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Vem comigo. Eu ensino-te a ver o interior das pedras. Fecha os olhos. Tateia o fuste. Sente a fria lisura na palma da tua mão. Abraça a coluna até onde chegar a vontade dos teus braços. Encosta o ouvido como se faz a um búzio. Podes até pensar que tens um corpo vivo ali ao teu dispor. Escuta o bater do teu coração. Há muito não o ouvias, eu sei. É preciso sonhar com o interior das pedras para ouvir o relógio da vida.
Licínia
8 comentários:
Eu acho que sim, que esta coluna e esta fotografia provocam uma reacção viva em quem a vê. É a pedra humanizada de uma maneira muito bela.
Belíssimo modo de dizer da nossa necessidade de arte para entendermos o nosso âmago!
Como a pedra e a sua modelada memória nos leva a reencontrar
os afectos, o apelo aos encontros.
dizer da arte com arte!
Lindo!
Só uma cadência de Poema nos poderia levar nesta demanda, enredada de segredos!
Poemas do tempo breve, pág. 88
Agrades
... eu tinha uma ideia de já ter visto isto... mas nada como uma vizinha da dita, ditosa amiga e atenta, eh eh eh! Obg
B.
... é preciso sonhar... sentir, nas pedras, o pulsar do tempo nosso.
Só as/os poetas.
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