Não, Luisa, não os "limpes"! Esses livros fazem parte de nós, do romantismo e encantamento... Bem sei que a vida não é/foi a preto, branco ou azul: mas estes foram parte da "magia" que nos deu asas. E tal como as velhas mercearias de bairro se tornam moda, com outras roupagens, há sempre um adolescente que descobrirá ao ler que é uma forma de sonhar.
Esta imagem quase me trouxe lágrimas aos olhos, Luísa. Afinal, foi a religião dessas leituras que fez de nós "pessoas de bem". Foram lidos no tempo certo, mais tarde houve mais que tempo de leituras mais consentâneas com a realidade. Recordo ter feito um trabalho na faculdade sobre essa literatura dita de cordel; foi-nos proposto como base as fotonovelas ( lembras-te?) mas eu nunca gostei delas e pedi ao professor que me deixasse antes basear nos livros da Colecção Azul e de Delly (estes li todos). As meninas eram sempre Orieta, Oriana, Myrtô, eram loiras e lindas, meigas mas orgulhosas, eles altivos e frios, as más da fita sempre alemãs - ou não fosse a cultura francesa. Quem sabe não fez falta à juventude actual esse caldo de livros de cordel de sonhos e de aventuras que encantaram a nossa infância e adolescência! Não te desfaças dessa preciosidade!
6 comentários:
Não, Luisa, não os "limpes"! Esses livros fazem parte de nós, do romantismo e encantamento... Bem sei que a vida não é/foi a preto, branco ou azul: mas estes foram parte da "magia" que nos deu asas.
E tal como as velhas mercearias de bairro se tornam moda, com outras roupagens, há sempre um adolescente que descobrirá ao ler que é uma forma de sonhar.
Bettips, não acredito que algum adolescente de agora se encantasse com o John Chauffeur Russo, afinal um principe russo disfarçado.
Não se encantarão os adolescentes, mas ainda há por aí velhotas que apreciarão sonhar com histórias que não viveram.
Guarda-os bem guardados - e em vez da limpeza, senta-ta a lê-los!
Esta imagem quase me trouxe lágrimas aos olhos, Luísa. Afinal, foi a religião dessas leituras que fez de nós "pessoas de bem". Foram lidos no tempo certo, mais tarde houve mais que tempo de leituras mais consentâneas com a realidade.
Recordo ter feito um trabalho na faculdade sobre essa literatura dita de cordel; foi-nos proposto como base as fotonovelas ( lembras-te?) mas eu nunca gostei delas e pedi ao professor que me deixasse antes basear nos livros da Colecção Azul e de Delly (estes li todos). As meninas eram sempre Orieta, Oriana, Myrtô, eram loiras e lindas, meigas mas orgulhosas, eles altivos e frios, as más da fita sempre alemãs - ou não fosse a cultura francesa.
Quem sabe não fez falta à juventude actual esse caldo de livros de cordel de sonhos e de aventuras que encantaram a nossa infância e adolescência! Não te desfaças dessa preciosidade!
Guarda, guarda. Percebo a tua indecisão, mas, na dúvida...guarda.
Enviar um comentário