quinta-feira, dezembro 31, 2020

AGENDA PARA JANEIRO DE 2021

Proposta de Teresa Silva

Proponho como tema genérico para o mês de Janeiro o seguinte : "Viagens na minha terra". Cada viagem deve ser acompanhada de uma fotografia, com ou sem texto, como quiserem. A título exemplificativo diria:

Dia   7 - Minho e Trás-os-Montes

Dia 14 - Beiras

Dia 21 - Estremadura e Ribatejo

Dia 28 - Alentejo e Algarve

Quem não tiver andado por estes caminhos pode sempre escolher outra viagem em qualquer terra que considere sua.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Mónica

Vamos aos números? Não há coisa que se pretenda credível que não tenha um número para se apoiar. Há quem não saiba nada de letras, nem ler nem escrever, mas sabe contar, sabe o que é "um”, “mil” e qual é o maior deles, sabe o que é “dois mais três”, coisas válidas em todo o mundo, desde que o Homem começou a organizar o pensamento. Proponho um número por semana e cada um escreve e/ou fotografa o que lhe ocorrer acerca do número. Entre parênteses dou apenas sugestões, cada pessoa encontrará a sua maneira de responder aos desafios semanais.

Dia  3 - 1 (acontecimento, personagem?)

Dia 10 - 2 (par, coincidência?)

Dia 17 -  3 (não há dois sem três, "a conta que deus fez", haiku?)

Dia 24 – 100 (ou sem, século?)

Dia 31 -  1000 (e uma noites, milénio?)

quarta-feira, dezembro 30, 2020

11. Zambujal


1.000 

Comecei por escrever: mil já foi muito… e, como é meu hábito quando o assunto é números, fui à estante folhear um livrinho da Cosmos. Para ganhar balanço. E se ganhei!…

Lá está, a páginas 11:

“(…) Há tribos da África Central que não conhecem os números além de 5 ou 6(‘): há outras que vão até 10.000.

(…)

(‘) - Estão, assim, próximas das crianças nos primeiros anos de vida: para elas, tudo quanto passar além de 4 é muito.

(Conceitos fundamentais da Matemática, Biblioteca Cosmos-3, B.J.Caraça, 1941)

Para o ser humano, no início das suas descobertas, mais do que 3 ou 4 é muito. Para a Humanidade, 1.000 já foi muito. Lembramos que uma nota de 1.000 escudos era um conto, e era muito. Um conto de mal reis… como por aqui se dizia.

Hoje – e não passou tanto tempo assim – esses 1.000 escudos têm como equivalência 5 euros… essa notita que apenas serve para trocos e está condenada a desaparecer. Como as moedas de 2 e 1 euros, e de 50, 20, 10 e 5 cêntimos que terão o mesmo fim das de 2 e 1 cêntimos. 


Agora, 1.000 é pouco! Só se fala em milhões, em milhares de milhões, que uns já dizem ser biliões, medida que outros reservam para os milhões de milhões… e por aí acima.

No entanto… “há tribos da África Central que…” ainda estão como em 1941, que já foi há algum tempo.

Dá a ideia que a Humanidade perdeu o controlo da dimensão, da medida das coisas (e de si, o que é muito mais grave!), e quer avançar pela digitalização, esquecida que digitalizar tem a origem em contar pelos dedos, que são só 10 ou, vá lá, 20 com os dos pés, que nada contam desde que nos pusemos, humanos, na vertical. Com cabeça nas nuvens!

                                                                                      Zambujal