Dia
15 -
Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia
da Justine.
sexta-feira, dezembro 26, 2014
AGENDA PARA JANEIRO DE 2015
Proposta
da Justine
Dia
1 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “bo”
para formar as nossas palavras. O
texto que alguns de nós acrescentarmos é facultativo.
Dia
8 - Reticências
com
a frase “Antes
de o dia ir embora”
a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
Dia
15 -
Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia
da Justine.
Dia
22 – Jornal
de Parede
Dia
29 - Fotografando
as palavras de outros sobre
o excerto
As
janelas
Por
onde entram as silvas,
A
púrpura pisada,
O
aroma das tílias, a luz
Em
declínio,
Fazem
deste abandono
Uma
beleza devastadora
E
sem contornos
(“As
Janelas”, Eugénio de Andrade, in Rente
ao Dizer,
FEA)
O DESAFIO DE HOJE
Dia
26 em vez de 25
- Fotografando
as palavras de outros sobre
o excerto
[…]
Quase
invisível na penumbra, com o divino filho ao colo, a Mãe de Deus
parecia sorrir-lhe.
-
Boas Festas! - desejou-lhe então, a sorrir também.
Contente
daquela palavra que lhe saíra da boca sem saber como, voltou-se e
deu com o andor da procissão arrumado a um canto. E teve outra
ideia. Era um abuso, evidentemente, mas paciência. Lá morrer de
frio, isso vírgula! Ia escavacar o arcanho. Olarila! Na altura da
romaria que arranjassem um novo.
Daí
a pouco, envolvido pela negrura da noite, o coberto, não desfazendo,
desafiava qualquer lareira afortunada. A madeira seca do palanquim
ardia que regalava; só de se cheirar o naco de presunto que recebera
em Carvas, crescia água na boca; que mais faltava?
Enxuto
e quente, o Garrinchas dispôs-se então a cear. Tirou a navalha do
bolso, cortou um pedaço de broa e uma fatia de febra, e sentou-se.
Mas antes da primeira bocada, a alma deu-lhe um rebate e, por
descargo de consciência, ergueu-se e chegou-se à entrada da capela.
O clarão do lume batia em cheio na talha dourada e enchia depois a
casa toda.
-
É servida?
A
Santa pareceu sorrir-lhe outra vez e o Menino também. E o
Garrinchas, diante daquele acolhimento cada vez mais cordial, não
esteve com meias medidas: entrou, dirigiu-se ao altar, pegou na
imagem e trouxe-a para junto da fogueira. - Consoamos aqui os três – disse com a pureza e a ironia dum patriarca.
- A Senhora faz de quem é; o pequeno a mesma coisa; e eu, embora indigno, faço de S. José.
Miguel
Torga, "Novos Contos da Montanha"
segunda-feira, dezembro 22, 2014
DA AGRADES PARA NÓS
OS VOTOS DE BOAS FESTAS DA LICÍNIA
domingo, dezembro 21, 2014
Da Jawaa para todos nós
quinta-feira, dezembro 18, 2014
AGENDA PARA DEZEMBRO DE 2014
Dia
26 em vez de 25
- Fotografando
as palavras de outros sobre
o comovente e belo excerto
[…]
Quase
invisível na penumbra, com o divino filho ao colo, a Mãe de Deus
parecia sorrir-lhe.
-
Boas Festas! - desejou-lhe então, a sorrir também.
Contente
daquela palavra que lhe saíra da boca sem saber como, voltou-se e
deu com o andor da procissão arrumado a um canto. E teve outra
ideia. Era um abuso, evidentemente, mas paciência. Lá morrer de
frio, isso vírgula! Ia escavacar o arcanho. Olarila! Na altura da
romaria que arranjassem um novo.
Daí
a pouco, envolvido pela negrura da noite, o coberto, não desfazendo,
desafiava qualquer lareira afortunada. A madeira seca do palanquim
ardia que regalava; só de se cheirar o naco de presunto que recebera
em Carvas, crescia água na boca; que mais faltava?
Enxuto
e quente, o Garrinchas dispôs-se então a cear. Tirou a navalha do
bolso, cortou um pedaço de broa e uma fatia de febra, e sentou-se.
