A voz da natureza ouve-se por todos os cantos do jardim. Há para todos os gostos: ora são os melros zangados, ora são as rolas namorando, ora é uma miríade de outras aves que eu não reconheço mas que me presenteiam com concertos afinados. Uma delas fez o seu ninho na garagem e todas as manhãs me cumprimenta com um pio, sem medo mas atenta. Mais à noite há um bufão que entoa um lamento ritmado. E cobrindo todas estas vozes, ecoa o zumbido permanente, surdo, inquietante das abelhas, que trabalham sem descanso no mar perfumado das flores da glicínia.
Justine
3 comentários:
É assim que se pode imaginar um paraíso terrestre. Fico sem voz.
Belas as vozes e as cores do teu jardim
Essa voz que aí se ouve (vê) tem cheiro e cores estonteantes!
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