quarta-feira, julho 17, 2024

5. M

 

Sol e sombra na escultura da flautista. Não me enganei, é uma figura feminina, de acordo com as informações que encontrei sobre o escultor que a pensou e executou: António Santos Lopes. Um artista abrantino com obra feita e que a esculpiu em homenagem à Banda União Artística de Castelo de Vide. Recomendo a leitura do link abaixo, aí se nomeia a diversidade de actividades desta instituição com impacto na vida cultural da região. Notável. Comovente. Gostei desta escultura uma vez que visitei a vila e fotografei-a. Gosto do som límpido das flautas. Espalha-se no ar e leva-me com ele até ao fim do mundo. Não sou capaz de distinguir a nota sol ou qualquer outra, mas isso não me importa. Bastam-me os sons que os músicos conseguem tirar deste instrumento com o seu sopro, mais aquela posição quase etérea dos braços e a dança de movimentos elegantes dos dedos. Lembro o primeiro flautista que me encantou quando o ouvi em 1978: o irlandês James Galway, estava eu em Inglaterra. Não o conhecia. Exultei. Recordo também o Flautista de Hamelin. Até ratos seduziu com a sua música, prova de que a música é universal. Todo ele envolto em notas musicais, deixando um rasto de sons pelo caminho: dó ré mi fá sol lá si, assim o mostram as imagens divertidas do livro. Até eu, que acho estes animais repelentes, penso que me esqueceria da presença deles e o seguiria entusiasmada, mesmo que tropeçasse nos ditos bichos provocando-lhes certamente guinchos indesejáveis.

M

O Flautista de Hamelin, Lenda Germânica, Adaptação de Jaume Cela, Ilustrações de Cristina Losantos, Editorial Notícias, Contos Tradicionais   

https://www.youtube.com/watch?v=hBQf1CV1Zfs

https://www.google.pt/url?sa=t&source=web&rct=j&opi=89978449&url=https://www.musica-portuguesa.com/musico/banda-uniao-artistica-de-castelo-de-vide-distrito-portalegre-alentejo/&ved=2ahUKEwiBpMf40faGAxVTRvEDHdIiC6Q4ChAWegQIBRAB&usg=AOvVaw21VLN-RhaChmGrghE0I0Xt

6 comentários:

Licínia Quitério disse...

Tudo tão bonito. O som da flauta também me encanta. E o poder do flautista sobre a cidade é uma história que refiro amiúde em poemas. O meu primeiro livro de alemão tinha a história e ainda me lembro do nome -Der Pfeifer. O que a nossa memória guarda...

Licínia Quitério disse...

A escultura é tão bonita! Ainda bem que e a fotografaste.

Mónica disse...

A M. a seguir o flautista e a pisar ratos é uma imagem divertida

Anónimo disse...

Bela interpretação da flauta
Luisa

Anónimo disse...

Gostei do texto e da escultura.

Teresa

mena maya disse...

O fascínio do som da flauta e das tuas palavras que sempre me encantam.
Obrigada M. por o que acrescentas ao nosso conhecimento.