Telúrico
Amo-te, árvore de há tantos anos, antes de eu nascida, que te prendes à terra e buscas o céu.
Amo-te, musgo que a vestes de veludo e a abrigas do vento norte.
Amo-te, pedra elegante e gasta, que és o corpo de granito convivendo com a raiz.
Amo-te, escada coroada de hera.
Subo-te e abraço-te com o meu olhar e a minha ternura.
E digo baixinho a lenga-lenga: quem pela hera passou e uma folha não cortou, do seu amor não se lembrou.
Bettips
Amo-te, musgo que a vestes de veludo e a abrigas do vento norte.
Amo-te, pedra elegante e gasta, que és o corpo de granito convivendo com a raiz.
Amo-te, escada coroada de hera.
Subo-te e abraço-te com o meu olhar e a minha ternura.
E digo baixinho a lenga-lenga: quem pela hera passou e uma folha não cortou, do seu amor não se lembrou.
4 comentários:
TErnas declarações de amor à natureza.
Nada mais bonito do que estas imagens e o teu texto. Apetecia-me acrescentar a letra dum fado que cantava a Maria Teresa de Noronha: "Oh hera que não dás flor, teu coração para amor deve ser igual ao meu. Singela planta que eu amo, jamais se esqueceu do ramo onde uma vez se prendeu".
Não conheço "esse". Hás-de cantar-mo no próximo encontro... Bj
Muito bonitos texto e fotografia. Uma verdadeira declaração de amor.
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