Mas antes da primeira bocada, a alma deu-lhe um rebate e, por
descargo de consciência, ergueu-se e chegou-se à entrada da capela.
O clarão do lume batia em cheio na talha dourada e enchia depois a
casa toda.
-
É servida?
A
Santa pareceu sorrir-lhe outra vez e o Menino também. E o
Garrinchas, diante daquele acolhimento cada vez mais cordial, não
esteve com meias medidas: entrou, dirigiu-se ao altar, pegou na
imagem e trouxe-a para junto da fogueira.
- Consoamos aqui os três – disse com a pureza e a ironia dum patriarca. - A Senhora faz de quem é; o pequeno a mesma coisa; e eu, embora indigno, faço de S. José.
- Consoamos aqui os três – disse com a pureza e a ironia dum patriarca. - A Senhora faz de quem é; o pequeno a mesma coisa; e eu, embora indigno, faço de S. José.
Miguel
Torga, "Novos Contos da Montanha"
9. Teresa Silva
Bonita
fotografia. Sugestivo o nome do barco. Espera-se que Deus acompanhe
os pescadores e lhes traga uma faina proveitosa. Seja Dieu, Deus ou
God é certamente uma das palavras mais utilizadas por toda a
humanidade. Talvez por corresponder, desde sempre, a uma ânsia do
Homem.
Teresa
Silva
8. Rocha/Desenhamento
Há
um barco apertado neste enquadramento dentro
dos olhos. O
olhar foi atraído por Dieu. RIEN
SANS DIEU salta
dos tons castanhos daquele bombordo ou estibordo e não adivinha nem
a tempestade nem a tragédia. Rien
muda
de sentido e liga esse sentido como sans
igual a «hifen»: rien
sans
Dieu visto
pelo lado da esperança. O resto é o casco do barco, cordame, talvez
bóias ou pesos, adereços em pausa.
Depois
deste ver, olha-se de novo, escrutina-se, e há casos em que
afrontamos a dúvida: «E
se o aperto do enquadramento me engana dentro dos olhos, fazendo com
que veja coisas que lá parecem estar e não estão?»
Rocha
de Sousa
7. Mena M.
Rien
Sans Dieu, seu nome de baptismo. O que me leva a crer que o dono
deste barco seja uma pessoa de fé. Assim o eram os meus pais, para
eles nada era sem Deus. A essa fé devo a vida, pois tivessem os meus
pais seguido a opinião dos médicos, eu não teria nascido.
Rien
Sans Dieu mexe comigo, e eu, que não tenho essa mesma fé, penso no
mundo atribulado, violento e injusto em que vivemos, e dentro do
olhar escreve-se-me Tout Sans Dieu.
Mena
6. M.
Mas
por que razão, ao olhar esta fotografia, me lembrei da canção Non,
je ne regrette rien?
Não faço ideia e, por mais que pense, não consigo encontrar
explicação definitiva. Terá sido a palavra rien?
A certeza implícita na frase Rien
sans Dieu?
Pelo menos para quem a escreveu no barco em lugar de destaque parece
ser. Diferentes os contextos das duas frases mas tendo em comum a
convicção? E não é afinal a fé uma questão de convicção? Na
solidão, no desespero, nas dificuldades, nos sucessos, no amor, na
alegria, no sonho, na determinação, não encontrará cada um a sua
própria religiosidade? As interrogações são várias mas uma coisa
é certa: lembro-me bem do prazer imenso que eu tinha em ouvir Édith
Piaf e Charles Dumont.
M
(...)
Non... rien de
rien
Non... je ne regrette rien
Car ma vie, car mes joies,
Aujourd'hui, ça commence avec toi!
Non... je ne regrette rien
Car ma vie, car mes joies,
Aujourd'hui, ça commence avec toi!
(Excerto
de Non,
je ne regrette rien,
canção composta por Michel Vaucaire, melodia de Charles Dumont,
cantada pela primeira vez por Édith Piaf.)
