7. Licínia
Pareceu-me avistar um melro junto ao candeeiro. Fotografei-o antes que se escondesse atrás do arbusto. Na foto, o melro, se o era, não passa de um ponto negro, mas nela apareceram o meu ninho, o ninho dos meus amigos, as torres que me viram nascer, o velho eucalipto, o novo jardim e talvez, quem sabe, um longo capítulo duma história que em mim se anda a escrever.
Licínia
6 comentários:
Começaste bem, com a sombra do melro. Para a frente, amiga!
Pareceu-me...tudo o que tu disseste. E lembrei-me também que "me parece" que pisas a relva
(que desautorizas o composto regular)
que encobre a pedra
que encobre o melro
e descobre a liberdade de pensar.
No início da vida vista
duma árvore à tua beira.
Acho que sim, L., escreve-te como sabemos que és capaz.
O prazer de olhar.
Tão bom esse caminho do pequeno ponto para a imensidão do existente e do imaginado!
Queria tanto não precisar de o dizer à minha volta e ser acreditada!...
Está lá tudo, até o melro
Bonito texto para uma foto tão romantica. Pareceu-me que no lago, dentro duma pequena chata, um casal de namorados passeava, calmamente. Pareceu-me....
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