Vejo
a esfera com a superfície facetada por vidrinhos em forma de
quadrado, toda a
superfície reflectora, um objecto do recorrente maravilhoso
suspenso
no céu
de
qualquer
sala de entretenimento ou dança
ligeira
- para dizer apenas o essencial.
E
é de facto o que parece, como parece que o lugar
se
desfez por causas indeterminadas, sobrando assim, em destroços de
uma eventual cobertura pouco cuidada.
Mas
se a esfera é o que parece, as barras de madeira são outra coisa,
talvez anterior ao abandono ali dos vidrinhos entretanto e
eventualmente reflectindo o céu da manhã com laivos de nuvens. Seja
como for, a fotografia ilude a história e conjuga destroços com a
esfera das nossas ilusões nocturnas de sonho mágico e desejo.
Rocha
de Sousa
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