A
protecção divina invocam, que os mares são férteis de peixe e de
tempestade, por vezes só de tempestade, sem que o peixe se tenha
oferecido. Se houve um Deus que lhes disse, “ganharás o pão com o
suor do teu rosto”, outro não houve, ou o mesmo, que os avisasse,
“nas voltas de mar, ganharás o peixe ou perderás a vida”. Dura
a faina, feita de saber e arrojo. Em terra ficam as mulheres,
esperando pela entrada dos barcos, muitas vezes roucas de tanto
rezar, “Salvai-o, Senhor, meu Deus.”, de tanto praguejar, “Ah
mar dum cão que me roubaste o meu homem.”.
Licínia
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