4. Licínia
A
protecção divina invocam, que os mares são férteis de peixe e de
tempestade, por vezes só de tempestade, sem que o peixe se tenha
oferecido. Se houve um Deus que lhes disse, “ganharás o pão com o
suor do teu rosto”, outro não houve, ou o mesmo, que os avisasse,
“nas voltas de mar, ganharás o peixe ou perderás a vida”. Dura
a faina, feita de saber e arrojo. Em terra ficam as mulheres,
esperando pela entrada dos barcos, muitas vezes roucas de tanto
rezar, “Salvai-o, Senhor, meu Deus.”, de tanto praguejar, “Ah
mar dum cão que me roubaste o meu homem.”.
Licínia
3. Justine
A
frase é o que sobressai na fotografia. É nela que o meu olhar se
detém, é no seu significado que paro a pensar. Não é uma frase
banal, como a maioria das frases nos bojos dos barcos. Esta frase, no
meu entender, daria azo a uma dissertação sobre teologia. Mas não
sei ir por esse caminho, e mesmo que soubesse provavelmente não
quereria fazê-lo. Salto então para dentro do barco e sigo viagem…
Justine
2. Bettips
Tantas
vezes a segurança vem com umas simples palavras que o acaso
encontra.
Num repente, agarramos as bóias da esperança. Sempre que o mundo revolto nos empurra em ondas contraditórias e, afinal, continuar a “navegar é preciso”.
Bettips
Num repente, agarramos as bóias da esperança. Sempre que o mundo revolto nos empurra em ondas contraditórias e, afinal, continuar a “navegar é preciso”.
quinta-feira, dezembro 11, 2014
O DESAFIO DE HOJE
Dia
11 - Reticências
com
a palavra “Sonho”
a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
10. Zambujal
9. Teresa Silva
8. Rocha/Desenhamento
Sonho pela manhã, entorpecido numa cama de campanha, após a mais longa espera desta guerra. Estou só a pensar não escrevo, ainda não sei como, o cerco da lama atrai apenas passos de lama, quilos de lama agarrados às botas. E a marcha da tempestade perde-se atrás da floresta a sul. Nuvens enfim brancas correm perto dos nossos tectos de pano, vão sopradas assim, meio desfeitas, deixando atrás de si um céu azul. Meti os pés nas botas e fui ver. O verde da floresta brilhava, carregado de água; e em volta, vindos de longe em curva perfeita até aos nossos pés, mais de uma dezena de arco-íris pareciam riscados por Deus, com enormes compassos, do horizonte até aqui. A Terra mudara de nome, entrara para o domínio do maravilhoso. Mas em breve, com os afastamentos das nuvens, os arcos coloridos abriram interrupções, alguns ficaram presos ao capim, arcadas quebradas a cerca de vinte ou trinta metros acima das cabeças de meia dúzia de soldados enrolados em mantas e pés desaparecidos na lama até ao tornozelo.
Rocha de Sousa, Memórias de Angola /61
7. Mena M.
6. M.
Sonho muitas vezes durante a noite mas raramente consigo, ao despertar pela manhã, lembrar com nitidez o que viajou pela minha cabeça nesse espaço de tempo. Imediatamente esqueço o que acompanhou o meu sono e, ainda que deseje recordar tudo direitinho, sobra-me apenas a vaga ideia de uma mistura de imagens que se interligam e se estranham umas às outras, num atropelo de pensamentos, cores, sombras, pedaços de histórias, vivências, palavras soltas, diálogos, vozes conhecidas, desconhecidas, rostos, gestos. Enfim, o melhor será sonhar acordada, deixa o futuro em aberto.
M
4. Licínia
3. Justine
2. Bettips
Sonho... se vejo a romã assim aberta, oferecendo-me agora os rubis da minha infância. Sempre que a avó me comprava romãs e o meu milagre das pedras preciosas acontecia. As pérolas eram as camarinhas dos arbustos perto da praia, as esmeraldas vinham do mar, os diamantes foram as mil estrelas das madrugadas.
E assim enfeitada, entre fadas e duendes, crescia eu e o meu encantamento.
Bettips
E assim enfeitada, entre fadas e duendes, crescia eu e o meu encantamento.
quinta-feira, dezembro 04, 2014
AGENDA PARA DEZEMBRO DE 2014
Dia
11 - Reticências
com
a palavra “Sonho”
a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
O DESAFIO DE HOJE
Dia
4 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “te”
para formar as nossas palavras. O
texto que alguns de nós acrescentarmos é facultativo.
