Proposta
da Mena
Dia
25 - Fotografando
as palavras de outros sobre
o poema
III
ir à praia beber poemas
como se os meus olhos fossem estufas
onde repousam as lembranças todas
desde as aves mais remotas
até ao murmúrio da água
assim como subir as escadas de um sorriso e perder-me
nas ruas molhadas do quartier latin
Não sei porquê mas havia soldados
e fontes iluminadas de crianças
havia saxofones ambulantes
e lágrimas escondidas na soleira da porta
e eu — amor — encontrei um corrimão direito e châtelet
quando me despenteava pelos bares
foi assim por mais que queiras
que me afoguei naquela manhã de abril.
agora procuro as margens da ternura
onde encontre o teu rio
e fecharei os poemas:
Bonjour!
Porto, 31-5-81
ir à praia beber poemas
como se os meus olhos fossem estufas
onde repousam as lembranças todas
desde as aves mais remotas
até ao murmúrio da água
assim como subir as escadas de um sorriso e perder-me
nas ruas molhadas do quartier latin
Não sei porquê mas havia soldados
e fontes iluminadas de crianças
havia saxofones ambulantes
e lágrimas escondidas na soleira da porta
e eu — amor — encontrei um corrimão direito e châtelet
quando me despenteava pelos bares
foi assim por mais que queiras
que me afoguei naquela manhã de abril.
agora procuro as margens da ternura
onde encontre o teu rio
e fecharei os poemas:
Bonjour!
Porto, 31-5-81
Ângela
Marques
circulares
nova
renascença
abril/junho
primavera
de 1985
1 comentário:
Sempre, tantos os rios, a lembrar nascentes, afluentes e inevitavelmente a foz (fozes?) de nós (nóses?).
Beijinhos para o grupo
da bettips
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