os gostos: ora são os melros zangados, ora são as rolas namorando, ora é uma miríade de outras aves que eu não reconheço mas que me presenteiam com concertos afinados. Uma delas fez o seu ninho na garagem e todas as manhãs me cumprimenta com um pio, sem medo mas atenta. Mais à noite há um bufão que entoa um lamento ritmado. E cobrindo todas estas vozes, ecoa o zumbido permanente, surdo, inquietante das abelhas, que trabalham sem descanso no mar perfumado das flores da glicínia. 
Justine

3. Bettips



A voz doce e triste que quase ouvimos, ao olhar este belíssimo quadro. 
Bettips

De: John William Waterhouse, "The Lady of Shalott", 1888, Tate Britain, Londres.

2. Benó



A voz das gaivotas quando disputam alimento arrasta-se sobre a relva, sobe em tons agudos para se dependurar nos ramos das árvores avisando outras aves que aquele banquete lhes pertence. Naqueles momentos de saciedade fala alto a voz da fome. 
Benó

1. Agrades



A voz que me soa melhor não é a do grande tenor nem a da estrela rock do momento; é aquela que sussurra ao ouvido e enche o coração.
Agrades

quinta-feira, maio 05, 2016

AGENDA PARA MAIO DE 2016

Proposta de Jawaa
Dia 12 - Reticências com a frase “A voz” a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Jawaa
Dia 5 - Ao jeito de cartilha: Proponho-vos que usemos a sílabaRi” para formar as nossas palavras. A palavra que cada um apresentar tem que conter a sílaba pedida e exprimir a imagem que lhe foi associada com sintonia clara entre ambas. Se houver preferência por um conceito, a regra a aplicar é a mesma, ou seja, ele tem que ser expresso por uma palavra que tenha a sílaba pedida. O texto que alguns de nós acrescentarmos é apenas facultativo e um complemento.

11. Zambujal



             Andorinha
  
E salvou-se a andorinha.

Zambujal

10. Teresa Silva



            Ritual

9. Rocha/Desenhamento



                 Risonho

Risonho, aberto ao aceno dos outros, todos risonhos, sob um sol de Primavera e formando vários ritos para ela, risos em dança e flores, ribaltas de jardim, risadas ritmadas na dança de Rivera ia saltando cada vez mais diante da multidão perante a catedral e os seus rituais.

Rocha de Sousa

8. Mena M.



                     Passarinho

7. M.



                        Riacho

6. Luisa



                        Ribeiro

5. Licínia



        Memorial, segundo Saramago


Aqui vai um pedaço da "pedreira de D. João V", segundo Herculano.
Para mim, é "a minha casa grande".

Licínia

4. Justine



                         Risonha

3. Bettips



              Ribeiro


Vilarinho das Furnas era uma aldeia comunitária (Campo, Gerês) submersa em 1971, pela barragem do mesmo nome. As águas deste pequeno ribeiro passearão algures, nas ruas e por entre as ruínas, afugentando as dores e os fantasmas das pessoas que lá viveram.

Bettips

2. Benó



                      Ribeira

1. Agrades



                       Chouriços