Dia
17 -
Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia
de Teresa Silva.
quinta-feira, junho 26, 2014
AGENDA PARA JULHO DE 2014
Dia
3 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “Da”
para formar as nossas palavras. O
texto que alguns de nós acrescentarmos é facultativo.
Dia
10 - Reticências
com
a frase “Azáfama
à beira-mar”
a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
Dia
17 -
Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia
de Teresa Silva.
Dia
24 - Jornal
de Parede
Dia
26 - Fotografando
as palavras de outros sobre
este excerto que
nos faz recordar Vitorino Nemésio
« (…) Agora é o coração que se constrange. Vivi aqui e ali. Uma, duas, três casas, que abrigaram o adolescente e parecem olhar o homem maduro com olhos cegos, janelas ocas...Tudo isso do sonho e da saudade é uma mentira arranjada, um embuste literário, ou o quê? Então não é verdade que aquela vidraça era minha? Aquele ferrolho o descanso da mão de minha mãe à entrada? Aquela beira e sobeira as telhas que choraram os aguaceiros que eu vi? E a nossa melancolia nasceu ou não destes céus tristes, baixos, burros? Porque nos não conhecem e festejam as janelas, as begónias dos «gabinetes» e as pedras das calçadas?
Mas passamos ao largo de tudo e tudo fica incólume. Aqui só há uma coisa que se comove – o coração que vai passando. As coisas chegam às vezes a um ponto de saturação no regresso e no amor que não há lágrimas vivas que sejam dignas de nós! Desaforo expressivo... Excesso confessional... Vou-me conter. Não digo mais nada desta jornada matinal das ruas de Angra e dos seus portões ultrapassados em peregrinação recôndita. Tudo isto é turismo baldado, roteiro inerte... Para quê teimar em recolher coisas talvez mal passadas pela memória, e só aí?... A maior parte das coisas do mundo interior que levamos são dessa qualidade intransferível: têm essa só realidade unilateral, mesmo quando empenham dois lados, como por exemplo o amor.»
Se bem me lembro..., Vitorino Nemésio (selecção de textos e organização de Joana Morais Varela), Contexto Editora, colecção Cortes, setembro de 2001
O DESAFIO DE HOJE
Dia
26 - Fotografando
as palavras de outros sobre
o poema
Nos teus dedos nasceram horizontes e aves verdes vieram desvairadas beber neles julgando serem fontes. As Mãos e Os Frutos, Eugénio de Andrade, Fundação
Eugénio de Andrade
9. Teresa Silva
quinta-feira, junho 19, 2014
AGENDA PARA JUNHO DE 2014
Dia
26 - Fotografando
as palavras de outros sobre
o poema
Nos teus dedos nasceram horizontes
e aves verdes vieram desvairadas
beber neles julgando serem fontes.
As Mãos e Os Frutos, Eugénio de Andrade, Fundação
Eugénio de Andrade
11. Zé-Viajante
Faz hoje precisamente 17 meses (salvo erro & omissão) que a Natureza se zangou. Naquela fatídica madrugada, entre outros fenómenos, o Mar reclamou o que era seu. Situação que se viria a agravar no inverno seguinte.
Agora atamancamos aqui e ali até que novas desgraças aconteçam. Com um verdadeiro plano do território muito se poderá ainda evitar. Haja coragem para isso.
Zé-Viajante
10. Zambujal
As palavras que se me suscitam, depois de em mim terem entrado pela porta dentro do olhar, são quase obsessivas.
No dia de hoje, no estado de espírito de agora, essas palavras compõem uma frase batida, reproduzem o título de um livro: a fenda na muralha.
E porquê se não há nenhuma muralha na foto, se a fenda apenas mal se desenha até ao azul da réstia do mar? Porque foram as palavras e a frase trazidas logo ao primeiro olhar da imagem.
Eis a explicação completa. Total. Porque não procuro outra.
No dia de hoje, no estado de espírito de agora, essas palavras compõem uma frase batida, reproduzem o título de um livro: a fenda na muralha.
