A rendeira é minha conhecida de há tempos: gorda, escura, deselegante, antipática. Não gosto dela, mas começo a desconfiar que ela gosta de mim. Que outra razão poderia haver para que estas rendas – equilíbrios precários de luz e seda, exibição inverosímil de perícia e sabedoria – me sejam deixadas à porta todas as manhãs, senão a de serem um discreto pedido de amizade? Acho que vou deixar enre(n)dar-me!
Justine
Sem comentários:
Enviar um comentário