quinta-feira, abril 27, 2017

AGENDA PARA MAIO DE 2017



Dia 18 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Bettips.

AGENDA PARA MAIO DE 2017

Proposta de Bettips
Dia 4 - Ao jeito de cartilha: Proponho-vos que usemos a sílabaVer” para formar as nossas palavras. A palavra que cada um apresentar tem que conter a sílaba pedida e exprimir a imagem que lhe foi associada com sintonia clara entre ambas. Se houver preferência por um conceito, a regra a aplicar é a mesma, ou seja, ele tem que ser expresso por uma palavra que tenha a sílaba pedida. O texto que alguns de nós acrescentarmos é apenas facultativo e um complemento.
Dia 11 - Reticências com a frase “Apenas coisas” a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
Dia 18 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Bettips.
Dia 25Fotografando as palavras de outros sobre o texto
"O céu estava coberto de grandes nuvens baixas que descarregaram, dali a pouco, uma chuva espessa que velou o horizonte e enlameou os campos. Parei o carro junto de um estabelecimento, para tomar café enquanto desanuviava um pouco, e fiquei sentado debaixo do alpendre, a consultar o mapa e as notas do meu caderno enquanto considerava que há um exercício fascinante, a meio caminho entre a literatura e a vida: visitar lugares lidos em livros e projectar neles, enriquecendo-os com essa memória leitora, as histórias reais ou imaginadas, as personagens autênticas ou de ficção que noutros tempos os povoaram. Cidades, hotéis, paisagens, adquirem um carácter singular quando alguém se aproxima deles com leituras prévias na cabeça."
Arturo Pérez-Reverte "Homens Bons" 3ª Edição da ASA/2016, pág.129

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Benó
Dia 27Fotografando as palavras de outros sobre o texto
"Nunca descobri como o meu irmão fazia mas começava por sentir uma espécie de diferença na casa e não sei explicar isto, a minha filha e o meu marido continuavam a dormir e os cheiros não mudavam, não mudavam os móveis, não mudava eu, as flores quietas elas que à mínima presença um frenesim de caules, a tampa da terrina, tão melindrosa, calada, um cano a suspirar no interior da parede...."
António Lobo Antunes "O meu nome é Legião" 2ª edição da D. Quixote/2007/Edição ne varietur. Pag. 205

10. Zé Viajante



 «... as flores quietas...»

9. Teresa Silva

8. M.


« (…) e os cheiros não mudavam, não mudavam os móveis...»

7. Luisa



 "...a tampa da terrina, tão melindrosa, calada..."

6. Licínia



 «… a tampa da terrina, tão melindrosa, calada ...» 

5. Justine



 “… e os cheiros não mudavam, não mudavam os móveis, não mudava eu …”

4. Jawaa


[...] a tampa da terrina, tão melindrosa, tão calada, um cano a suspirar no interior da parede...

3. Bettips

2. Benó



"A tampa da terrina, tão melindrosa, calada."

1. Agrades

quinta-feira, abril 20, 2017

AGENDA PARA ABRIL DE 2017

Proposta de Benó
Dia 27Fotografando as palavras de outros sobre o texto
"Nunca descobri como o meu irmão fazia mas começava por sentir uma espécie de diferença na casa e não sei explicar isto, a minha filha e o meu marido continuavam a dormir e os cheiros não mudavam, não mudavam os móveis, não mudava eu, as flores quietas elas que à mínima presença um frenesim de caules, a tampa da terrina, tão melindrosa, calada, um cano a suspirar no interior da parede...."
António Lobo Antunes "O meu nome é Legião" 2ª edição da D. Quixote/2007/Edição ne varietur. Pag. 205

O DESAFIO DE HOJE



Dia 20 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Benó.

12. Zé Viajante

As raízes, cansadas da sua clausura, subiram à superfície e foram espreitar o mar. À tardinha, saciadas, voltaram a casa e adormeceram. Sonhando com o mar que nunca tinham visto.
 
Zé Viajante

11. Teresa Silva

Bonita fotografia. Gosto dos emaranhados de troncos e folhas à beira-mar plantados.

Teresa Silva

10. Rocha/Desenhamento



O meu olhar concentra-se num objecto que reconheço como sendo do mundo das plantas, florestal, árvore redonda e já bem idosa partilhando talvez as raizes nodosas de outras irmãs ou cuidando dentro da terra da sua realidade, da sua vida, capaz muitas vezes de ultrapassar a vida humana, gente que conhece bem as árvores, os animais, o mundo em geral.

Rocha de Sousa

Este desafio parece menor: mas eu tenho os olhos cravados nesta tufada árvore (cujo género desconheço) e é certo que este ser tem uma vida misteriosa e silenciosa, trabalhando no interior da terra os mistérios da vida e sabendo beber do solo os nutrientes que tornam a sua existência muitas vezes mais longa do que a nossa, apesar do que sabemos sobre o mundo vegetal, animal, entre continentes e oceanos. Uma árvore é um ser silencioso, que muda com as estações do ano, e que nos acompanha sem protestos nem controvérsias.

