Aquela casa persiste no seu destino de pedra, a suportar os anos e os desastres. Atenta sempre aos sinais dos desatinos dos homens que a construíram, que a habitaram e não desistem de lhe chamar sua. Um dia virá em que ela tombará e não ficará mais do que lembrança ante lembrança. Pedra sobre pedra será o seu futuro, a fazer-se outra casa. Virão outros homens, com outro corpo, esse que é a sua verdadeira casa, a única, passageira do princípio e do fim.
Licínia
4 comentários:
Afinal o que sempre acontece com todas as casas.
A efemeridade até da pedra...
Calculo que as intempéries e as chuvas corram pelo monte atrás. À frente terá o mar? Não admira que seja uma paixão e que não desistam de a conservar. Até que tombe na memória de alguém.
Apesar de tudo, bonita casa. Merece melhor conforto da natureza.
Teresa Silva
Enviar um comentário