quinta-feira, outubro 22, 2015

AGENDA PARA OUTUBRO DE 2015

Proposta de Rocha/Desenhamento
Dia 29Fotografando as palavras de outros sobre o poema 

Não basta abrir a janela 
Para ver os campos e o rio. 
Não é bastante não ser cego 
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma. 
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas. 
Há só cada um de nós, como uma cave. 
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora; 
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse, 
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela. 

De POEMAS INCONJUNTOS | Fernando Pessoa enquanto Alberto Caeiro. 
(Poesia, Alberto Caeiro, Obras de Fernando Pessoa, Assírio & Alvim, Setembro 2001)

1 comentário:

bettips disse...

Mal-me-quer
Bem-me-quer

Desfolhando a poesia de FPessoa, o que não é coisa de somenos!