4. Licínia
2. Bettips
Telúrico
Amo-te, árvore de há tantos anos, antes de eu nascida, que te prendes à terra e buscas o céu.
Amo-te, musgo que a vestes de veludo e a abrigas do vento norte.
Amo-te, pedra elegante e gasta, que és o corpo de granito convivendo com a raiz.
Amo-te, escada coroada de hera.
Subo-te e abraço-te com o meu olhar e a minha ternura.
E digo baixinho a lenga-lenga: quem pela hera passou e uma folha não cortou, do seu amor não se lembrou.
Bettips
Amo-te, musgo que a vestes de veludo e a abrigas do vento norte.
Amo-te, pedra elegante e gasta, que és o corpo de granito convivendo com a raiz.
Amo-te, escada coroada de hera.
Subo-te e abraço-te com o meu olhar e a minha ternura.
E digo baixinho a lenga-lenga: quem pela hera passou e uma folha não cortou, do seu amor não se lembrou.
quinta-feira, novembro 27, 2014
AGENDA PARA DEZEMBRO DE 2014
Proposta
da Jawaa
Dia
4 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “te”
para formar as nossas palavras. O
texto que alguns de nós acrescentarmos é facultativo.
Dia
11 - Reticências
com
a palavra “Sonho”
a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
Dia
18 -
Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia
da Jawaa.
Dia
26 em vez de 25
- Fotografando
as palavras de outros sobre
o excerto
[…]
Quase
invisível na penumbra, com o divino filho ao colo, a Mãe de Deus
parecia sorrir-lhe.
-
Boas Festas! - desejou-lhe então, a sorrir também.
Contente
daquela palavra que lhe saíra da boca sem saber como, voltou-se e
deu com o andor da procissão arrumado a um canto. E teve outra
ideia. Era um abuso, evidentemente, mas paciência. Lá morrer de
frio, isso vírgula! Ia escavacar o arcanho. Olarila! Na altura da
romaria que arranjassem um novo.
Daí
a pouco, envolvido pela negrura da noite, o coberto, não desfazendo,
desafiava qualquer lareira afortunada. A madeira seca do palanquim
ardia que regalava; só de se cheirar o naco de presunto que recebera
em Carvas, crescia água na boca; que mais faltava?
Enxuto
e quente, o Garrinchas dispôs-se então a cear. Tirou a navalha do
bolso, cortou um pedaço de broa e uma fatia de febra, e sentou-se.
Mas antes da primeira bocada, a alma deu-lhe um rebate e, por
descargo de consciência, ergueu-se e chegou-se à entrada da capela.
O clarão do lume batia em cheio na talha dourada e enchia depois a
casa toda.
-
É servida?
A Santa pareceu sorrir-lhe outra vez e o Menino também. E o Garrinchas, diante daquele acolhimento cada vez mais cordial, não esteve com meias medidas: entrou, dirigiu-se ao altar, pegou na imagem e trouxe-a para junto da fogueira.
- Consoamos aqui os três – disse com a pureza e a ironia dum patriarca. - A Senhora faz de quem é; o pequeno a mesma coisa; e eu, embora indigno, faço de S. José.
A Santa pareceu sorrir-lhe outra vez e o Menino também. E o Garrinchas, diante daquele acolhimento cada vez mais cordial, não esteve com meias medidas: entrou, dirigiu-se ao altar, pegou na imagem e trouxe-a para junto da fogueira.
- Consoamos aqui os três – disse com a pureza e a ironia dum patriarca. - A Senhora faz de quem é; o pequeno a mesma coisa; e eu, embora indigno, faço de S. José.
Miguel
Torga, "Novos Contos da Montanha"
O DESAFIO DE HOJE
Dia
27
- Fotografando
as palavras de outros
sobre o excerto:
"Queria
de ti um país de bondade e de bruma
queria
de ti o mar de uma rosa de espuma." Mário Cesariny, Manual de Prestidigitação (retirado de PoeMário Cesariny, 2010, Assírio & Alvim)
7. Mena M.
6. M.
quarta-feira, novembro 19, 2014
AGENDA PARA NOVEMBRO DE 2014
Dia
27
- Fotografando
as palavras de outros
sobre o excerto:
"Queria
de ti um país de bondade e de bruma
queria de ti o mar de uma rosa de espuma."
queria de ti o mar de uma rosa de espuma."
