Ao
olhar para esta imagem lembrei-me logo da personagem Pantera Cor de
Rosa e da mímica divertida e provocatória entre ela e os vários
intervenientes nas séries de desenhos animados dos anos sessenta,
deliciosamente acompanhados pela música de Henry Mancini.
E
acrescento que o braço cor de rosa, talvez apercebendo-se de que o
sujeito magrinho tinha espreitado o seu espaço redondo, não achou
graça à ousadia e apertou-o, apertou-o, até lhe provocar suores
frios e pensamentos negros. Quais, não sei, pois de os revelar foi
impedido. Uma flor negra?, arrisco perguntar-me. Uma flor não é um
pensamento mau de todo. Depois de liberto do apertão, basta que a
pinte com uma cor alegre, a regue abundantemente e a prenda no chapéu
em sinal de resistência às adversidades. Tenho a certeza que o
gesto será deveras apreciado pelos seus conterrâneos e que passará
a ser conhecido pelo nome O
Homem do Pensamento Flor.
M
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