Rocha de Sousa

9. Mena M.

Ao olhar a foto da Benó, surpreendeu-me a leveza dos troncos feitos gente, de cabeça encostada à passadeira, a tomar banhos de sol, à espera talvez de alguém que por ali passe e que esteja disposto a dar-lhe dois dedos de conversa.
 
Mena

8. M.

Reconheço à distância o seu corpo de gente recostado nas tábuas do passadiço. É ali o nosso ponto de encontro. Depois da caminhada ao sol escaldante a fugir da agitada vida citadina rodeada de betão e ruído, sabe-me sempre bem descansar um pouco na sombra fresca a conversar com ela. A ambas encanta a partilha de um tempo sem pressas.
M

7. Luisa

Observemos as raízes da árvore: delas saíram troncos viçosos e troncos nús, sem folhas nem flores. Se estudarmos as nossas próprias raízes talvez percebamos melhor quem somos e até onde iremos. Tudo vem dessa gente do passado.

Luisa

6. Licínia

Resistem aos ventos, inclinam-se, dobram-se, aprendem com as serpentes o contorcionismo, tocam o chão, esforçam-se para de novo ganharem o prumo, o alto. Lutam e vivem. O seu reino natural assim o exige. São árvores, nascem no escuro da terra e a grande luz é a sua meta.
Licínia

5. Justine

A vegetação como uma renda em verde e ouro; o mar apaziguado, convidativo; ao longe o promontório protector; o areal como uma cama macia; o estrado de tábua respeitador da natureza. Equilíbrio e beleza são as palavras dentro do meu olhar. 
Justine

4. Jawaa

A força da natureza, caprichos dela ou, mais prosaicamente, instinto de sobrevivência.
 
Jawaa

3. Bettips

Resistem, moldam-se, as árvores. À areia, ao vento, de mãos postas, como que pedindo apenas que as deixem existir.

Bettips

2. Benó

A praia está ali tão perto. A árvore despiu-se para se bronzear. Nua, agita suavemente a sua densa cabeleira amarela para chamar a atenção de quem passa. Gostaria de sair dali, molhar os pés nas águas frescas do mar que vê e ouve, mas está presa à terra onde nasceu e só lhe resta cumprir, da melhor maneira possível, a função que a Mãe Natureza lhe destinou de dar colorido ao caminho para o areal. É a acácia da beira mar.

Benó

1. Agrades

Uma árvore retorcida, em primeiro plano, e ao longe uma praia de areia alva, diz-me que um vento agreste é presença constante e há forte ligação entre ambos. Apesar das agruras, adapta-se à vida possível.

Agrades

quinta-feira, abril 13, 2017

PÁSCOA 2017



Não são ovos nem coelhinhos de chocolate que acompanham os meus desejos de uma Páscoa Feliz para todos vós mas um patinho acabado de nascer a que achei graça.
M  

AGENDA PARA ABRIL DE 2017



Dia 20 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Benó.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Benó
Dia 13 - Reticências com a frase “A dada altura” a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.

12. Zé Viajante



A dada altura, quando eu descia a calçada, a senhora idosa tinha acabado de estender a roupa no pequeno terraço. Depois entrou em casa, talvez a preparar algo. Um pouco depois, na janela da casa, um pequeno lençol preparava-se para receber os raios de sol. 
Zé Viajante

11. Zambujal



A dada altura… estávamos noutro tempo. Estávamos, recuando séculos até a primeira metade do século XV, na comitiva do 4º Conde de Ourém ao concílio de Basileia, passando por Lastra a Signa à beira de Florença, fotografando (com telemóvel!...) a muralha que cerca o povoado e o histórico hospital. 
A dada altura… estávamos noutro lugar. Estávamos, percorrendo milhares de quilómetros, no tempo de hoje, em Ourém, nos Castelos, a pisar o nosso solo e raízes, a ver o que o tal Conde de Ourém levara consigo, na memória e, talvez…, em esquiço porque não tinha máquina fotográfica digital como seria de sua condição se hoje fosse, a admirar o friso que vai resistindo nas paredes do Solar e Torreões. 
Zambujal

10. Teresa Silva



A dada altura sobe-se à Torre de Menagem e avista-se a planície alentejana, do lado de lá do Guadiana. 
Teresa Silva

9. Rocha/Desenhamento



A dada altura, depois de uma espera algo exasperante, vieram abrir-me a porta. Disse o meu nome e esclareci que vinha visitar uma tia que se chamava Josefina. Fui então conduzido para a sala onde estavam as idosas, entre as quais aquela que procurava. Não passei logo da porta: aquilo que via era estranho, as pessoas falavam dos seus lugares e por vezes calavam-se até o silêncio doer. 
Rocha de Sousa