Mário
Cesariny, Manual
de Prestidigitação
(retirado de PoeMário
Cesariny,
2010, Assírio & Alvim)
O DESAFIO DE HOJE
9. Zambujal
O
que vejo, o que o meu olhar me dá, é uma “instalação”
colocada, como “obra de arte”, num espaço de edifício de linhas
clássicas que não identifico, quiçá a Assembleia da República.
Por aqui me fico, bastando-me para adiantar mais umas palavras em
talvez abusiva leitura da “instalação” como sendo votos numa
urna (na acepção que se quiser desta palavra) ou como o prémio que
a mão de uma criança irá retirar com o papel que o indicará ou
que designará o feliz contemplado.
Sei
lá… Travo a imaginação porque estas palavras já devem chegar
para me levarem ao nosso convívio semanal que tanto prezo.
Zambujal
8. Teresa Silva
Os
dois hemisférios da Terra. O do Sul, quente, ligado à terra, denso,
violento mas mais verdadeiro; o do Norte, frio, volátil nas suas
relações, mais dissimulado (com véus) na sua violência.. Com
pontos de ligação, sempre, no equador, nos trópicos, nos
meridianos, nas diversas linhas imaginárias em que a Terra está
dividida.
Teresa
Silva
7. Rocha/Desenhamento
Com
as palavras dentro do olhar
As
palavras (percepções) começam, neste caso, a formar-se dentro
do olhar.O
problema não é o olhar, sensação do visível. O retrato
das
coisas começa efectivamente assim e chegamos a não perceber o que
olhamos, na fonte de uma geometria improvável. O que está dentro do
olhar, agora, parece a rudimentar representação tridimensional do
mundo - cabeça redonda, marcada em tons de terra por feições de
menino, um chapéu de rede, colado ao resto dessa cabeça. Ver assim
pode ser reinventar o que se olha. Mas a memória e a capacidade
cultural podem corrigir tudo para o domínio da obra de arte,
escultura de instalação, uma hipótese da modernidade plural.
Rocha
de Sousa
6. M.
Pudesse
o mundo ser aliviado das suas dores com uma simples gaze balsâmica
pousada sobre as feridas do desamor.
M
5. Luisa
Cola,
pedaços de adesivo, rede protectora, por quantos anos ainda a terra
sobreviverá?
Luisa
4. Licínia
Difícil
dissertar sobre a foto. Sugere-me o nosso planeta, no seu eixo
inclinado, metade luz, metade sombra, gasto e remendado. Estranha
aquela calote de rede a sugerir-me a “net”, a abarcar meio mundo.
Ou o nosso mundo, de equilíbrio instável, de contradições,
destruindo-se e reconstruindo-se. Fico muito curiosa por descobrir o
sentido da obra, o pensamento do autor. É essa a função da arte,
afinal: provocar-nos interrogações, dúvidas.
Licínia
3. Justine
Gosto
do inusitado conjunto: a escultura moderna, inesperada, como um
meteorito vindo do futuro; o edifício, diria oitocentista, de lajes
silenciosas e azulejos contadores de histórias passadas; e a um
canto, a pequena mancha verde de uma planta, a sugerir vida presente.
Justine
2. Bettips
Deste
mundo e do outro, sempre encontramos as redes, as ferrugens, as
placas do impenetrável, no meio de algumas-poucas ilhas de luz.
A essência e a ciência de viver estará em imaginar que esta é unicamente a representação do fim do caminho. Porque entretanto e na caminhada há tudo o que de belo nos dá a Natureza e a bondade do Homem.
A essência e a ciência de viver estará em imaginar que esta é unicamente a representação do fim do caminho. Porque entretanto e na caminhada há tudo o que de belo nos dá a Natureza e a bondade do Homem.
Bettips
1. Agrades
A
bola, dividida em dois hemisférios, um remendado e outro pouco
transparente, é o mundo, o nosso mundo...
Agrades
quinta-feira, novembro 13, 2014
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