Aquela
casa…
é
o princípio de tudo. Como o verbo. Sendo “tudo” o que cada um
quiser que seja. Como o verbo.
Aquela
casa… Na pequena rampa a subir para a aldeia, depois de curva e
contra-curva à saída da estrada nacional. Era um quarto, uma sala
de entrada, uma arrecadação, a cozinha com lareira a dominar todo o
espaço. Para trás da fotografia (dos anos 40), o alpendre, os
currais, o pátio, onde uma cabrinha dava o nome à avó. Era
a “avó
da cabrinha”. Depois,
logo a vinha e o poço com picota e balde como ramos da oliveira que
sempre lá esteve e que ali continua, e o tanque de rega.
Assim
a conheci. Apenas isto. E tanto era.
Aquela
casa… onde, no único quarto, nasceu meu pai. A 21 de Janeiro de
1898.
Esta
casa. A mesma…
Que cresceu.
Para os lados, por dentro, para o quintal. O nosso canto. Como dizia
o azulejo que já (se) partiu: Seja
bem-vindo quem vier por bem!
Zambujal
6 comentários:
Zambujal:
Lamento não ter conseguido publicar tal e qual como mandaste. Fiz várias tentativas. Sorry.
Uma evolução que respeitou toda a memória doutros tempos.
Oh!, Manuela,
ficou tão bem!
De novo me comoveu... A
ando muito sensível.
Muito grato por tanto trabalho a que te obrigo/as.
Neste texto...sinto-me em casa!
A casa e o tempo histórico dela sentem-se, assim, numa cadência terna.
Felizmente, "a casa" também cresceu para fora, para nós e muitos. Obg
Seria tão bom se todos conservassem as casas antigas, com os melhoramentos possíveis na actualidade. A paisagem dO país seria bem diferente.
Foi também guardada a foto dos anos 40.
Uma maravilha.
Teresa Silva
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