Brancura
imaculada atirada para a sujidade da rua. Ninguém olha, ninguém
repara, serão pisadas, espezinhadas, pontapeadas por todos sem dó
nem piedade, atiradas para a valeta como objectos sem valor. Dentro
em pouco, da pureza branca, nada mais restará que farrapos, restos
do que foi e não mais voltará a ser.
Benó
5 comentários:
E agora que sabemos a "origem" da fotografia, afinal a tal brancura imaculada de que falas pode ser aproveitada por outros.
Conclusão: estamos sempre a enganar-nos. :-))
Uma visão apocaliptíca, Benó! Mas não estamos nós a viver tempos apocalípticos???
Isto sem chuva e lama a que tais objectos estariam habituados (se fossem de gente sem dinheiro calçando de branco no inverno, colo li em palavras aí atrás).
Mas há algum desconforto nessa visão... será dos tempos que vivemos?
Do engano se fez luz. Mas o teu texto, Benó, era bem apropriado à brancura e ao abandono no desacerto da sujidade!
Se o todo desta instalação não nos é mostrado, que remédio senão fazer
como aqui se fez -- e num bom texto.
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