E porquê se não há nenhuma muralha na foto, se a fenda apenas mal se desenha até ao azul da réstia do mar? Porque foram as palavras e a frase trazidas logo ao primeiro olhar da imagem.
Eis a explicação completa. Total. Porque não procuro outra.
Zambujal
9. Teresa Silva
Uma boa imagem de alerta para as questões ambientais. É muito interessante que com a presença de tantos elementos negativos (que me dispenso de mencionar) o resultado seja, do ponto de vista fotográfico, muito bonito.
Teresa Silva
8. Rocha/Desenhamento
Já ouviram falar no Tejo? É bom andar junto ao Tejo, pela manhã, num dia primaveril, vendo os pescadores à cana, os alfacinhas que se pelam por rodar o carrinho e parar ali, rolando depois as nádegas na relva e futebolando com os filhotes. Corre-se pela margem e a todo o instante podemos rolar pelas pedras do limite, não há segurança, nem barras, deslizam os barcos à distância de um olhar de soslaio. Esta imagem foi realizada assim, o peixe não salta, as flores e a relva não contaminam o ar, as gaivotas fogem daqui.
Rocha de Sousa
7. M.
Uma fotografia que me lembra um vómito. O vómito de pessoas indiferentes ao mundo que as rodeia. Uma espécie de narcisismo, e de tal ordem presunçoso que, fossem elas ao menos capazes de se reconhecer nas águas individualistas da sua existência, sentiriam repugnância pela sua própria imagem.
M
6. Luisa
Quando algo nos incomoda, atiramo-lo fora sem pensar que um dia esse mal pode voltar para trás.
Luisa
5. Licínia
Pelos sete mares que cruzámos,
O nosso mundo a alargar,
O nosso medo a acalmar,
O sonho a crescer, crescer,
Pelas ondas em que morremos,
Pelos barcos que perdemos,
Pelos tesouros que encontrámos,
Por toda a vida vivida,
Aquém e além dos mares,
Desses mares que foram estrada,
Deslumbramento e abismo,
Pelas histórias que contamos
De bravura e aventura,
Por tudo o que aqui vos digo
E tudo o mais que não sei,
Que se acabe esta tristeza
De poluir, ofender,
A água que conquistámos,
A vida que ainda temos
Neste astro em que nascemos.
Licínia
O nosso mundo a alargar,
O nosso medo a acalmar,
O sonho a crescer, crescer,
Pelas ondas em que morremos,
Pelos barcos que perdemos,
Pelos tesouros que encontrámos,
Por toda a vida vivida,
Aquém e além dos mares,
Desses mares que foram estrada,
Deslumbramento e abismo,
Pelas histórias que contamos
De bravura e aventura,
Por tudo o que aqui vos digo
E tudo o mais que não sei,
Que se acabe esta tristeza
De poluir, ofender,
A água que conquistámos,
A vida que ainda temos
Neste astro em que nascemos.
Licínia
4. Justine
A natureza está a morrer. Às mãos gananciosas do homem. Morrem as florestas porque é preciso alimentar o lucro dos madeireiros, morre o mar porque não se respeitam os ciclos de vida marinha, ou porque se faz do mar uma lixeira barata!
Cada vez é mais difícil encontrar zonas preservadas, limpas, belas.
Como esta entrada vulcânica para um mar sereno!
Justine
Cada vez é mais difícil encontrar zonas preservadas, limpas, belas.
Como esta entrada vulcânica para um mar sereno!
3. Jawaa
O Homem por natureza é um poluidor: consome a água pura das fontes e verte rios de dejectos. Nada que qualquer outro ser não faça. É apenas uma questão de equilíbrio.
O raciocínio deu poder ao Homem. E o poder corrompe.
Jawaa
O raciocínio deu poder ao Homem. E o poder corrompe.
2. Bettips
Interessante aproximação de que não podemos desviar os olhos quando, no real, desviamos os passos. Apesar da sugestão das cores, muito bem conseguida nos seus cambiantes, parecendo restos de minério, sinto aqui o cheiro do esgoto e a desilusão da água que o recebe.
