Será*
talvez a ventania:
mas
há pouco, há poucochinho,
nem
uma agulha bulia
na
quieta melancolia
dos
pinheiros do caminho
Quem
bate, assim, levemente,
com
tão estranha leveza,
que
mal se ouve, mal se sente?
Não
é chuva, nem é gente,
nem
é vento com certeza.
(…)
Mas
as crianças, Senhor
senhores*,
porque
lhes dais tanta dor?!...
Porque
padecem assim?!...
(quando
têm tanta alegria para dar!)*
E
uma infinita tristeza,
uma
funda turbação
entra
em mim, fica em mim presa.
(…)
*-agradecendo
a Augusto Gil… e sem o seu consentimento!
Zambujal
8 comentários:
Sem dúvida, não esquecer nunca.
Serão, certamente, os capitães da areia, numa merecida pausa...
Uma boa adaptação do poema à foto e temos a certeza que o Augusto Gil não se importa com as alterações. As crianças, essas, ficaram felizes por ser fotografadas como o demonstram nos seus rostinhos de olhares curiosos.
Bela adaptação o poema.
Queria dizer "do poema"
Olhares que não se esquecem!
E no mundo de hoje, tantos meninos desamparados. Actualíssimo o poema.
Venham mais "cucos" destes!
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