8. M.



A dada altura, quando saía do Museu da Seda em Castelo Branco, reparei na chaminé um pouco inclinada, mesmo ali diante de mim, e pensei como era possível aguentar-se em pé naquelas condições aparentemente instáveis. Resolvi então fixá-la na minha máquina fotográfica antes que se atirasse de vez sobre quem passava na rua. Numa situação dessas, indesejável por todos os motivos, só a cegonha seria capaz de voar e refugiar-se longe mas eu, que só tenho as asas do pensamento, não sei como poderia escapar a tamanha avalanche de tijolos centenários. 
M

7. Luisa



A dada altura do meu almoço na varanda do restaurante, nos primeiros dias de Abril, duvidei se, sem eu dar por isso, tinham sido cortados os restantes meses e estávamos já em pleno Verão. 
Luisa

6. Licínia



A dada altura da passeata, a cor vermelha chamou-me a atenção. As vestimentas dos dois homens, o marco do correio, tudo numa quase simetria. Claro que tirei a foto. Nem os homens nem o marco deram por isso. 
Licínia

5. Justine



A dada altura decidi virar à esquerda, mesmo sem saber onde me levava aquela rua. Em boa hora o fiz, pois tive a oportunidade de me encontrar com a vaca mais civilizada de toda a ilha! 
Justine

4. Jawaa



A dada altura uma gaivota mais atrevida pousou na mesa ao lado, querendo partilhar do nosso pequeno-almoço. 
Jawaa

3. Bettips



A dada altura dou com uma senhora a assar sardinhas e pimentos, a céu aberto! Nada de especial, não fosse o terreiro pertencer ao interior amuralhado do Castelo de Vila Viçosa, que visitávamos tipo exploradores e sem guia nem qualquer orientação. 
Bettips

2. Benó



A dada altura o céu nublou-se, zangou-se, enfureceu-se, envia raios e coriscos para a terra, mostrando toda a sua ira para depois, já mais calmo, chorar de arrependimento e despejar as suas lágrimas grossas sobre a folhagem das árvores que as recebem como uma dádiva divina. 
Benó

1. Agrades



A dada altura, na corrida dos Sinos, apareceu um atleta com asas, talvez um anjo... Teria voado e ganho a prova? Tanto não vi, mas ganhou simpatia, boa disposição e sentido de humor. 
Agrades

quinta-feira, abril 06, 2017

AGENDA PARA ABRIL DE 2017

Proposta de Benó
Dia 13 - Reticências com a frase “A dada altura” a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Benó
Dia 6 - Ao jeito de cartilha: Proponho-vos que usemos a sílabaPri” para formar as nossas palavras. A palavra que cada um apresentar tem que conter a sílaba pedida e exprimir a imagem que lhe foi associada com sintonia clara entre ambas. Se houver preferência por um conceito, a regra a aplicar é a mesma, ou seja, ele tem que ser expresso por uma palavra que tenha a sílaba pedida. O texto que alguns de nós acrescentarmos é apenas facultativo e um complemento.

13. Zé Viajante



Primária 

Primária. A minha escola de referência. Escola do Sport União Sintrense, anos 50.
Zé Viajante

12. Zambujal



Prisão
 
Prisão – os célebres (na vida de alguns…) “curros” da cadeia do Aljube (hoje museu a visitar) de antes de um 25 de Abril, do primeiro dia do resto das nossas vidas! 
Zambujal

11. Teresa Silva



Números primos

Os números dois, três, cinco, sete, onze e muitos mais são chamados números primos. Muito interessante esta revista sobre o tema.
Teresa Silva

10. Rocha/Desenhamento



Primeiro subimos a rua da Sé Catedral. Rua empedrada, rústica, evocando a antiguidade da cidade de Silves, outrora sede do bispado. Quando chegamos ao alto, em obliquidade perceptiva vemos a frontaria de um templo cristão, cuja parte que resistiu a 1755 se encontra atrás e é parte da grande beleza que este templo, construído sobretudo em pedra grés, a partir de cerca de 1248, em memória da conquista definitiva da cidade aos mouros. 
Rocha de Sousa

9. Mena M.



Primavera

8. M.



Primoroso

Pormenor de uma colcha antiga em exposição no Museu Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco.
M

7. Luisa



Prisioneiras

6. Licínia



Aprisionado

5. Justine



Prímulas

4. Jawaa



Primeiro 

(lugar donde partiram os primeiros emigrantes europeus para o Canadá. A fotografia é em Roterdão, Holanda, donde partiram os primeiros colonos para o continente americano, nos finais do século XVII - Canadá, Nova Amsterdão... A actual cidade de Nova York teve como primeiro nome Nova Amsterdão porque foi fundada pelos holandeses no século XVII, depois tomada pelos ingleses que lhe mudaram o nome para Nova York.)
Jawaa

3. Bettips



Prisão

2. Benó



Comprido

Comprido é o caminho que nos leva até à Fortaleza de Sagres.
 
Benó

1. Agrades



Prioridade