Bettips
1. Agrades
Olho para esta foto e vejo três espaços: um sólido, rocha partida irregularmente que forma um passeio; outro, líquido, que poderá ser um mar, ou talvez um rio ou mesmo um lago e, entre estes, uma massa irregular composta por ambos de modo indefinido...
Agrades
quinta-feira, junho 12, 2014
O DESAFIO DE HOJE
Dia
12 - Reticências
com
a frase “Foi
bom”
a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
9. Zé-Viajante
8. Zambujal
7. M.
Foi bom voltar a vê-la passados tantos anos. Continua lá, pousada naquele lugar lindo, a casinha solitária que me encantava em criança quando passeava com a minha Tia Chanel na Tapada da Ajuda. Caminhávamos devagar ao longo da estrada ladeada de arvoredo, de flores, de sombras, a luz a esgueirar-se entre a folhagem. E eu absorvia tudo aquilo, inspirava a leveza do ar, guardava o canto dos pássaros, seguia-lhes o voo breve, tocava a presença do silêncio. Senti o mesmo agora e confirmei, uma vez mais, que entre mim e a Natureza existiu sempre um entendimento muito íntimo difícil de exprimir por palavras.
M
5. Licínia
4. Justine
Foi bom… ter conhecido o grupo do PpP! Já não me lembro como foi, longínquo que vai o ano de 2008. E passado todo este tempo, habituámo-nos às nossas diferenças respeitando-as, aprofundámos amizades, e usufruímos todas as semanas das capacidades criativas de todos nós! Dá-me prazer pertencer a este colectivo, onde encontro alegria, curiosidade e vontade de viver, partilhando! Foi bom termo-nos conhecido!
Justine
2. Bettips
quinta-feira, junho 05, 2014
AGENDA PARA JUNHO DE 2014
Dia
12 - Reticências
com
a frase “Foi
bom”
a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
O DESAFIO DE HOJE
Dia
5 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “Ce”
para formar as nossas palavras. O
texto que alguns de nós acrescentarmos é facultativo.
9. Zambujal
Esquece
Ali
se era “depositado” (ali entrei em 17 de Maio de 1963).
Ali
se era “preparado” para os interrogatórios/tortura
-
“prepare-se
para ir à polícia” dizia
o guarda,
enquanto
a carrinha, na calçada da Sé, esperava,
para
nos levar à António Maria Cardoso.
(de
ali saí, para “ir
à polícia”,
em 23 de Maio de 1963)
Não
se esquece. Que
nunca se esqueça!
7. Rocha/Desenhamento
Cedo
Cedo, mal se acendera a manhã e já o Felício conversava com os bichos e mandava o cão tornear o flanco direito do rebanho. E assim todos chegavam na hora apropriada à "manjedoura" campestre, sinais no ar para que todos começassem a rilhar o manto verde. Entretanto. O sol atravessou o céu. Veio a brisa. E cedo voltaram, badalando o vagar da marcha.
Rocha de Sousa
6. M.
5. Luisa
2. Bettips
Céleres
Aparecem de repente e vão embora quando nos interrogamos pensativos, olhando os céus, sobre a mudança das estações.
Sigo-lhes as chegadas e as partidas, às andorinhas.
Céleres a estabelecer prioridades, a casa, a família, o grupo.
São, para mim, uma das alegres celebrações da Primavera, renovada em promessas.
Se não se cumprem, teremos ainda o cenário do doce Outono para lembrar a nostalgia da flor que não foi fruto.
E virá sempre Abril.
Sigo-lhes as chegadas e as partidas, às andorinhas.
Céleres a estabelecer prioridades, a casa, a família, o grupo.
São, para mim, uma das alegres celebrações da Primavera, renovada em promessas.
Se não se cumprem, teremos ainda o cenário do doce Outono para lembrar a nostalgia da flor que não foi fruto.
E virá sempre Abril.
Bettips
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