quinta-feira, setembro 18, 2025

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Bettips

Em Julho avancei os passos e cogitei em Setembro. Olhei à volta: fora os utensílios da casa e o bric-à-brac, havia livros, quadros, discos, fotografias. Escolhendo livros, encontrei algumas preferências minhas, outras avulso, que poderão caber nas vossas “objectivas” visuais de pensamentos abrangentes. Não é forçoso conhecer, ler ou ter lido os mesmos: farão as vossas escolhas, talvez com palavras e fotografias a propósito, pela sugestão de ideias que vos darão os títulos que vos deixo:

Dia   4 - “O Miniaturista”, Jessie Burton (publ. 2014)

Dia 11 - “Memórias de Adriano”, Marguerite Yourcenar (publ. 1951)

Dia 18 - “Uma noite em Lisboa” – Erich Maria Remarque (publ. 1962)

Dia 25 - “Por quem os sinos dobram” – Ernest Hemingway (publ. 1940)

9. Teresa Silva

 

Não li o livro. Mas como é sobre a guerra, imagino que mete espiões e encontros. Este podia ser um local adequado.

Teresa Silva 

8. Mónica

   

Um exercício de fotografia numa noite em Lisboa em 2015 numa aula prática de fotografia. Tive que pedir uma máquina fotográfica emprestada, para poder frequentar o curso de fotografia, a minha não tinha os requisitos. Cada fotografia foi tirada afinando uma determinada configuração na máquina fotográfica, olho para as fotografias e não sei o que afinei, ou seja, cursos de fotografia não são para mim, uma boa fotografia é um acontecimento, não um conjunto intrincado de condições e afinações previamente estudadas que dão trabalho, antecipação e com sorte alguma criatividade. Aposto no acaso e numa boa máquina em modo automático, dois bilhetes para ter a sorte de embarcar numa boa fotografia. Não li o livro, está visto ehehehe.

Mónica

7. Mena M

  

Um navio prestes a deixar esta nossa bela cidade à beira-mar plantada, fazendo lembrar o transatlântico de que nos fala Remarque, em Uma noite em Lisboa.Vivemos tempos sombrios e não deixa de ser irónico que os Estados Unidos da América, outrora um porto seguro para tantos refugiados, esteja a abraçar o fascismo, sob o comando do actual presidente.

Mena

6. M


 

A Segunda Guerra Mundial é um assunto que me interessa em particular por ter acontecido numa época muito próxima da minha. O livro Uma Noite em Lisboa é especial. Pelo que conta e como conta. Só alguém com grande sensibilidade, vivendo na pele a perseguição e fuga durante anos, é capaz de escrever sobre a condição humana como Erich Maria Remarque o faz. Passando-se a história em Lisboa, pareceu-me interessante associar-lhe as fotografias acima, independentemente do ano em que foram tiradas. Os acontecimentos trágicos ficam incrustados na memória universal onde encontramos imagens às quais ligamos outras imagens e reflexões. A Praça do Comércio seria lugar de encontro de refugiados chegados de comboio à Estação do Rossio, não longe dali. Com o rio Tejo à beira das suas vidas, o olhar angustiado pousado nele, presumo que subiriam e desceriam vezes sem conta as escadarias de repartições onde tinham esperança de conseguir passaportes e vistos de saída para a América. A segunda fotografia, essa mais sombria, mostra a Avenida da Índia em 1978. Em 1942, foram outros os automóveis que transportaram as famílias abastadas fugindo da loucura nazi a caminho do Hotel Palácio Estoril. Se os carris da fotografia são os mesmos ou se tinha sido necessário substituí-los por causa do desgaste natural, desconheço. Mas isso não importa para o caso. Sobre eles não deslizaram vagões atulhados de gente levada para campos de concentração. As carruagens dos comboios da Linha de Lisboa-Cascais tinham janelas, assentos e esperança de liberdade para quem neles viajou.

M

4. Luisa

   

Sou desse tempo mas nunca encontrei nada suspeito nas minhas saídas em Lisboa à noite.

Luisa

3. Justine


Não li este livro de Erich Maria Remarque, mas fui investigar o tema tratado no livro e fiquei com vontade de o comprar e lê-lo com atenção.

Justine

2. Bettips


Apenas recordações de Lisboa, muitos dias e muitas horas. Como se diz a propósito do livro que refiro “terra de todos e de ninguém”, cidade que era o fim ou o início das viagens dos fugitivos da II Guerra Mundial. E porque me parece uma característica de Lisboa tão actual, com os seus fluxos e refluxos de outras guerras ou outros interesses.

Bettips